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Tudo que você precisa saber para conseguir uma bolsa de estudo

Priscila Bellini - 04/04/2023
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Como conseguir uma bolsa de estudo, se não há uma fórmula mágica? Por trás da conquista, estão inúmeros fatores. Basta espiar algum edital referente a bolsas mais conhecidas, como a Chevening, do governo britânico, e a Endeavour, do australiano. Listados ali estão os pontos essenciais para conseguir a bolsa dos sonhos, como um guia formado pelos pré-requisitos.

Mais do que ficar atento aos pré-requisitos, é necessário ler com atenção e objetividade o edital — e também saber como as orientações ajudam na elaboração da candidatura. Veja abaixo tudo o que você precisa saber para conseguir uma bolsa de estudo.

Merit-based ou need-based, total ou parcial

Antes de eleger uma bolsa como a favorita da vez, é necessário entender alguns dos critérios mais básicos. Isso é, no que ela se baseia para dizer que pessoa X ou Y merece ter o apoio financeiro para realizar um curso. Há dois termos mais comuns para designar tal aspecto: “merit-based” aid e “need-based” aid.

O primeiro deles descreve a bolsa por mérito, que nada tem a ver com a condição socioeconômica do candidato. Em outras palavras, o que conta no processo de admissão do estudante são conquistas acadêmicas e profissionais, atividades extras e o perfil do aluno, isoladamente. O fato de vir de uma família mais rica ou mais pobre, portanto, não determinará em nada o apoio financeiro.

Já as bolsas “need-based” contam com outros critérios. Além de, é claro, considerar o perfil do candidato e como ele tem se destacado em seu campo de estudo, considera-se o perfil socioeconômico. A ideia é proporcionar a experiência acadêmica também aos que tiveram pouco acesso a oportunidades e que possuem menos recursos. Vale lembrar que, nesses casos, é comum que as universidades peçam informações não só sobre o candidato como também de seu núcleo familiar.

Também é necessário ficar atento aos termos da bolsa de estudos, que pode ser total ou parcial, e contemplar elementos que vão além da tuition. Basta verificar o que o edital em questão inclui, ficando atento aos termos propostos. Há, por exemplo, bolsas que eliminam o valor da anuidade, mas que não proporcionam um valor a mais para a manutenção do candidato no país (o chamado living stipend descrito nos editais). Tudo isso deve ser levado em conta, para garantir também o planejamento financeiro do aluno durante o período no exterior.

Qual é a bolsa ideal

Uma vez entendidos os aspectos básicos da bolsa, é a vez de identificar qual serve idealmente para o candidato. Tendo em mente que o candidato já saiba qual é o momento para fazer intercâmbio, é hora de listar alguns aspectos fundamentais do edital.

Para começar, o estudante deve refletir sobre como a oportunidade no exterior se encaixa em seu plano de carreira, ou em objetivos mais imediatos. Também leve em conta o país e a instituição de destino, que são determinantes para a experiência no exterior. Para quem deseja, por exemplo, fazer mestrado e doutorado fora, o caminho certeiro é levar em conta a linha de pesquisa e, ainda, o orientador. Ao sondar uma das instituições possíveis, procure não só informações presentes no site, mas também contate professores e ex-alunos, para ter uma noção melhor.

No fim das contas, leve em conta pontos-chave. Avalie se a bolsa atende às suas necessidades nesse período no exterior e, se não, planeje como arcar com os gastos. Também reflita sobre a instituição que oferta e quais os impactos dessa experiência a curto e longo prazo, em termos acadêmicos e de profissionais.

Como identificar pontos fortes e fracos

Pressupondo que já existam uma ou duas bolsas no radar, o próximo passo é entender como a sua application vai se destacar no processo. Refletindo sobre os critérios de seleção, esquematize quais são os pontos fortes e fracos possíveis na application. Por exemplo, se o edital exige a fluência em inglês e recomenda um certificado de outro idioma, como o espanhol, qual sua situação?

Nessas horas, pesa o fator do autoconhecimento e a avaliação mais honesta possível. Identifique também pontos remediáveis a curto prazo, caso pretenda aplicar para a bolsa. Um exemplo comum vem também dos idiomas exigidos: se não possui um certificado de proficiência, talvez seja a hora de tirá-lo, a tempo de enviar para avaliação.

Antecedência na preparação

Em uma única seleção, universidades de renome recebem milhares de candidaturas do mundo inteiro. Logo de cara, se o candidato não se adequa a um pré-requisito, é eliminado. Com tantas opções disponíveis, as applications bem feitas, de candidatos que sabem contar suas histórias ganham destaque.

Por isso, tenha em mente a regra de ouro para uma boa candidatura: antecedência. Não é raro que candidatos aprovados com bolsa tenham se preparado por um ano inteiro. Nesse período, procure escrever e reescrever essays, buscar feedback sobre os textos, além de garantir boas cartas de recomendação.

Resiliência

Nem todo mundo consegue uma bolsa de estudos logo de cara, mesmo no caso de candidatos com ótimo histórico acadêmico e profissional. Por isso, o jeito é manter o foco e, caso a resposta seja negativa, identificar quais são os pontos a melhorar antes de aplicar novamente.

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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