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Brasileiro aprovado em Dartmouth compartilha dicas sobre application

Priscila Bellini - 23/02/2018
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O capixaba Gregor Mattedi só foi cogitar a opção de estudar fora quando chegou ao Ensino Médio. Quando conheceu colegas que embarcariam para destinos no exterior, enquanto aluno do Instituto Federal do Espírito Santo, a ideia ganhou força. “Fui ouvindo aquelas histórias e tendo mais vontade de aplicar”, conta ele, aprovado em Dartmouth para a graduação.

Para chegar lá, Gregor investiu em manter o desempenho escolar em dia e em se dedicar às atividades extracurriculares, vistas com bons olhos por universidades americanas. “O formato escolar diferente do IFES me deu muitas oportunidades”, explica o brasileiro. Entre elas, estavam simulações das Nações Unidas, olimpíadas científicas, estudo de idiomas e até um clube de astronomia, fundado por Gregor e seus colegas de sala interessados na área.

Leia mais: Preparando a candidatura – como entender os seus pontos fortes e fracos

Muito além de complementar a application, tais atividades ajudaram o estudante em outros sentidos. “No começo, eu era uma pessoa muito tímida e as simulações me ajudaram muito com relações interpessoais e com um networking dentro da escola”, detalha Gregor, que também se dedicou mais a temas de geografia e geopolítica graças aos eventos.

Traçou um plano, então, para aproveitar ao máximo as simulações: participar de cada edição em um idioma diferente, durante os quatro anos de Ensino Médio integrado ao técnico em Edificações. “Ter feito essa aposta comigo mesmo foi uma forma de ter um crescimento pessoal com esse projeto”, conta o jovem aprovado em Dartmouth. No primeiro ano, optou pelo português e, já no segundo, pelo inglês. O terceiro ano foi dedicado aos comitês em francês e o quarto, aos conduzidos em espanhol.

As funções desempenhadas ao longo das simulações também evoluíram. Deixando a timidez de lado, Gregor passou a se destacar nos eventos, recebeu menção honrosa e chegou a comandar um comitê. “O ideal é fazer as coisas de que você gosta, e dar o seu melhor nessa atividade”.

A universidade certa

Antes de ser aprovado em Dartmouth, o estudante brasileiro já elencou algumas características que buscava em uma universidade estrangeira. Natural de Vitória, no Espírito Santo, Gregor queria um ambiente semelhante em sua cidade de destino. O campus em Hanover se adequava, portanto, aos planos de estudar em um “lugar não tão movimentado”, com um senso forte de comunidade. “Sendo um estudante internacional, eu tinha a preocupação em ter uma rede de apoio”, explica ele.

Gregor Mattedi foi aprovado em Dartmouth

Outro ponto que atraiu a atenção do brasileiro foi o perfil das aulas. Com turmas pequenas e matérias variadas no currículo, ele conseguiria dar conta dos vários interesses – que vão da linguística à ciência política – e combiná-los no currículo. Afinal, não é necessário estabelecer major e minor no início da graduação. “Achei bom não precisar escolher o que estudaria logo de cara. Eu gosto de muita coisa ao mesmo tempo”, comenta. Somava-se a isso, também, a possibilidade de passar dez semanas em cada disciplina, em vez de um semestre inteiro.

A application certa para ser aprovado em Dartmouth

Para concorrer a uma vaga no college, a preparação foi longa. No caso das instituições americanas, o processo de application inclui essays, cartas de recomendação, histórico acadêmico e testes padronizados, como os de proficiência em inglês.

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Tidos como o “coração da application”, os essays exigem atenção especial dos candidatos, já que apresentam o estudante aos responsáveis pelas admissões.  Durante a elaboração do texto, assim como nas outras etapas do processo de seleção, Gregor contou com ajuda do Prep Estudar Fora, o preparatório gratuito desenvolvido pela Fundação Estudar. Nesse período, foram várias versões do texto e revisões feitas pelos mentores da organização. “É um processo que demora, até achar um tema que queira desenvolver e fazer isso de uma forma bem organizada, interessante, falando algo novo sobre você”.

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Outro aspecto importante durante o ano de preparação, para Gregor, foi contar com a rede de alunos do Prep. “Ter alguém que sabia o que estava acontecendo e entendia o que eu estava passando ajudou muito”, diz o brasileiro. “A gente não pensa que isso vai acontecer mas, durante a application, a vida não para”, explica ele, que contava com apoio emocional dos colegas. Nos momentos de estresse, optava por atividades que não tivessem “nada a ver com a candidatura”. “Eu pegava a minha bicicleta e ia pedalar, porque não aguentava mais falar de application”, brinca o aprovado em Dartmouth.

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Escrito por Priscila Bellini. Entre em contato com Estudar Fora pelo e-mail [email protected].

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