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Quais são as melhores universidades para estudar política

Priscila Bellini - 07/06/2017
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São muitas as opções no exterior para quem deseja estudar política. Logo de cara, o que vem à cabeça são as universidades que oferecem cursos de políticas públicas, a exemplo dos MPP (abreviação para Master in Public Policy). Há ainda as que se debruçam sobre aspectos históricos e sociológicos de um contexto político, seja ele o da América Latina ou da Europa. Tudo depende do perfil do estudante e do que ele busca por meio da formação acadêmica.

As instituições de destaque nesse ramo aliam uma longa tradição às inovações na área e debates mais recentes, contando com boa reputação e publicando materiais relevantes. Bem colocadas em diversos rankings internacionais, como o QS Ranking, elas também apresentam fatores como o alto índice de citações de artigos produzidos pelos pesquisadores.

Conheça algumas duas das universidades que atraem candidatos por seus cursos em políticas públicas e public affairs e entenda os motivos por trás das boas avaliações.

Harvard Kennedy School

Não é novidade que a instituição chega sempre às primeiras posições em rankings, e no caso de políticas públicas não é diferente. O ambiente da Harvard Kennedy School, que conduz os programas de MPP, reúne estudantes do mundo todo, com diferentes históricos de formação e que queiram estudar política. São pessoas que trabalharam em governos, em organizações não-governamentais (ONGs), ou mesmo em grandes entidades como as Nações Unidas.

No mestrado em políticas públicas, há um currículo comum a todos os candidatos, e uma parcela da formação que pode ser adaptada de acordo com os interesses do estudante. É possível escolher concentrações, áreas em que o aluno quer se aprofundar, que dão acesso a mais disciplinas obrigatórias e também optativas. Entre as especializações, estão Desenvolvimento Político e Econômico e Democracia, Política e Instituições.

Ao fim do curso, os alunos têm de desenvolver um trabalho batizado de Policy Analysis Exercise (PAE). Nesse projeto final, eles se debruçam sobre um problema real enfrentado pelo setor público ou pelo terceiro setor de um país. A proposta é que o aluno chegue a soluções possíveis e explique-as em um documento de cerca de 40 páginas. Há trabalhos que propõem desde uma nova abordagem para o PIB (Produto Interno Bruto), até os que examinam políticas desenvolvidas em uma cidade específica.

Destaque na Kennedy School

Na Kennedy School, não há apenas cursos voltados para conhecimento técnico em políticas públicas. Prova disso vem do curso “Making of a Politician”, ministrado pelo professor Steve Jardin. A ideia é que os alunos, divididos em grupos, aprendam a se expressar melhor, a defender ideias e a se portar bem em um debate acalorado sobre política. Tudo isso trabalhando linguagem corporal e técnicas para falar em público. No começo e no final do curso, os alunos são filmados dando entrevistas e fazendo discursos, de modo a perceber a evolução durante o semestre de trabalho.

Oxford Blavatnik School of Government

Com mais de mil anos de tradição, Oxford também é um nome conhecido dos rankings internacionais e uma das gigantes do Reino Unido. Por lá, a Blavatnik School of Government atrai alunos interessados em um ambiente multicultural e multidisciplinar. Entre os ex-alunos, estão políticos jovens e de destaque em países do mundo todo, a exemplo da prefeita mais jovem da Alemanha e de ministros em países do Oriente Médio.

Durante o mestrado, os alunos fazem atividades em grupo e têm, além das disciplinas teóricas, matérias práticas. Além de saber sobre política e estudá-la, portanto, é necessário encarar temas como finanças e planejamento. A grade curricular traz discussões não só sobre Estados Unidos e Europa, mas também casos em países latinos, africanos e árabes. Tudo isso para diversificar os debates e formar estudantes prontos para atuar em qualquer lugar do mundo.

Para se candidatar, não é necessário fazer provas padronizadas como GMAT ou GRE, mas sim comprovar proficiência em inglês (em testes como TOEFL e IELTS). O processo de seleção também exige cartas de recomendação e de motivação, além de histórico acadêmico do candidato.

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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