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Duolingo English Test: o teste de proficiência em inglês mais acessível e aceito até em Harvard

Gustavo Sumares - 14/04/2023
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Nos últimos anos, a prova de proficiência em inglês do Duolingo cresceu significativamente e hoje já é aceita na maioria das universidades, incluindo instituições como Harvard, e em mais de 75 países. Ao contrário de exames que oferecem certificados de proficiência em inglês mais tradicionais, como o TOEFL e o IELTS – os mais solicitados por universidades estrangeiras, assim como os exames de Cambridge – o Duolingo English Test é mais acessível em preço e formato.

O modelo de prova foi montada desde o início para ser feita online, da casa do estudante. Como se pode imaginar, a pandemia fez com que a procura por um teste desse tipo crescesse muito. Segundo a empresa, a procura pelo Duolingo English Test aumentou mais de 500% no Brasil entre 2020 e 2021. “Obviamente é triste que essa seja a circunstância, mas demonstrou a necessidade de uma solução de teste inovadora”, avalia o diretor de marketing da prova, Jeffrey Tousignant.

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Essa necessidade ficou evidente para as universidades também, que passaram a aceitar o exame em peso. Ainda de acordo com a empresa, o número de instituições de ensino superior que usam o teste como meio de ingresso cresceu 200% no mesmo período.

Hoje, ele é aceito por mais de 3 mil universidades, especialmente nos Estados Unidos (mas também no Canadá e Reino Unido). Isso inclui algumas universidades bem famosas, como Harvard e Yale, além de algumas escolas da NYU e de Cornell.

O que é o Duolingo English Test

O Duolingo English Test (DET) é uma prova de inglês que oferece certificado de proficiência. Nesse sentido, ela é semelhante ao TOEFL e ao IELTS. A grande diferença dela é sua relação com o aplicativo Duolingo, que é usado por mais de 30 milhões de pessoas no Brasil (esse número faz do país o 2º maior grupo de usuários do app).

Segundo Tousignant, “o que torna o DET único é o fato de que ele foi feito pensado primariamente em formato digital, ao passo que outros exames, mesmo que tenham hoje versões online e que podem ser feitas em casa, foram pensadas primeiro como provas em papel e depois transpostas para esse formato”.

 

Diferenças

Assim como os outros exames, ela ainda é uma prova longa e que exige bastante tempo de dedicação. Mas seu formato dá a ela algumas diferenças. De acordo com a empresa, a prova precisava ser feita de uma maneira que cada questão pudesse ser resolvida mais rapidamente, e que pudesse ser corrigida de maneira automatizada e ágil.

“Você não vai encontrar grandes passagens de reading ou perguntas muito longas na prova”, comenta o diretor de marketing do exame. E como a empresa consegue se valer de uma grande quantidade de dados das pessoas que já fizeram o exame, é possível ir melhorando a qualidade da prova de maneira constante.

Aceito em 75 países, exame de proficiência do Duolingo é opção acessível para brasileiros

Outra diferença do DET para as prova mais tradicionais é o fato de que ela não tem seções fechadas de reading, writing, listening e speaking. As perguntas vão surgindo de maneira aleatória, e o estudante precisa ter a capacidade de alternar rapidamente entre essas competências. Ainda assim, Tousignant avisa que “o tipo de atividade que você faz no aplicativo Duolingo é bem diferente da prova”.

Finalmente, há uma diferença considerável em termos de custos ao estudante também. Para fazer o TOEFL no Brasil, hoje, é necessário pagar uma taxa de US$ 215. O IELTS, por sua vez, custa de R$ 900 a R$ 920 dependendo da versão. O custo do Duolingo English Test é de US$ 49, o que dá cerca de R$ 280.

Onde a prova é aceita?

Como mencionado acima, mais de 3.000  universidades estrangeiras aceitam a nota do Duolingo English Test como comprovante de proficiência em inglês. Entre elas estão universidades bem renomadas, como algumas das escolas da Ivy League, que aceitam a nota do exame mais comumente na graduação.

Os EUA são o país que concentra mais escolas que aceitam o certificado. Canadá e Reino Unido também tem várias instituições nas quais é possível ingressar com a nota da prova. Segundo Tousignant, entre brasileiros que vão estudar fora e fazem o exame, o objetivo mais comum é fazer graduação no exterior.

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Mas também é comum que as pessoas façam a prova para colocar a nota no CV, por exemplo. “Quando sua nota é validada, você recebe o certificado e uma URL. Quem clica nessa URL pode ver a sua nota”, comenta o diretor de marketing.

Para universidades que queiram aceitar o exame, não há custos envolvidos. Basta que a escola entre em contato, e a empresa monta uma plataforma onde eles poderão ver as notas de seus candidatos. No entanto, Tousignant comenta que, em algumas universidades, mudanças nos processos de admissão precisam ser votadas por comitês, o que acaba tornando a mudança um pouco mais lenta.

De que eu preciso para fazer a prova?

Há basicamente três requisitos para quem quer fazer a prova:

  • Computador ou notebook com câmera frontal, microfone e auto-falantes;
  • Documento de identificação (RG ou passaporte, por exemplo; não pode ser uma cópia);
  • Conexão com a internet (a empresa recomenda pelo menos 2Mbps de download e 1Mbps de upload);

Também é necessário instalar um apliativo no computador para fazer a prova. Por isso, é preciso ter um pouco de espaço de armazenamento disponível. A empresa disponibiliza um guia completo para quem vai fazer a prova, que lista todas as exigências, e pode ser baixado por meio deste link.

Além desse guia, há também uma página com dicas de preparação. A prova dura cerca de uma hora, e a empresa exige que ela seja feita em um local silencioso, privado (sem outras pessoas) e bem iluminado. O som da prova deve vir do auto-falante do computador do usuário, pois não é permitido usar fones de ouvido. Também não é permitido olhar o celular, fazer anotações à mão ou consultar outros papeis durante a prova.

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Durante a prova, fiscais poderão ver o estudante pela câmera, ver o que ele está fazendo na tela do computador e onde está digitando. Por isso, é importante que o ambiente seja silencioso e bem iluminado. Também é essencial que o aluno esteja sozinho durante a realização da prova: se alguém entrar no meio, isso pode levar a nota do exame a não ser validada.

É importante prestar atenção nesses pontos porque, caso eles não sejam seguidos, a nota do candidato pode não ser validada. “Acho que a maioria das regras que são quebradas são sem querer, não porque a pessoa estava colando”, comenta Tousignant. Em alguns casos, o aluno pode fazer a prova de novo se não tiver a nota validada da primeira vez.

Dicas para ir bem no Duolingo English Test

É possível inscrever-se para fazer a prova por meio deste link. Para quem pensa em fazer o Duolingo English Test, Tousignant oferece algumas recomendações que podem ajudar a ter uma boa nota.

A primeira delas é fazer o simulado disponível no site do exame. Ele tem um quarto da duração da prova completa e não tem validade, mas ele mostra o tipo de questão que o aluno vai encontrar no exame. “Isso ajuda a se familiarizar com a prova”, avalia.

Outra dica é preparar-se para responder a perguntas de modalidades diferentes. Em outros exames, há seções separadas para speaking, reading, etc. Mas na prova do Duolingo, as perguntas vêm todas misturadas. É importante lembrar disso para não ser pego de surpresa.

Tousignant recomenda também que os estudantes aproveitem o fato de que a prova pode ser agendada para qualquer hora do dia, e escolham o horário em que se sentem melhor. “Se você é uma pessoa mais matinal, marque a prova de manhã. Se você se sai melhor no fim do dia, marque nesse horário”, sugere.

E, finalmente, ele também indica que a pessoa se exponha ao máximo possível de inglês nas horas imediatamente anteriores à prova. “Leia algum artigo ou livro, assista a algum filme ou série em inglês. O que você quer é estar pensando em inglês antes mesmo de começar a prova”, comenta.

 

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Sobre o escritor

Gustavo Sumares
Gustavo Sumares
Gustavo Sumares é o editor do Estudar Fora. Jornalista, já escreveu sobre tecnologia e carreira.

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