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Brasileira conta como é estudar (com bolsa integral!) na Hungria

Priscila Bellini - 27/09/2017
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Quando decidiu aplicar para o programa Ciência Sem Fronteiras (CsF), do governo federal brasileiro, a estudante mineira Janaina Alcântara ficou em dúvida entre Polônia e Hungria. No tira-teima entre as duas opções, a aluna de Engenharia Civil resolveu perguntar a amigos que já tinham passado pelos países. “Eles falaram que Hungria era uma opção muito boa, e o pessoal de lá era receptivo”, sintetiza ela, que havia acabado o primeiro ano da graduação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná quando decidiu se candidatar para estudar na Hungria.

Depois de passar um ano lá pelo CsF, Janaina retornou ao Brasil, mas já com o plano retornar ao país europeu. Dessa vez com a bolsa Stipendium Hungaricum, a brasileira voltou à Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste para concluir o curso de Engenharia Civil.

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Na lista de motivos que fazem a Hungria um país tão atrativo, Janaina relaciona a qualidade de vida e o custo para viver na região. “O transporte público daqui é muito bom, por um preço que não é exorbitante”, exemplifica ela, atualmente na capital húngara. “A cidade é muito segura e a qualidade de vida é maior”. Outros pontos também contaram a favor do país, que fica na Europa Central. “Como a Hungria faz fronteira com oito países, é muito fácil viajar e conhecer novas culturas estando no país”, explica Janaina.

Em termos acadêmicos, Janaina também avalia bem a experiência de estudar na Hungria. Por lá, ela frequenta o instituto mais antigo da Europa a elevar o ensino de engenharia a nível universitário, a Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, fundada em 1782. O modelo das aulas e a forma de apresentação do conteúdo também diferem, em relação ao Brasil. “Aqui, em um dia você tem a teoria e, no outro, a parte prática”, conta ela. Em outras palavras, depois de uma explicação teórica, o professor detalha a aplicação prática e a resolução de exercícios propostos.

Essa abordagem, que traz exemplos da vida real e projetos aos alunos de engenharia civil, agradou a brasileira e contou pontos para que quisesse estudar na Hungria. “Você faz tudo o que faria se já fosse um engenheiro formado”, conclui Janaina.

Estudar na Hungria: bolsas de estudo

Nas duas idas ao país, Janaina contou com bolsas de estudo. A mais recente, pela Stipendium Hungaricum, é um programa ligado ao governo húngaro, que contempla tanto estudantes de graduação quanto de pós-graduação, como mestrado e PhD.

O programa cobre anuidade, seguro saúde, acomodação e oferece ainda um auxílio mensal, cujo valor varia de acordo com o nível educacional. Para os bolsistas de graduação e mestrado, o valor gira em torno de 130 euros ao mês. Já para os de PhD, a quantia vai de 450 a 580 euros mensais.

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Para se candidatar, é necessário encaminhar documentos traduzidos como histórico escolar, certificado de conclusão de cursos anteriores, carta de motivação e comprovação de proficiência no idioma em que o curso é ministrado. Para se dar bem na application, Janaina aposta na atenção às exigências do programa. “O ideal é ler todo o edital e, se tiver alguma dúvida, entrar em contato com a universidade e com o programa”, pontua ela.

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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