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Conheça universidades que investem em pesquisas sobre violência contra a mulher

Priscila Bellini - 26/11/2017
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A violência contra a mulher já virou assunto de pesquisas e cursos em universidades estrangeiras. Mais do que isso, o tema ganha destaque em discussões a nível internacional e motivou tratados como a Convenção de Belém do Pará e a Convenção de Istambul. Só este ano, a União Europeia anunciou o investimento de 500 milhões de euros em projetos que combatam o problema.

Por trás de muitos dos acordos e projetos desenvolvidos local ou internacionalmente, estão profissionais e acadêmicos formados em instituições de excelência. Afinal, tais universidades respondem à demanda por pessoas qualificadas na área. Para ter uma ideia, já existem recomendações para que as Nações Unidas empregue mais mulheres e traga uma perspectiva de gênero às suas ações. Atualmente, entretanto, esse permanece um desafio: em missões de paz da ONU, apenas 4% dos chamados “peacekeepers” são mulheres.

Instituições como a London School of Economics and Political Science lançam programas que cubram a temática. No caso da LSE, um centro especializado (além de disciplinas e um curso completo de mestrado) na temática de Mulheres, Paz e Segurança. Mais iniciativas do tipo aparecem nas universidades, mirando outros tipos de violência contra a mulher. São cursos que miram os desafios no acesso à justiça, as perspectivas futuras para legislação e o trabalho social desenvolvido junto às mulheres em situação de violência.

Para muitas instituições de ensino, desenvolver pesquisa e trabalhos em violência contra a mulher significou abrir centros especializados e departamentos interdisciplinares para estudos de gênero. Outras desenvolvem projetos dentro de departamentos existentes, como é o caso de Harvard. Na instituição americana, o Harvard Law School Gender Violence Program existe desde 2004. Na lista de disciplinas disponíveis, há ainda opções de matérias eletivas, como “Gender Violence, Law and Social Justice”, ministrada na Law School.

Conheça alguns dos cursos e centros de destaque que pesquisam sobre violência contra a mulher.

Centre for Gender and Violence Research, da Universidade de Bristol

Integrante da School for Policy Studies, o centro surgiu há 22 anos para conduzir pesquisas sobre o enfrentamento à violência contra a mulher. Hoje, possui uma dezena de professores vinculados e recebe pesquisadores a nível de doutorado que se interessam pelo assunto.

Entre os temas aceitos pelo centro, estão pesquisas sobre perfil de agressores e mulheres em situação de violência, análises de políticas públicas desenvolvidas localmente e mesmo projetos a nível internacional. O Journal of Gender-Based Violence também é ligado ao centro e elenca estudos no tema em suas edições em maio e em dezembro.

Center on Violence Against Women and Children, da Universidade de Rutgers

A Rutgers, Universidade Estadual de New Jersey, criou o centro em 2007, como parte da School of Social Work. A proposta era combinar educação sobre temas ligados à violência contra a mulher com pesquisa e atividades comunitárias. Entre os temas abarcados pelo centro especializado, estão vários tipos de violência, incluindo a física, a emocional e a econômica.

O principal programa ministrado na Rutgers oferece uma especialização na área de Violence Against Women and Children (VAWC). Como a iniciativa é multidisciplinar, os alunos podem combinar aspectos ligados a trabalho social e políticas públicas.

Center for Women, Peace and Security, da London School of Economics

Fundado em 2015, o Centre for Women, Peace and Security tornou-se logo referência no tema, que abarca a violência contra a mulher em regiões de conflito. O centro recebe profissionais que vêm backgrounds variados e forma os alunos em temáticas voltadas a missões de paz, conflitos armados e direitos humanos.  

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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