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Universidade de graça? Confira 5 países onde não se cobra anuidade

Nathalia Bustamante - 01/02/2017
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Há muitas opções de bolsas integrais disponíveis para quem deseja estudar fora – aqui no Estudar Fora, já falamos sobre bolsas oferecidas por governos e por universidades a brasileiros que sonham com uma temporada de estudos no exterior.

As bolsas, porém, são bastante competitivas e por vezes demandam que o estudante atenda a uma série de pré-requisitos. Uma opção às bolsas, então, são universidades que sejam gratuitas ou que cobrem apenas valores simbólicos de manutenção. Confira a lista com 5 opções excelentes para quem procura universidade de graça no exterior:

1. Universidade de graça na Alemanha

Além de oferecer mais de 800 programas de pós-graduação ministrados em inglês, as universidades da Alemanha não cobram nenhuma anuidade de estudantes de graduação, e alunos de mestrado devem pagar apenas um valor simbólico, que varia de estado para estado. Nesta página é possível encontrar informações atualizadas sobre os valores cobrados nas diferentes províncias.

Doutorados e PhDs na Alemanha também são, a princípio, de graça. Dependendo da instituição, pode haver a cobrança de uma contribuição semestral de 150 a 200 euros. Em todo caso, não é raro que estudantes de doutorado trabalhem em um projeto de pesquisa (em que são remunerados pelo seu estudo) ou recebem bolsas de estudo.

Para finalizar, a Alemanha não é um país caro para se viver. Em geral, estudantes alemães gastam entre 500 e 700 euros por mês com acomodação, transporte, alimentação e despesas gerais.

Confira aqui uma lista com as principais instituições de ensino do país e aqui relatos de estudantes brasileiros na Alemanha.

 

2. Universidade de graça na Noruega

De acordo com o site studyinnorway.no, “universidades públicas da Noruega não cobram, por padrão, anuidade de qualquer estudante, incluindo estudantes internacionais. Isto se aplica para todos os níveis, incluindo graduação, mestrados e PhD. No entanto, os estudantes deverão pagar uma taxa semestral de manutenção que varia entre 300 e 600 coroas norueguesas”.

Comparando com os valores de anuidade de universidades americanas e inglesas, e até mesmo com universidades particulares do brasil, estas 600 coroas – ou 230 reais – são um valor simbólico. O custo de vida no país, porém, é considerado um dos mais altos do mundo. Estima-se que um estudante possa gastar entre 7 e 9 mil coroas por mês, equivalente a aproximadamente 3 mil reais.

Algumas universidades podem cobrar anuidade de alguns programas específicos – geralmente a nível de mestrados e especializações. Mesmo neste caso, estudantes internacionais pagam exatamente o mesmo valor de estudantes noruegueses. Além disso, há um grande número de programas ministrados inteiramente em inglês, especialmente a nível de mestrado e PhD.

Confira aqui uma lista com as principais instituições de ensino da Noruega.

 

3. Universidade (quase) de graça na Áustria

O site studyinaustria.at afirma que as universidades do país podem cobrar entre 363 e 726 euros por semestre de estudantes que não são da União Europeia, além de uma taxa de 17,50 para participação na União dos Estudantes. Além desta taxa, os estudantes também devem reservar cerca de 800 euros por mês para acomodação, alimentação e gastos gerais no país.

Confira a lista de instituições de ensino superior da Austria.

 

4. Universidade (quase) de graça na França

A França possui mais de 80 cursos de graduação em inglês, mas a maioria é oferecida por universidades particulares, com valores que podem chegar a 12 mil euros. Quem está disposto a falar francês, porém, pode se beneficiar do ensino de qualidade e barato das universités e écoles. As primeiras oferecem graduações e mestrados por valores que variam entre 200 e 400 euros anuais; as segundas, que oferecem formações mais específicas como engenharia e arquitetura, cobram cerca de 600 euros anuais.

Segundo o governo francês, o universitário precisa de 430 euros por mês para se manter enquanto estuda no país. Alunos internacionais podem trabalhar até 964 horas ao ano na França, o que corresponde a 60% da carga horária de uma pessoa com emprego em tempo integral.

 

4. Universidade (quase) de graça na Finlândia

Até o ano passado, estudar na Finlândia era completamente gratuito – tanto para estudantes finlandeses quanto internacionais. Uma decisão recente, porém, estabeleceu que a partir do outono de 2017 (agosto/setembro), todas as turmas de bacharelado e mestrado ministrados em inglês passarão a cobrar anuidade. Programas ministrados em finlandês e Doutorados permanecerão gratuitos.

A anuidade mínima estabelecida pelo governo será de 1500 euros. Não foi, porém, definido um valor máximo, que pode variar inclusive entre cursos da mesma instituição. Uma lista com as universidades que já publicaram informações a respeito de suas taxas pode ser conferida aqui. Há também oportunidades de bolsas para estudantes não-europeus – algumas que cobrem os valores de anuidade, outros que também oferecem apoio com despesas do estudante no país, estimadas entre 500 e 800 euros por mês.

Confira aqui a lista de instituições de ensino superior da Finlândia

 

5. Universidade (quase) de graça na Eslovênia

Um destino pouco procurado por brasileiros, a Eslovênia – pequeno país que faz fronteira com a Itália e a Croácia – oferece cerca de 150 programas de graduação, mestrado e doutorado totalmente em inglês e a preços acessíveis. Em geral, são cobrados entre 2 e 5 mil euros por ano para graduação e mestrado, e entre 3 e 12 mil para Doutorado – valores que também incluem o seguro-saúde obrigatório. Além disso, o custo de vida é baixo: pode-se viver confortavelmente como estudante por cerca de 600 euros mensais. Confira aqui a lista completa de programas em inglês.

 

Bônus: Universidade de graça, em qualquer lugar

Diversas universidades têm oferecido cursos online completamente gratuitos. A primeira e mais parruda iniciativa é a Universidade do Povo – uma instituição sem fins lucrativos que está expandindo o acesso a educação superior. Os cursos oferecidos são graduação em Administração, Saúde e Ciências da Computação, além de MBA.

As taxas de realização de exames são simbólicas (aproximadamente 100 dólares) e estudantes que comprovarem necessidade financeira podem solicitar isenção. Confira mais detalhes sobre a UoPeople aqui.

 

* Alesund, na Noruega / Crédito: Giuseppe Milo CC-BY-NC 2.0

 

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Sobre o escritor

Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante é jornalista formada pela UFJF. Foi editora do Estudar Fora entre 2016 e 2018 e hoje é coordenadora de Conteúdo Educacional na Fundação Estudar.

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