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Fundação Lemann anuncia fundo para bolsas de estudos, de US$ 2 milhões

Gustavo Sumares - 07/02/2019
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A Fundação Lemann, organização não-governamental sem fins lucrativos que trabalha com educação e formação de lideranças, e a W.K. Kellogg Foundation anunciam hoje a criação de um fundo para bolsas de estudos no valor total de de US$ 2 milhões (cerca de R$ 7,5 milhões). O valor será administrado pelo Fundo Baobá, instituição dedicada a fomentar a equidade racial no Brasil.

Cinco por cento dos rendimentos do fundo patrimonial será destinado à concessão de bolsas de estudo para estudantes negros em programas de pós-graduação em áreas como saúde, educação e gestão pública das universidades de Harvard, Columbia, Stanford, MIT, Illinois de Urbana-Champaign (UIUC) e de Oxford, que são parceiras do programa Lemann Fellowship, da Fundação Lemann. A iniciativa  Lemann Fellowship, oferece há mais de 10 anos bolsas individuais  e oportunidades de desenvolvimento profissional a pessoas que trabalham com impacto social. A expectativa é que, a partir de 2020, estudantes tenham todas as despesas anuais custeadas.

“A Fundação Lemann acredita que garantir igualdade de oportunidades é essencial para que o Brasil se transforme no país justo e desenvolvido que todos buscamos. A criação de um fundo patrimonial dedicado à equidade racial no nosso programa Lemann Fellowship é uma das iniciativas que estamos promovendo para perseguir esse objetivo”, afirma Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann. “É um prazer assinar esse comprometimento junto à Kellogg e ao Baobá, duas organizações que possuem um trabalho robusto e consolidado na promoção de equidade racial”.

Como funciona o fundo patrimonial

O recurso doado pela Fundação Lemann irá compor o fundo patrimonial que é resultado de um compromisso de contrapartida firmado pela W.K. Kellogg Foundation com o Fundo Baobá em 2011. Por meio de práticas jurídicas, administrativas e de gestão pautadas na transparência, o Fundo Baobá está construindo um Fundo Patrimonial formado por doações contínuas de empresas, organizações e pessoas físicas. Essas doações recebem uma contrapartida da Fundação Kellogg, sendo de 3 para 1 em caso de doações nacionais e 2 para 1 em caso de doações internacionais, em um processo conhecido por matchfunding.

“O Baobá é a única organização brasileira que opera com exclusividade em prol da equidade racial, mobilizando pessoas e recursos, no Brasil e no Exterior, com vistas a apoiar projetos que promovam a justiça social através de organizações afro-brasileiras da sociedade civil”, explica Selma Moreira, Diretora Executiva.

“As experiências adquiridas em instituições internacionais de excelência são elementos que ainda faltam no processo de desenvolvimento de capacidades de estudantes brasileiros negros. A parceria estabelecida entre Fundo Baobá, W.K. Kellogg Foundation e Fundação Lemann é de suma importância para a população negra e a sociedade brasileira como um todo porque reitera que as transformações sociais se sustentam caso haja melhor e maior investimento na educação, na interculturalidade e na ampliação das redes de contatos”, afirma Fernanda Lopes, Diretora de Programa do Fundo Baobá.

Promoção da diversidade

A criação desse fundo patrimonial faz parte de uma série de ações da Fundação Lemann para promover diversidade em seus programas de formação de liderança. A organização acaba de lançar, também, a Ponte de Talentos,  uma iniciativa inédita no Brasil que prepara, gratuitamente, estudantes para os processos de admissão em universidades americanas com o objetivo promover equidade racial e econômica.

Além disso, a Fundação Lemann está criando projetos com suas universidades parceiras no exterior para que a seleção de bolsistas brasileiros também priorize a diversidade racial e econômica. Os projetos serão anunciados ainda em 2019.

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Sobre o escritor

Gustavo Sumares
Gustavo Sumares
Gustavo Sumares é o editor do Estudar Fora. Jornalista, já escreveu sobre tecnologia e carreira.

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