Traduzir documentos para o application de graduação e pós-graduação para universidades dos Estados Unidos e Canadá é mais simples do que parece. Mas, em meio a pilhas de papeis para todo o processo, quem deve traduzir tudo isso?
Universidades dos EUA não exigem tradução juramentada
Ao contrário do Brasil, “isso não existe nos Estados Unidos”, diz a americana Nicole Frutuoso, do Dux Institute, que prepara alunos para o processo de admissão em universidades norte-americanas e canadenses. Na maioria dos casos, as instituições pedem apenas uma boa tradução.
No entanto, há países, como Espanha e Itália, que pedem a versão juramentada. Para saber os requisitos é necessário entrar em contato com o departamento de admissões de cada universidade.
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Redações podem compensar desempenho no SAT Writing ou TOEFL
As universidades também usam as redações para avaliar o inglês do candidato, que deve estar de acordo com toda a documentação. Se o aluno não tirou notas altas no SAT Writing ou TOEFL, por exemplo, e seu personal statement está impecável, isso pode chamar a atenção dos avaliadores e gerar dúvidas sobre a autenticidade da redação.
Escolha um bom lugar para traduzir
Muitas faculdades pedem que as traduções sejam oficiais. Neste caso, significa que elas sejam feitas por um profissional habilitado a prestar este serviço e não necessariamente juramentado. Existe também a tradução certificada, feita por alguém que passou em alguma prova ou fez algum curso para se qualificar como tradutor profissional.
Se você quer caprichar e ter a certeza de que tudo será bem traduzido, o Estudar Fora listou os locais onde você pode encontrar esses serviços:
Na página do Sindicato dos Tradutores (SINTRA), você encontra uma lista de tradutores filiados. Neste caso, o preço é de R$ 0,45 por palavra.
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Outra opção é a American Translators Association (ATA), que autoriza 53 instituições no Brasil a fazer as traduções.
Especializado nas universidades americanas, o Education USA cobra por tipo de documento, não por palavras. Ou seja, se o seu histórico escolar tiver 1.000 ou 4.000 palavras, o preço será o mesmo. Você pode solicitar o orçamento na página do site. Em casos de urgência, para cinco dias úteis, é cobrada a taxa de urgência e 40% do valor total.
Não esqueça que uma cópia do original (em português) sempre deve acompanhar as traduções.
Saiba quando pedir ajuda a um profissional
Cartas de recomendação – Traduções de recomendações não devem ser feitas pelo candidato. “As universidades normalmente pedem que o aluno concorde em nem ler as cartas para garantir que a pessoa se sinta à vontade para escrever honestamente sobre o candidato”, diz Nicole.
Há casos em que a pessoa não se sente completamente segura para escrever em inglês. Nestes casos vale a pena pedir para que um profissional traduza a carta, mas nunca o próprio candidato.
Imposto de renda – Geralmente as faculdades americanas pedem a primeira página do IR dos pais ou responsáveis legais do candidato para o processo de assistência financeira.
Existem vários modelos pré-traduzidos na internet, incluindo no grupo do Facebook do Brazilian Student Council on Undergraduate Education (BSCUE), que o aluno pode fazer o download.
Histórico escolar do ensino médio – O histórico escolar e boletins do colégio podem ser traduzidos pelo próprio aluno. Neste caso, o estudante deve pedir para alguém da reitoria do seu colégio assinar a tradução e mandar junto com o original em português. Os alunos podem pedir o modelo usado em anos anteriores.
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“Não adianta traduzir um histórico escolar impresso da internet”, diz Marta Bidoli Fernandos, do Education USA, sobre uma das principais confusões de quem inicia o processo de ingresso numa universidade americana.
Segundo ela, outro problema é que os alunos preferem esperar o final do Ensino Médio para pedir o histórico escolar para traduzi-lo. Em muitos casos, o prazo é curto demais. “Não há o menor problema em pedir a tradução com antecedência do histórico parcial e, caso seja necessário, o histórico final”, recomenda Marta.
Histórico escolar (pós-graduação e mestrado) – Muitos programas de pós-graduação exigem que os candidatos enviem seu histórico a empresas como a World Education Services (WES), que certifica o documento e ajuda a universidade a entender as diferenças entre os critérios americanos e canadenses e os do país de origem do estudante.
“Às vezes, o aluno só precisa fornecer os documentos e a empresa faz a tradução”, diz Nicole. Em outros casos, a empresa indica o tipo de tradução, como no Education USA. Para saber o processo é preciso perguntar ao departamento de pós-graduação de sua universidade de interesse.
Personal Statement – Nunca devem ser traduzidos por terceiros. Se o candidato quer escrever primeiro em português e depois traduzir sua própria redação para o inglês, não há problemas. O estilo e a escolha de palavras são importantíssimas no processo todo.
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