InícioIntercâmbioQual é a melhor forma de colocar uma experiência internacional no currículo?

Qual é a melhor forma de colocar uma experiência internacional no currículo?

Priscila Bellini - 19/02/2024
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Uma coisa é planejar e, por fim, realizar um intercâmbio. Outra é elencá-lo de forma interessante no currículo — seja no CV ou em plataformas online como o LinkedIn. É importante tanto saber como colocar o intercâmbio no currículo, nos diferentes formatos em questão, quanto saber quais experiências internacionais são mais apropriadas.

Como regra geral, entram para o currículo vivências no exterior que não sejam viagens a lazer. Ainda que o candidato tenha tido várias oportunidades de viajar à Europa com a família (em férias, por exemplo), o que vale são experiências que contem para valer no mercado de trabalho.

Por mais que as viagens a lazer tenham dado ao candidato a chance de ter contato com outras culturas, não é exatamente isso que os avaliadores procuram. Em outras palavras, elenque no seu CV experiências que indiquem a obtenção de uma habilidade determinada, ou a execução de tarefas em ambiente acadêmico ou profissional.

Na lista de itens válidos, entram cursos de pós-graduação, cursos de idiomas em escolas especializadas, intercâmbios acadêmicos em parceria com universidades brasileiras e cursos de verão. Também é interessante para os candidatos listar experiências de voluntariado e qualquer tipo de vivência profissional, mesmo que não remunerada.

Mas onde encaixar essas informações em um currículo organizado e que atraia o olhar de recrutadores? “Normalmente, os currículos tem seções separadas para experiências profissionais, cursos extracurriculares e formação acadêmica”, aponta Lucas Oggiam.

Lucas é gerente da Page Personnel, consultoria especializada em contratação de profissionais. “O ideal é colocar essas experiências nos locais apropriados, assim como demais experiências ou cursos no Brasil”, complementa.

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Em vez de descrições, use os resultados do seu intercâmbio no currículo

Como regra geral, o profissional deve se atentar ao tipo de informação que adiciona sobre uma experiência qualquer, seja no Brasil ou em um país estrangeiro. Isso significa, na prática, detalhar de que forma o intercâmbio no currículo serviu em termos de carreira, quais foram as atividades desempenhadas e, por fim, os resultados obtidos.

Em vez de uma simples descrição sobre o estágio no exterior, vale a pena citar projetos conduzidos e os impactos que geraram para o local de trabalho. Por exemplo, uma campanha bem-sucedida em redes sociais ou uma mudança nas operações de uma empresa. No caso de vivências acadêmicas, vale destacar trabalhos e projetos, artigos publicados e idiomas estudados.

Outro ponto essencial é manter-se fiel aos resultados reais dessa experiência, sem exagerar os impactos e o papel do estudante nesse processo. Não vale a pena colocar, por exemplo, fluência em quatro idiomas no currículo para impressionar o recrutador. Afinal, cedo ou tarde no processo seletivo, tais informações podem ser checadas.

Como usar o LinkedIn

A plataforma, que já é bastante conhecida no Brasil e em outros países, pode oferecer oportunidades profissionais tanto no país quanto no exterior. Uma das vantagens do LinkedIn vem justamente da possibilidade de postar um currículo com versão em vários idiomas, elaborado pelo usuário.

Na hora de listar as experiências no exterior, a riqueza de detalhes — e, claro, dos resultados — chama a atenção, em especial se vier recheada de palavras-chave interessantes. Se a área de atuação for marketing, vale incluí-la na descrição da atividade, sendo que a mesma regra prevalece no “resumo” do perfil.

Ao listar habilidades e aptidões, aproveite o recurso disponível no LinkedIn e solicite recomendações a quem trabalhou ou estudou com você, especialmente durante esse período no exterior. Dessa forma, além de detalhar seu período fora do país, é possível mostrar a perspectiva de mais gente que reconheceu o resultado do trabalho ou estudo lá fora.

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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