Fundação Estudar
InícioGraduaçãoAs 10 perguntas mais comuns em entrevistas de admissão - e como...

As 10 perguntas mais comuns em entrevistas de admissão – e como respondê-las

Priscila Bellini - 29/08/2023
Comentários:

Saber que tipo de questão aparece nas entrevistas de admissão é de grande ajuda para os estudantes. Então, conheça as perguntas comuns que aparecem em tais conversas. Entre elas, estão questões que servem apenas para quebrar o gelo e outras que realmente contam pontos.

Além disso, alguns temas fora do comum que podem aparecer nesse momento.

10 perguntas comuns em entrevistas de admissão

#1 Fale sobre si mesmo

Talvez você se preocupe com o que essa questão realmente quer dizer, a princípio. Se aparecer no começo da conversa, serve como um “aquecimento”, uma forma de iniciar o diálogo de um jeito natural. O significado é “quem é você? O que você quer que nós saibamos sobre você?”. Não há respostas erradas. Falar sobre sua cidade-natal, família, paixões… Tudo isso conta. Se a universidade for a sua primeira opção – ou seja, se for aceito, você irá com certeza -, é um bom momento para mencionar isso.

#2 Por que essa universidade? Por que ela se encaixa no que você quer?

Esse é um ponto crítico entre as perguntas comuns, e a resposta deve ser bastante específica. O aluno deve falar sobre a universidade, e não sobre o clima local ou a proximidade a uma cidade ou às praias. O que motivou a sua escolha? Pontos extras se mencionar os laboratórios de primeira linha, ou uma frase como “a oportunidade de trabalhar com o professor X, na pesquisa Y”.

#3 O que você trará de diferente para a universidade?

Outra questão de destaque e que deve ser pensada com cuidado, antes da entrevista de admissão. É óbvio o que uma estrela do esporte pode trazer ao campus, por exemplo. Mas, mesmo que esse não seja o caso, todos têm algo a oferecer. Como você contribuiu para sua escola, no Ensino Médio? O que fez com que você se destacasse? Muitas das melhores universidades do mundo procuram candidatos que tragam um “algo a mais” para seus campi. Essa é a chance de impressionar com algo que seja incomum ou excepcional sobre si mesmo.

#4 Quais são seus pontos fortes e fracos? Conte suas paixões e desafios acadêmicos

É importante usar oportunidades como essa para falar sobre conquistas acadêmicas e em atividades extracurriculares. E, se há alguma fraqueza no seu histórico, está aí a chance de se explicar. Pode ser uma nota ruim no boletim, por exemplo, ou problemas com uma disciplina em particular. Entretanto, não se trata de culpar os outros pelo problema ou recorrer a frases como “meu professor não gostava de mim”.

#5 Qual é o seu livro/filme ou música favorito?

Não fique nervoso ou preocupado com o que o entrevistador quer ouvir. Se o livro favorito for “Crepúsculo”, portanto, que seja essa a resposta. Evite a tentação de impressionar os responsáveis por admissões com escolhas super intelectuais que não são suas favoritas. Quem conduz a conversa vai querer falar sobre ele, discuti-lo mais a fundo, e vai perceber se você leu de fato.

#6 Qual era sua aula ou atividade extracurricular favorita?

Mais uma oportunidade para os candidatos de falar sobre quem são e sobre como a universidade se encaixa nesse perfil.

#7 A que outras universidades você aplicou?

Entre as perguntas comuns, essa costuma ser capciosa. Isso porque o responsável por admissões está de olho na competição pelo candidato, e nenhuma instituição gosta de ser a “última opção”. Um caminho possível, nesse caso, é o de falar das suas escolhas de forma vaga. Por exemplo, “estou procurando universidades menores na Costa Oeste”. Depois, é só retomar a parte da conversa em que você fala da universidade que está entrevistando.

#8 Qual foi o maior desafio que já enfrentou?

Pode ser um desafio acadêmico, emocional ou mesmo físico. Em geral, as melhores respostas mostram um “final feliz”, a superação de um medo ou uma lição de vida significativa. Pergunte-se de forma honesta sobre qual foi esse momento e fuja do lugar comum, como a perda de um ente querido ou de um animal de estimação. Pode ser, por exemplo, sobre sua dificuldade em uma matéria da escola, que foi superada com excelentes notas ao fim do ano. Ou, ainda, sobre como ajudou uma amiga durante um período particularmente difícil. Assim, é possível dar um exemplo de caráter e de resiliência, pontos importantes para se sair bem na faculdade.

#9 Quem é a pessoa que mais influenciou você?

Citar um parente ou professor pode ser uma aposta segura, além de ícones políticos, como Gandhi. Pontos extras caso seja um sujeito de destaque na área em que você pretende se formar. Entretanto, prepare-se para as perguntas seguintes, que detalhem essa influência e admiração.

#10 Você tem alguma questão?

Prepare muitas delas. Se a entrevista for conduzida por um ex-aluno, então, certifique-se de perguntas sobre sua experiência acadêmica. Ainda assim, faça a pergunta de forma mais criativa do que um simples “você gostou de lá?” ou “em qual acomodação você ficou?”. Essa parte também dará pistas ao entrevistador sobre o que você realmente sabe sobre a escola.

Além das perguntas comuns

É impossível se preparar para todas as questões, mas aqui vai uma série de exemplos das perguntas mais incomuns feitas em entrevistas de admissão:

– Descreva sua aula ideal
– Se você fosse um item de cozinha, qual seria?
– As suas notas são resultados da sua inteligência ou do seu esforço?
– Se alguém lhe desse um milhão de dólares, o que você faria com o dinheiro?
– Se você estivesse na capa da revista TIME, daqui a dez anos, por que seria?
– O que você mudaria sobre sua escola?
– Se pudesse jantar com qualquer pessoa – alguém que está vivo, que já faleceu, que é ficcional ou personagem histórico – quem escolheria e por quê?
– Se tivesse de fazer o Ensino Médio novamente, o que faria de diferente?

Este texto foi publicado originalmente em inglês, no site ThoughtCo, e adaptado pelo Estudar Fora. 

O que você achou desse post?

Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

Artigos relacionados