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As 5 melhores cidades do mundo para estudantes

Redação do Estudar Fora - 28/04/2023
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*Autora: Marcela Marcos

A empresa britânica Quacquarelli Symonds (QS) publica anualmente o ranking de melhores cidades do mundo para estudantes morarem. A edição de 2022 (QS Best Student Cities 2022) inclui regiões em países como Reino Unido, Alemanha e Coreia do Sul. 

O levantamento deste ano sobre os destinos urbanos mais prestigiados foi organizado com base em cinco categorias. O número de universidades reconhecidas em rankings internacionais nas cidades agrupadas foi o principal indicador, seguido de um critério que analisou a composição estudantil dos lugares.  

Leia também: As melhores universidades do mundo em 2022

A seleção considerou que os locais com maiores proporções de alunos provavelmente são mais bem equipados com instalações de que eles precisam para morar e, consequentemente, mais preparados para receber estudantes de várias partes do mundo. A conveniência de cada localidade, incluindo a segurança foi a terceira categoria utilizada, seguida de empregabilidade e acessibilidade. 

O ranking considerou cidades cujas populações ultrapassam 250 mil habitantes e que abrigam ao menos duas universidades que figuram no QS World University Rankings de Melhores Universidades do Mundo mais recente. Com base nisso, 164 destinos se qualificaram para a classificação. Veja, abaixo, quais são as cinco melhores cidades para estudantes morarem.

1. Londres

A classificação de 2022 é novamente liderada pela capital britânica. E não é para menos, já que Londres é um centro intelectual que sedia universidades renomadas. Ao todo, 18 delas apareceram no ranking QS mais recente sobre as melhores instituições de ensino superior do globo.

Os destaques ficam por conta da Imperial College London (que tem foco em Ciências, Engenharia, Medicina e Negócios), uma das mais reconhecidas e internacionais do Reino Unido, que ficou na sétima colocação do ranking QS.

Na sequência, em oitavo, vem a University College London, famosa por ser a primeira universidade totalmente laica da Inglaterra. Londres também abriga a King’s College, que tem reconhecimento mundial por pesquisa, principalmente em áreas como Humanidades, Direito e Ciências Sociais. 

O preço é alto para se manter e viver na terra da Rainha, mas não faltam opções de bolsas para estudantes internacionais, seja para cursos de verão, graduação ou pós. O transporte é um ponto positivo por lá. A cidade possui mais de 400 quilômetros de metrô, além do fato de que é possível conhecer outras cidades como Cambridge e Oxford de ônibus ou trem – e os estudantes têm um cartão de desconto para isso.

Com relação a atividades culturais, a capital britânica abriga alguns dos museus mais famosos do mundo, incluindo o Museu de História Natural e o Museu Britânico, que são gratuitos. Além disso, a cidade tem uma das melhores vidas noturnas da Europa.

2. Munique

A Alemanha tem duas cidades eleitas entre as cinco melhores do mundo para estudantes morarem, sendo Munique a primeira delas. É lá que estão localizadas a Universidade Ludwig-Maximilians de Munique – de mais de 500 anos de tradição – e a Universidade Técnica de Munique.

A principal razão do destaque da cidade alemã no ranking deste ano foi o aumento de indicadores de conveniência, empregabilidade e acessibilidade, em razão dos preços mais baixos em comparação a outros hubs europeus. Além disso, nenhuma taxa de matrícula é cobrada para alunos de graduação na maioria das universidades públicas germânicas, independentemente da nacionalidade, o que tem atraído cada vez mais alunos estrangeiros. 

 

 

A capital da Baviera oferece alto padrão de vida com custo proporcional à boa infraestrutura, transportes acessíveis e belas paisagens ao redor, com jardins botânicos, reservas naturais, alpes, florestas e lagos. 

3. Seul

Há um franco crescimento na procura pela capital sul-coreana graças à popularização da música (principalmente o K-Pop) e das produções audiovisuais. Em 2022, Seul disparou no ranking de melhores cidades para estudantes morarem.

A cidade da Coreia do Sul subiu sete posições e, agora, é considerada a terceira melhor localidade do mundo nesse aspecto. Praticamente todos os indicadores considerados para o levantamento melhoraram, sendo que a empregabilidade foi o fator de destaque, refletindo a boa reputação das universidades entre as empresas nacionais e internacionais. 

Foto: yeoul Shin

As universidades, em sua maioria, oferecem disciplinas em inglês para graduação e pós-graduação, além de programas de intercâmbio e cursos de verão. As melhores instituições de ensino sul-coreanas estão na capital, entre elas a Korea Advanced Institute of Science and Technology (KAIST) e a Seoul National University. Ambas oferecem a possibilidade de estudar com bolsa ou ser isento de taxas de anuidade por meio de parcerias governamentais. 

Já com relação à vida na cidade, Seul definitivamente não tem monotonia e nunca dorme, seja pelos sons dos vendedores do mercado noturno,  atmosfera das casas de chá que funcionam a noite toda ou pela agitação do centro de jogos. E, se de um lado há toda essa efervescência, de outro está a possibilidade de relaxar e tirar um descanso dos estudos em algum dos vários templos budistas de Seul.

4. Tóquio

Localizada na ilha Honshu, a capital japonesa é considerada um dos principais centros financeiros do mundo. É também a cidade mais povoada do Japão. Ficam em Tóquio as seis universidades consideradas “a Ivy League japonesa”, conhecidas como roku Tokyo daigaku. São elas: UTokyo, Keio, Waseda, Hosei, Meiji e Rikkyo, sendo a primeira considerada a melhor instituição de ensino superior do país asiático.

Tóquio é uma cidade para quem prefere fazer uma imersão na cultura local e busca boas oportunidades profissionais, incluindo estágios. A capital japonesa pontua bem na categoria que mede a conveniência das localidades, o que leva em conta a qualidade de vida geral em paralelo às demandas de estudantes internacionais.

Foto: Jezael Melgoza

A culinária local, com destaque para as comidas de rua, é um destaque à parte. Já as vias urbanas não são apenas limpas, mas seguras, contando ainda com um sistema de transporte de alto nível. A cidade ainda é mais barata que os principais destinos europeus para estudantes internacionais, como Londres e Munique. De acordo com o site Numbeo, o aluguel na capital japonesa é 46% menor em relação à capital britânica.

5. Berlim

A capital da Alemanha tem instituições de excelência, como a Universidade Humboldt de Berlim, a mais antiga da cidade (que frequentemente promove programas de auxílio estudantil); a Universidade Livre (FU Berlim) e a Universidade Técnica (TU Berlim). A última é famosa por programas acadêmicos em áreas principalmente das ciências exatas.

O crescente apelo de Berlim como destino internacional de estudos também se deve em parte ao grande número de cursos oferecidos em inglês, principalmente em nível de pós-graduação. Vale destacar que 20% dos estudantes da capital vêm de fora da Alemanha, o que significa que é fácil conhecer pessoas do mundo todo por lá.

Foto: Florian Wehde

Assim como falamos em relação a Munique, a gratuidade das taxas de graduação em universidades públicas é um ponto atraente em Berlim para estudantes morarem. Aqueles que vêm de fora da União Europeia costumam ter autorização de residência que pode ser estendida por mais de dezoito meses após a formatura. As perspectivas de emprego são boas para quem se forma em Berlim, sendo que profissionais de saúde, engenheiros e especialistas em TI são os mais requisitados pelos empregadores.

A cidade marcada no século XX por duas guerras e pela divisão por um muro é atualmente um centro cosmopolita que, para além do prestígio acadêmico, é também conhecida pela sustentabilidade. A bicicleta é o meio de transporte mais utilizado no dia a dia. Berlim é, ainda, rica em espaços verdes, como parques, jardins e terrenos super arborizados. 

O ranking QS das melhores cidades estudantis ainda inclui, no top 10, lugares como Melbourne, na sexta posição, seguido de Zurique e Sidney. Boston ficou em nono lugar e a canadense Montréal ocupou a décima colocação.

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