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Eles irão a Harvard e MIT representar o Brasil em campeonato de matemática

Nathalia Bustamante - 31/01/2017
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Não fosse pela paixão pela matemática, os seis não se conheceriam – embora cariocas, eles estão no Ensino Médio em colégios diferentes da cidade. Não fosse pela paixão pela matemática, eles também não estariam embarcando em fevereiro para Boston – cidade onde se localizam duas das melhores universidades do mundo, Harvard e MIT – para participarem de uma competição internacional.

Mas a matemática os uniu, e já está multiplicando os resultados dos seus esforços. Os seis estudantes que compõem o time selecionado para participarem do HMMT – Harvard-MIT Mathematics Tournment – reúnem mais de 100 medalhas destas competições, em diversas áreas das ciências exatas. E agora estão à procura de mais uma.

O início do “time”

“A organização que promove a Olimpíada Brasileira de Matemática tem um programa de aulas gratuitas complementares para as Olimpíadas. Lá, nós nos conhecemos e ficamos amigos”, comenta João Pedro de Mello Carvalho.  O interesse em comum por competições científicas fez com que eles descobrissem o HMMT – uma competição mundial de matemática que reúne times de estudantes de Ensino Médio em dois dos maiores centros acadêmicos dos Estados Unidos. Montaram um time, inscreveram-se no site e, uma semana depois, receberam a notícia de que o “Bizueiros” (codinome sob o qual o time foi inscrito) tinha sido aceito.

A empolgação em participar da competição foi tanta que só depois de receberem o resultado os estudantes perceberam um revés: todas as despesas com passagens aéreas, acomodação e alimentação eram por conta dos participantes. Um cálculo feito por um deles apontou a soma de 40 mil – inviável para os estudantes arcarem sozinhos. Quatro deles estudam em escola pública e dois em escolas particulares, com bolsa integral.

A solução encontrada foi contar com o apoio de pessoas que sequer os conheciam: através de uma campanha de crowdfunding, os estudantes conquistaram muito mais que os 40 mil de que precisavam, além da simpatia de um Brasil inteiro que acreditou no talento dos meninos.

Preparação: para o torneio e para o futuro

Agora que a parte financeira está resolvida, a preparação é outra: para a maratona de exames, eles estão treinando separadamente para as três provas individuais e se reunindo uma vez por semana para exercitarem as provas em grupo. “O torneio será realizado durante um dia inteiro, e ao final será feita a premiação”, explicou João Pedro.

Ele, que sonha em estudar no MIT, está se preparando também para fazer a sua candidatura. “Gosto do que as pessoas falam do ambiente de lá, há pesquisa em várias áreas diferentes… Além de ser um ambiente muito diverso”, completa. Assim, além da experiência acadêmica e internacional, o Torneio será um bom teste para o carioca do frio que ele enfrentará no futuro.

 

Por Nathalia Bustamante

 

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Sobre o escritor

Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante é jornalista formada pela UFJF. Foi editora do Estudar Fora entre 2016 e 2018 e hoje é coordenadora de Conteúdo Educacional na Fundação Estudar.

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