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Conheça as melhores escolas de medicina no mundo

Priscila Bellini - 01/05/2017
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Avaliar quais universidades chegam ao topo, em um quadro geral, é uma tarefa complicada. No caso dos rankings universitários como o QS Ranking, o cálculo inclui o número de publicações, relevância das pesquisas desenvolvidas na instituição, notas dos candidatos em exames padronizados como o MCAT (Medical College Admission Test) e mesmo intercâmbio de pesquisadores. De modo geral, na categoria medicina, as que se dão melhor são as escolas médicas que aliam tradição no campo à inovação em pesquisa.

São universidades cujas tuitions tendem a sair mais caras do que o padrão em outros cursos. Como uma das líderes do ranking, a britânica Universidade de Oxford, explica, “os custos são altos” – o que limita a oferta de bolsas de estudo e faz com que os alunos estrangeiros passem por um crivo ainda mais rígido. Para conseguir entrar no top 10 de escolas médicas, é necessário apoio financeiro e investimento pesado em pesquisa, para não ficar para trás. Conheça três das melhores escolas médicas do mundo e entenda como funciona o processo seletivo e quais os custos de cada uma.

As melhores escolas médicas do mundo

 

Harvard Medical School

Os números da Harvard Medical School dão pistas sobre o nível de excelência. São dois séculos ensinando alunos, 15 centros médicos e hospitais associados, taxa de aprovação de cerca de 3%. Tradições como o Second-Year Show, espetáculo de teatro e dança organizado pelos alunos da HMS, já duram 108 anos. Entra para a conta, também, a ligação com instituições de prestígio do mundo todo, da Universidade Americana do Líbano ao parceiro de longa data MIT (Massachussetts Institute of Technology). Entre os ex-alunos de destaque da HMS, estão laureados com o Nobel, como Charles Brenton Huggins — responsável por identificar, em 1966, o papel dos hormônios no desenvolvimento de determinados tumores.

 

Com uma tuition que ultrapassa os 58 mil dólares anuais, que devem ser somados às despesas de manutenção do estudante (como alimentação, transporte e materiais), Harvard tem um preço salgado, em especial para os estudantes internacionais. Como as vagas são concorridíssimas, não é de surpreender que o número de estudantes internacionais nas turmas seja reduzido. Ainda assim, Harvard atrai candidatos numerosos — um total de 7.069 só na última leva de applications, sendo que apenas 235 foram aceitos. A boa notícia é que ganha força na Medical School o compromisso com a diversidade no corpo discente, através do Office of Recruitment and Multicultural Affairs, que tenta trazer mais alunos latinos, afro-descendentes e LGBT para as salas de aula.

Universidade de Cambridge

A instituição é uma das gigantes no Reino Unido e tem 800 anos de história, com nomes de destaque nos diversos campos da medicina. O pioneirismo de Cambridge fica evidente na lista de ex-alunos de destaque: 26 deles levaram para casa o Nobel de Medicina. Entre os famosos que passaram pela instituição britânica, estão Alan Hodgkin, que investigou a ação das terminações nervosas, e o trio Maurice Wilkins, James Watson e Francis Crick, responsáveis pela descoberta da estrutura de dupla hélice do DNA.

Fazer parte do corpo discente da instituição sai caro: apenas a tuition custa mais de 50 mil libras para o curso de Medicina. Para ter uma ideia, um aluno de Economia teria de desembolsar anualmente cerca de 19 mil libras – menos de metade da quantia.

Johns Hopkins University

O nome da Johns Hopkins ganha destaque não só nos rankings internacionais, como também tem um nome de destaque em obras de ficção. Não faltam referências à universidade na cultura pop, a exemplo de seriados como Grey’s Anatomy e House. A instituição conta com 16 prêmios Nobel em Medicina — sendo que o primeiro deles, Thomas Hunt Morgan, foi laureado em 1933, graças às descobertas sobre o papel dos cromossomos na hereditariedade.

Para entrar na Johns Hopkins, o estudante internacional precisa de notas excelentes no TOEFL, exame de proficiência, e no MCAT (Medical College Admission Test), além de boas notas em um curso de graduação. Também é recomendado que os candidatos façam o pre-medical course com formação complementar em áreas como Biologia, Química e Física. Os custos gerais para ser aluno da Johns Hopkins, segundo a universidade, ultrapassa os 70 mil dólares, sendo que 50 mil correspondem à tuition.

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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