InícioIntercâmbioComo escolher uma boa escola de idiomas no exterior

Como escolher uma boa escola de idiomas no exterior

Lecticia Maggi - 03/10/2014
Comentários:

Uma das principais dúvidas de quem opta por um intercâmbio é escolher onde estudar. A verdade é que você terá um mundo de opções, literalmente! Portanto, o ideal é definir a língua de interesse e o país de destino e deixar a escola por último. Cada tipo de instituição tem sua especificidade e você deve escolher aquela que mais se adapta às suas necessidades. Veja a seguir diferença entre cada uma:

Universidades 

Diversas universidades oferecem aulas dos mais variados idiomas. Harvard, por exemplo, possui programas de 4 a 6 meses que dão enfoque na conversação. É comum o aluno ter que fazer artigos científicos e entregar ao professor, mesmo nos níveis mais básicos. As discussões em sala costumam se pautar por assuntos da atualidade, reportagens de jornal e temas acadêmicos.

Prós: a probabilidade de ter uma turma com gente do mundo inteiro e a obtenção de um certificado de uma universidade do exterior, que poderá fazer diferença no seu currículo. 

Contras: nem sempre as universidades oferecem aulas de gramática, e os cursos costumam ser de, pelo menos, 4 meses. Prepare também a carteira: o valor costuma ser superior aos das escolas de idiomas.

Escolas de idiomas 

Normalmente são escolas em que o professor segue um determinado livro-texto. Os alunos precisam fazer tarefas em casa e, muitas vezes, são submetidos a um exame ao final para obter uma nota.

Prós: os cursos podem ser curtos, a partir de 2 semanas, e quase sempre as escolas ensinam bastante gramática. A gama de ofertas é enorme e os preços, variados. 

Contras: por serem muitas, a qualidade varia bastante. Fique atento e busque conversar com ex-alunos antes de fechar o seu pacote.

Turismo idiomático 

Este tipo de intercâmbio é relativamente recente, mas vem se popularizando muito nos últimos anos. Basicamente, o aluno escolhe uma atividade para realizar enquanto aprende um segundo idioma. É possível fazer aula de moda e francês, culinária e italiano, enologia e espanhol, fotografia e inglês, entre várias outras.

Prós: “Essas associações são muito boas porque unem dois gostos e duas necessidades”, afirma a professora Neide Maia González, do departamento de Letras Modernas da USP. Há grandes chances de melhorar o vocabulário específico da atividade que você está realizando. Por exemplo, se fizer aula de culinária, vai aprender nomes dos temperos, algo que, provavelmente, não aconteceria em outra situação. 

Contras: é provável que a escola não ofereça aulas de gramática e, em alguns casos, o enfoque não será a língua propriamente, mas a atividade relacionada. É recomendado para quem já tem nível intermediário.

Escolas preparatórias 

Se o seu objetivo for fazer um teste de proficiência, como TOEFL, IELTS, Dele ou similares, é possível matricular-se em um curso preparatório. Há boas opções tanto em universidades quanto em escolas de idiomas. É recomendado para quem já tem nível intermediário da língua e almeja fazer graduação ou pós-graduação no exterior.

Prós: os cursos podem ser curtos (a partir de 4 semanas) e há grande chances de você ter colegas do mundo inteiro.

Contras: o curso pode ser cansativo, já que é voltado exclusivamente para ensinar a metodologia de uma prova específica.

Por Carolina Campos

Leia as outras reportagens da série Cursos de Idiomas no Exterior:
Os motivos para realizar um curso de idiomas no exterior
O impacto que um curso de idiomas no exterior tem na sua carreira
Os primeiros passos para fazer um curso de idiomas no exterior
Saiba como fazer o planejamento financeiro para o seu intercâmbio

O que você achou desse post?

Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

Artigos relacionados