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Brasileiro conta como é estudar arquitetura no exterior

Redação do Estudar Fora - 07/12/2022
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Como parte fundamental da paisagem de inúmeras metrópoles, estão prédios históricos, arranha-céus e casas de todo tipo. E, por trás de tais construções, é claro, muitos arquitetos. E não é de hoje que tais profissionais buscam complementar a formação e investem para fazer um curso de arquitetura no exterior.

Um dos exemplos é a arquiteta mais famosa do mundo, a iraquiana Zaha Hadid, que depois de se formar na American University of Beirut, seguiu para Londres. Já Oscar Niemeyer formou-se em terras brasileiras, na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, mas recebeu convites para lecionar em Yale e Harvard, ambas nos Estados Unidos.

Na prática, há vários motivos para investir em uma formação no exterior quando o assunto é arquitetura — seja uma graduação completa, uma pós ou um intercâmbio acadêmico. Pensar novas referências e aprender técnicas diferentes, por exemplo, entram na lista de aspectos positivos dessa experiência. Outro ponto essencial tem a ver com os recursos disponíveis. “O prédio de arquitetura em Yale ficava aberto 24 horas por dia. Nós tínhamos um andar inteiro só nosso, mesmo sendo undergraduates”, conta o brasileiro Mateus Benarrós, que fez o curso em Yale. “Contávamos com cortadores a laser e milhares de máquinas para construir nossos modelos”, completa ele, que hoje comanda a APPLY, empresa que ajuda estudantes no processo de application.

Como estudar arquitetura no exterior

As instituições que lideram rankings de arquitetura, como o QS Ranking, são nomes conhecidos também em outras áreas. O Massachussetts Institute of Technology (MIT) assume o primeiro lugar e, logo em seguida, vem a UCL (University College London). Nessas universidades, o processo de admissão é a application, em que o estudante relata sua trajetória acadêmica, conquistas e atividades extracurriculares.

Uma vez escolhido o curso de arquitetura no exterior e aprovado no processo inicial, o estudante passa a ser aluno da instituição. Mas, depois, precisa se candidatar à major e cumprir com os requisitos necessários. “Tive de fazer três cursos, montar um portifólio e fazer uma redação”, explica Mateus Benarrós, sobre o procedimento em Yale. O processo exigiu matérias como studio, desenho e Introdução à Arquitetura. Na redação, cabe ao estudante explicar o porquê de se interessar pela carreira e encaminhar o texto à School of Architecture.

Vida de estudante de arquitetura no exterior

No caso de Benarrós, ser aprovado significou fazer parte de uma turma pequena de alunos. “Nós éramos 11 alunos que sofriam juntos, comiam juntos, estudavam juntos, uma super comunidade”, detalha ele. Durante os anos no curso de arquitetura no exterior, os estudantes passavam por matérias mais básicas, como Estruturas e História da Arquitetura. Havia ainda cursos mais específicos, como Arquitetura Budista e Arquitetura Ambiental.

Durante aulas com os “studios”, chega a vez de os alunos conectarem as técnicas de desenho a programas como o AutoCAD. Por sua vez, os professores propõem desafios, seja em situações reais ou fictícias. “Mesmo você sendo um estudante, eles acham que você pode solucionar problemas impossíveis”, conta Mateus Benarrós, que destaca a liberdade de criação dada aos alunos de Yale. “Eles vão exigir de você uma complexidade imensa em seus designs e uma execução perfeita”.

Durante a graduação, é possível fazer estágios e, mesmo depois de formado, usufruir da rede de contatos de alumni e professores. Como os professores são nomes reconhecidos na área, podem encaminhar o portifólio de alunos e orientá-los sobre carreira. “É toda uma rede de conexões que você não conseguiria em nenhum lugar além de Yale, que é um nome de peso e está próxima a Nova York”, conclui Benarrós.

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