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Como é o senso de comunidade nas universidades dos Estados Unidos?

Gustavo Sumares - 01/04/2019
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Você já deve ter ouvido falar em tradições de universidades dos EUA como o “class ring” (um anel que todas as pessoas que se formaram na mesma turma da universidade usam) e as reuniões de 10, 20 e até 30 anos de formatura. Mas quão forte é, exatamente, esse senso de comunidade nas universidades dos Estados Unidos?

Para descobrir, conversamos com Fernando Machado, atualmente diretor da Russell Reynolds Associates do Brasil, ex-aluno do MBA da Harvard Business School (HBS) e ex-bolsista e mentor do Programa de Líderes da Fundação Estudar. E segundo a experiência dele, essa proximidade entre alunos da mesma faculdade e classe realmente existe, por ótimos motivos.

O ambiente do MBA

“Antes de entrar, eu tinha uma preocupação que o ambiente do MBA na HBS fosse ser exageradamente competitivo. Eu estava completamente enganado. As pessoas eram muito abertas e muito amigáveis. Claro que havia algumas poucas exceções, como em qualquer lugar, mas eu consegui fazer muitos colegas e alguns bons amigos que trago até hoje na minha vida”, conta Fernando.

Construir amizades ao longo de um curso presencial é algo que muitas vezes acaba acontecendo. Mas Fernando conta que, na HBS, as aulas eram estruturadas para que as pessoas trabalhassem em grupo, se conhecessem e criassem laços desde o começo.

“Há um processo estruturado para se fazer networking, no sentido positivo e natural da palavra, pois se sabe que essas pessoas serão importantes ao longo da sua carreira. Além disso, elas podem ser suas amigas, mentoras e até sócias”, comenta. Ele diz também que não via nada parecido com isso em suas experiências no sistema educacional brasileiro.

A importância do networking

Esse senso de comunidade nas universidades dos Estados Unidos não serve apenas para se fazer amigos. “Depois da Business School, eu fui trabalhar na empresa de consultoria BCG, em Boston, onde vários colegas de Harvard também moravam. Alguns deles se tornaram meus amigos e me ajudaram em alguns momentos da minha vida profissional também”, relata Fernando.

Mais especificamente, ele comenta que a experiência do MBA como um todo “me ajudou logo nos primeiros anos após o curso, a fazer uma mudança de finanças para consultoria”. Nessa transição de carreira, ele considera que “Harvard com certeza foi importante”.

Criar essa rede de contatos não beneficia apenas as pessoas que participam dela, mas sim a comunidade universitária como um todo. Falando sobre sua experiência, Fernando comenta que se sente “motivado a contribuir de volta àquela comunidade, principalmente para dar acesso à pessoas que não teriam condições de cursar a faculdade por motivos financeiros”.

E sobre as tradições citadas no começo do texto, ele diz que as conhece bem. Sua turma do MBA faz reuniões a cada 5 anos, e ele foi em todas até agora. Em 2021, espera poder comparecer à sua reunião de 20 anos de formado. “É uma oportunidade única de rever pessoas do mundo inteiro e reconectar com a escola e com o que está acontecendo de mais novo no mundo dos negócios”, comenta.

Sobre o Programa de Líderes

Fernando pode estudar no exterior com o auxílio da bolsa do Programa de Líderes. “A bolsa que recebi da Fundação Estudar foi fundamental para eu poder conquistar esse sonho”, comenta. O Programa de LÍderes da Fundação Estudar existe há 26 anos como forma de propiciar que brasileiros estudem nas melhores universidades do mundo – seja no Brasil ou no exterior – e desenvolvam ao máximo o seu potencial. Ele está com inscrições abertas para sua edição de 2019 até o dia 01/04! Saiba mais sobre ele (incluindo como se inscrever) neste link.

 

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Sobre o escritor

Gustavo Sumares
Gustavo Sumares
Gustavo Sumares é o editor do Estudar Fora. Jornalista, já escreveu sobre tecnologia e carreira.

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