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Sistema de saúde nos EUA: como é e quais as regras para estudantes internacionais

Marcela Marcos - 07/06/2023
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Você já deve ter ouvido falar que o sistema de saúde dos Estados Unidos está entre os mais caros do mundo e, ao mesmo tempo, entre os melhores. As regras sanitárias no país estrangeiro – que é o destino mais popular de intercâmbio de alunos internacionais – são bem diferentes da assistência médica no Brasil.

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Como, por lá, as próprias famílias custeiam os serviços de saúde, é importante que os estudantes incluam a questão no planejamento antes de embarcar. Saiba mais!

Características dos sistema de saúde dos EUA

Para entender como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos, primeiro é preciso considerar as diferenças com o SUS, o Sistema Único de Saúde brasileiro. No Brasil, o atendimento é totalmente gratuito – assegurado pelo Governo Federal – para quem não tem como custear um convênio médico.

Nos EUA, o subsídio do governo só está disponível para pessoas abaixo da linha da pobreza, como veremos mais adiante. Entretanto, mesmo nestes casos, a assistência só é válida para urgências e emergências. Não há, portanto, cobertura universal de saúde por lá.

Apesar de ser privado em geral e com custo alto, o sistema de saúde americano é um dos mais avançados do mundo no que se refere à formação dos profissionais e aos recursos disponíveis em hospitais e clínicas. Cabe destacar que o funcionamento dos convênios tem regras definidas pelos estados, por se tratar de um sistema federalista.

Não há, por exemplo, uma instituição que estabeleça regras únicas, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar no Brasil. O que assemelha os convênios americanos dos brasileiros é que há o pagamento de mensalidade às seguradoras, mas os planos mais básicos não incluem serviços como consultas e exames. Em geral, os mais baratos cobrem apenas atendimento em pronto-socorro.

Gratuidade e atendimento privado

Como dissemos, as pessoas que estão abaixo da linha da pobreza são beneficiárias do serviço gratuito de saúde nos Estados Unidos, além de idosos e pessoas com doenças terminais. Os programas disponíveis para estes públicos são o Medicare e o Medicaid.

O primeiro, criado em 1996, é destinado a quem tem 65 anos ou mais, e também a pessoas com deficiência ou doença renal grave. Quem é estrangeiro pode ser beneficiário da modalidade, desde que tenha trabalhado durante 10 anos no país.

O Medicaid, por sua vez, não tem faixa etária definida, já que é destinado a pessoas com necessidades financeiras. Neste caso, os custos são pagos pelo governo dos Estados Unidos junto aos estados – que reembolsam as unidades de saúde que oferecem o tratamento.

Há, ainda, o Obamacare, que, como o nome indica, foi adotado durante o governo do então presidente Barack Obama, em 2010. Trata-se da Affordable Care Act (ACA), que pode ser traduzido como “lei do atendimento médico financeiramente acessível”. Durante a gestão de Donald Trump, o chefe de estado tentou algumas medidas para enfraquecer o programa. No entanto, o atual presidente Joe Biden quer incorporá-la ao sistema de saúde do país. Por enquanto, ainda não há uma definição sobre o reforço da ACA.

Afinal, estudantes precisam de seguro de saúde nos EUA?

Indo direto ao ponto, os estudantes estrangeiros normalmente não têm direito aos programas de saúde pública ou de baixo custo nos Estados Unidos. Por isso, a etapa de planejamento do intercâmbio no país deve considerar a contratação do seguro saúde. Aliás, vale destacar que muitas instituições de ensino superior exigem que se tenha um para começar a frequentar as aulas. A boa notícia é que muitas universidades oferece apólices próprias, com custos mais acessíveis. A dica, então, é entrar em contato com a faculdade para entender como funciona a política de plano médico.

O seguro saúde também costuma ser exigido de quem vem de fora como um dos requisitos de obtenção do visto para os EUA. Tais exigências variam conforme a categoria do visto. Para saber mais sobre o seguro saúde, clique aqui.

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Sobre o escritor

Marcela Marcos
Marcela Marcos
Marcela Marcos é jornalista e cursa mestrado na linha de Comunicação do programa de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC. Foi colaboradora do portal Estudar Fora em 2018.

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