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3 perrengues (graves) que passei durante meu intercâmbio

Colunista do Estudar Fora - 12/12/2017
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Nem só de flores vivemos os estudantes internacionais. Apesar de eu gostar de planejar tudo para evitar possíveis contratempos, passei por alguns perrengues durante o intercâmbio e confesso que foi bastante difícil manter a calma. Neste post eu resumi as histórias, dou dicas de como evitar esses problemas e conto meus aprendizados pessoais.

#1 Minha mala ficou no Brasil

Depois de muitas horas selecionando com carinho cada item para colocar na mala, tive uma triste surpresa no aeroporto. Ao chegar no guichê da companhia aérea, a atendente me informou que eu teria que pagar R$ 1.600 por excesso de bagagem. Sim, exatos R$ 1.600!

Resumindo o drama, na correria para fazer o check in, a atendente somou as malas do meu namorado e os equipamentos de fotografia dele e colocou tudo no meu nome. Eu não iria pagar esse valor pelo excesso de peso, faltavam poucos minutos para o meu voo e eu tinha que tomar uma decisão rápida. Fui correndo em uma loja e comprei uma mala pequena. No meio do aeroporto eu abri a mala grande no chão e escolhi algumas coisas para levar na bagagem de mão. E eu tive sorte de estar com minha mãe, quem voltou com a outra mala para casa. Sim, o meu intercambio dos sonhos começou com uma mala de mão com 3 Kg de roupa.

Dica:

Confira o limite de peso da companhia aérea e as taxas de serviços extras. Pese sua mala um dia antes da viagem (farmácia tem balança!)

Aprendizado:

No fim das contas, eu percebi que eu posso viver com menos coisas que eu imaginava. Comprei somente o necessário para suportar o calor e frio intensos de Lima e fui muito feliz vivendo com mais simplicidade e menos coisas. A vida fica mais prática!

#2 Todo dinheiro da minha conta bancaria foi roubado

Em um belo dia de sol, eu acordei e comecei a organizar minhas finanças para o início do mês. Como era dia de pagar o aluguel, eu abri meu extrato bancário para ver meu saldo e tive outra surpresa. Diversos saques haviam sido realizados no dia anterior, deixando minha conta com um saldo de apenas R$ 5,84. Todo meu dinheiro havia desaparecido.

Por sorte ou iluminação divina, eu havia fracionado meu dinheiro em três contas bancárias diferentes e os bandidos ao clonarem meu cartão de débito, roubaram somente a conta que tinha menos dinheiro. Abri uma investigação policial, solicitei um novo cartão e meu banco me reembolsou todo o dinheiro em menos de 15 dias. Apesar de até hoje eu não saber como e onde clonaram meu cartão, tudo deu certo no final.

Dica:

Utilize seu cartão somente em caixas eletrônicos seguros dentro de bancos e tente utilizar sempre as mesmas agências. Caso aconteça algo, é mais fácil de identificar o local da fraude.

Aprendizado:

Conhecer os procedimentos legais e meus direitos de consumidora em uma situação de fraude, foi essencial para agilizar o processo. Olhando pelo lado bom, não foi um assalto a mão armada e eu tinha dinheiro por outros meios. Neste post eu conto as quatro maneiras que levei dinheiro para o exterior.

#3 Fiquei 6 horas na beira da estrada e ganhei dinheiro com isso

Depois de uma viagem incrível para a cidade de Huaraz, no Peru, meu namorado e eu pegamos um ônibus no sábado à noite, com previsão de chegada em Lima às 7 h da manhã do dia seguinte. Eu estava cochilando no ônibus quando acordei às 1h da madrugada e estávamos parados na estrada à beira de um precipício. Fui até o assistente de viagens e com muita falta de educação, ele disse que era um problema mecânico e que outro ônibus iria nos buscar às 3h da manhã. Fiquei com medo de sermos roubados ou algum caminhão chocar contra o ônibus (tinha somente uma faixa) mas tentei dormir um pouco mais.

Despertei as 6h da manhã e ainda estávamos lá! Indignada com o descaso da companhia, comecei a gravar vídeos e depois de interrogar o funcionário, descobri que em nenhum momento ele havia pedido ajuda, pois estávamos sem sinal de telefone. Sem água, cobertor, comida e sem previsão de ajuda, todos os passageiros começaram a pegar caronas na beira da estrada. Pegamos uma van lotada de pessoas e depois de duas horas, descemos no povoado mais perto e pegamos outro ônibus até Lima. Chegamos as 16h na sala do gerente da companhia, mostramos os vídeos e fomos reembolsados do valor integral das passagens, incluindo a despesa com comida.

Dica:

Para viagens longas ou a lugares isolados, tenha sempre água e lanche para possíveis emergências.

Aprendizado:

Fazer vídeos e guardar documentos são ótimas maneiras de reivindicar direitos diante de qualquer irregularidade na prestação de serviços.

 

Por mais que a gente se planeje, estamos sujeitos a acontecimentos externos que nem sempre estão sob nosso controle. Então se você passar por perrengues durante o intercâmbio, tente manter a calma e tirar algum aprendizado da situação! Para o post não ficar muito grande, eu resumi as histórias o máximo possível. Se você quiser saber mais detalhes sórdidos dessas aventuras, comente aqui abaixo que eu gravo um vídeo bem legal 🙂

 

Mini-bio

Priscila Faria é estudante de graduação em Administração de Empresas na PUC Minas e está fazendo o intercâmbio de um semestre na Universidad del Pacífico, em Lima, no Peru. Com perfil empreendedor e apaixonada por negócios, quer construir uma carreira com propósito, trabalhando em empreendimentos com impacto social pelo mundo.

 

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Sobre o escritor

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Os colunistas são estudantes e especialistas convidados pelo Estudar Fora para compartilhar sua experiência. É neste espaço que você verá relatos em primeira pessoa dos estudantes ou orientação especializada de profissionais que atuam com estudos no exterior.

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