InícioGraduação"Não tinha facilidade com redação", diz jovem aceito por 6 universidades americanas

“Não tinha facilidade com redação”, diz jovem aceito por 6 universidades americanas

Priscila Bellini - 03/04/2017
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O cearense Felipe Martins estudou, desde o começo do Ensino Médio, na “Turma ITA” de um colégio particular. Morando em Fortaleza, ele se preparava para os vestibulares mais concorridos do país, como o do Instituto Militar de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Militar de Engenharia. Na época, já se dedicava a competições acadêmicas e científicas, a exemplo da Olimpíada de Física. Estudar fora, a princípio, parecia um caminho muito distante. “Para mim, era um sonho e eu não via os meios de chegar lá”, conta ele.

Os Prep Scholars Felipe Martins e Dayanne Carvalho
Felipe com a colega Dayanne, também Prep Scholar que foi aceita pelo MIT

Foi ao decidir a área em que gostaria de atuar, a Física, que Felipe passou a cogitar uma graduação no exterior. “Eu ainda não enxergo nas universidades brasileiras as mesmas oportunidades oferecidas pelas americanas, de ter experiência com pesquisa já na graduação”, explica o brasileiro. Pela indicação de um amigo, conheceu o programa Prep Scholars, que orienta candidatos quanto ao processo de application, além de oferecer mentoria e apoio financeiro para a candidatura.

Agora, Felipe sabe que o sonho de estudar fora está muito perto. Ele foi aprovado em 6 universidades americanas – entre elas, nomes de prestígio como a Universidade de Chicago, a Universidade da Califórnia em Los Angeles e Universidade de Illinois. Além disso, também conquistou duas universidades membro da Ivy League: Universidade Cornell e a Universidade Columbia

Processo seletivo

O modelo de seleção das universidades americanas, a princípio, assustavam Felipe. “Eu não considerava que tinha qualquer facilidade com redações, com essays de temas mirabolantes”, comenta ele. “Eu achava que era criativo apenas em outras áreas, como na hora de resolver problemas matemáticos”.

“Eu aprendi regras gramaticais que nem imaginava que existiam, e consegui melhorar muito com as dicas que eles me davam”

Com a ajuda de mentores e dicas do Prep Scholars, Felipe “pegou o jeito” dos processos de candidatura. O receio quanto à parte de redação ficou para trás, com os feedbacks que recebia do time do Prep. “Eu aprendi regras gramaticais que nem imaginava que existiam, e consegui melhorar muito com as dicas que eles me davam”, detalha.

E não eram só os orientadores do programa que ajudavam no processo. Com o tempo, Felipe também contou com a ajuda dos colegas, que também enviavam suas applications para universidades estrangeiras. “Além das dicas que eles me davam, que me ajudavam muito, eu fiz novas amizades. É uma rede que eu criei e que tenho certeza de que também será importante no futuro”, destaca.

Planos para o futuro

Com um número alto de aprovações, Felipe não hesita em nomear uma instituição específica que o atrai nos Estados Unidos: a Universidade de Chicago. Um dos atrativos, como conta o brasileiro, é o posicionamento claro da instituição de defender a liberdade de expressão. “Eu sempre fui um cara que gostava muito de discutir”, pontua.

A inclusão de matérias mais variadas no currículo também atraiu o estudante. “Eu quero fazer física, mas prezo muito também pelas humanidades. É importante que as pessoas entendam isso, tanto para a vida delas e quanto para a sociedade”, diz Felipe.

Como o objetivo do brasileiro é atuar no campo da pesquisa, um ponto positivo das universidades estrangeiras vem do tipo de atividade disponível desde a graduação. Não é raro que estudantes nessa fase já estejam envolvidos em projetos. “Meu plano é focar na questão acadêmica e nas oportunidades de me envolver em pesquisa desde cedo”, conta.

Conselhos

Ao indicar conselhos para quem deseja estudar no exterior, Felipe crava um aspecto essencial: “a coisa mais importante é firmar na sua cabeça que aquele é o seu sonho”. Para ele, essa firmeza ajuda a ter pique para os passos seguintes, em processos seletivos demorados como os das universidades americanas.

Para dar continuidade ao processo e seguir firme das applications, cabe ao aluno ter contato com instituições que estão ali “para facilitar o caminho”. É o caso do Prep Scholars e de outros programas que orientam brasileiros acerca das candidaturas.

No fim das contas, há muitos brasileiros no mesmo barco. “Você não vai ser o primeiro a fazer isso”, aponta Felipe. Ter consciência dessa rede também serve de impulso extra na hora de se candidatar.

 

Inscreva-se para o Prep Scholars, Preparatório da Fundação Estudar para graduação no exterior

O Prep Scholars, programa preparatório da Fundação Estudar para graduação, está com inscrições abertas para a turma 2017-2018 até o dia 10 de abril. O programa seleciona estudantes do terceiro ano do ensino médio que sonham em estudar nas melhores universidades do mundo e os prepara durante o seu processo de candidatura. Os interessados devem preencher um formulário de candidatura e enviar histórico escolar e outros documentos complementares através do site.

 

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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