//username of moderater
Fundação Estudar
InícioPós-GraduaçãoEstudar inovação em geração de energia: programas miram um futuro mais sustentável

Estudar inovação em geração de energia: programas miram um futuro mais sustentável

Priscila Bellini - 10/10/2017
Comentários:

Mudanças na geração de energia podem ser o caminho para o Brasil do futuro. Conhecido já pelas gigantescas hidrelétricas e pelos casos icônicos como o de Belo Monte, o país ainda deve presenciar um crescimento das novas tecnologias sustentáveis de energia. Entram para a lista os painéis solares e as alternativas em energia eólica, cada vez mais baratos e acessíveis.

Para a administradora de formação Daniela Alcaro, que trabalha no setor energético há sete anos, as rotas alternativas não necessariamente ultrapassarão as formas tradicionais no Brasil, mas formarão uma matriz energética mais diversificada no país. “Se tivermos um momento com energia eólica rolando, ou mesmo solar, conseguimos poupar bastante energia que viria da hidrelétrica”, explica Daniela, que hoje trabalha com comercialização de energia. De modo geral, a área ainda dá os primeiros passos no Brasil e tem grande margem para as iniciativas inovadoras.

Outro espaço que promete novas oportunidades vem da chamada “microgeração”. Como o nome sugere, esses processos são feitos em espaços menores, por agentes menores – um conjunto de casas que possua um sistema de geração de energia solar, por exemplo. “Hoje é possível ver o quanto se gera, o quanto se consome, e também usar o crédito obtido nos consumos futuros”, detalha Daniela. É como se, em um mês, a energia captada superasse os gastos na região, o que equivaleria a um desconto nas taxas futuras. Com tecnologias cada vez mais baratas e acessíveis, essa é uma das apostas de profissionais do setor que e voltam às opções sustentáveis.

Conheça algumas das universidades que miram tais oportunidades e desafios em cursos de geração de energia, em diversas áreas.

MIT Energy Initiative

Um dos gigantes das áreas de tecnologia, o Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, tem uma iniciativa em especial dedicada ao assunto. Uma das formas de participar da iniciativa é se tornar um Graduate Fellow dentro do programa. Para isso, é necessário adiantar, já na carta de motivação enviada no processo seletivo, a intenção de pesquisar novos caminhos no setor energético. Os interessados no tema podem se candidatar a áreas como Química e Engenharia Mecânica, e precisam demonstrar que seu campo de pesquisa tem sido o de energia. Estudantes de pós-graduação até o pós-doutorado podem se candidatar ao programa, que dura em média nove meses.

Há ainda o Energy Studies Minor, em que os alunos da graduação dedicam-se a uma abordagem interdisciplinar da energia. Durante o curso, os alunos têm contato não só com a parte técnica da geração de energia, mas também com o contexto social que envolve sua produção e consumo.

Nordic Five Tech

A opção vinda dos países nórdicos funciona como consórcio entre cinco universidades da região, liderado pela Norwegian University of Science and Technology, na Noruega. O aluno interessado na área de Innovative Sustainable Energy Engineering pode optar pelo mestrado que decorre em duas dessas instituições, ao longo de dois anos de formação.

Há cinco troncos de formação possíveis, como bioenergia, sistemas energéticos e sistemas de integração de energia eólica. Como parte do programa, o aluno estuda não só a técnica presente em cada área, mas também o contexto em que está inserida. Como orientação, o consórcio indica que os candidatos procurem as ofertas de bolsas disponíveis em cada universidade de interesse, antes de tudo.

 

Tem interesse por Tecnologia e Inovação? Então conheça o Carreira Na Prática Empreendedorismo e Tecnologia, curso da Fundação Estudar que te ajuda a conhecer, na prática, como funciona este mercado.

O que você achou desse post?

Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

Artigos relacionados