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Como fazer um CV para sua candidatura a pós-graduação no exterior

Nathalia Bustamante - 15/12/2023
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Candidatos a vagas de emprego estão muito habituados a ter que enviar um currículo para as empresas em que desejam trabalhar. A novidade é que, para se candidatar a uma pós-graduação, mestrado ou PhD no exterior, um documento semelhante é solicitado: o CV (Curriculum Vitae).

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Em linhas gerais, o CV é uma sinopse da sua trajetória acadêmica e profissional, bem como experiências de pesquisa, publicações, prêmios e outras qualificações. O objetivo do CV é mostrar suas credenciais acadêmicas – por isso, é importante garantir que o documento demonstre com clareza suas conquistas, expertise e qualidades profissionais. Por isso, o ideal é customizar o seu CV para destacar de que forma as suas habilidades atendem aos requisitos da vaga/da instituição.

E, embora nem todas as universidades de fora peçam um CV, muitas vão pedir – e é importante saber o que incluir, o que não incluir e qual tamanho e formato este documento deve ter. Veja só:

Diferenças entre Currículo Profissional e Currículo para Application

Embora possuam certas semelhanças, um currículo padrão de mercado de trabalho não vai funcionar para a sua candidatura à pós-graduação no exterior (e nem o contrário! Se quiser saber mais sobre currículo profissional, confira esta matéria do portal Na Prática).

O mais recomendável é que seja feito um currículo com foco no seu histórico acadêmico, conquistas e pontos fortes. Também é interessante incluir informações sobre sua trajetória profissional e interesses profissionais – mas o foco do CV deve ser a formação acadêmica relevante para o programa ao qual você está se candidatando.

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Ambos são semelhantes porque devem ter:

  • Linguagem direta – use verbos de ação para descrever suas experiência
  • Layout limpo – garanta que tenha espaços em branco para facilitar a leitura
  • Correção gramatical – faça uma boa revisão do idioma em que for escrito e tome cuidado com erros de digitação

Ambos são diferentes porque:

  • O CV acadêmico pode ter mais de uma página – mas não abuse: 3 é o número máximo
  • O CV acadêmico inclui todas as suas experiências, e não apenas aquelas focadas em uma posição específica
  • O CV acadêmico deve destacar informações como publicações científicas e apresentações de pesquisa em eventos (o que não é relevante para o currículo profissional).

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5 passos para montar um bom CV

O currículo é geralmente o primeiro documento que o comitê avaliador lê ao revisar a sua candidatura. Por isso mesmo, é importante que não apenas o seu CV reflita quem você é, mas que também transmita a mensagem de uma forma livre de erros, profissional e de boa leitura.

Se você está em dúvida em como fazer um CV que passe uma boa impressão, confira 5 dicas de especialista:

#1 Apresente-se efetivamente

Comece impressionando – o sumário das suas qualificações deve ser conciso e convincente. Com espaço limitado para se apresentar, o resumo deve chamar a atenção do seu leitor e persuadi-lo a continuar a leitura, ao invés de passar para o próximo candidato. Por isso, não desperdice este espaço com adjetivos genéricos como “inovador”, “criativo”

Além de uma breve descrição das suas habilidades e conquistas, o sumário das qualificações é a sua oportunidade de descrever sua personalidade e oferece ao comitê insights valiosos na pessoa que há por detrás da papelada.

Leia também: Este curso online e gratuito de autoconhecimento vai ajudar na candidatura a universidades

#2 Priorize suas Conquistas

Enfatize os aspectos mais convincentes da sua trajetória até o momento – inclua informações detalhadas sobre suas conquistas mais recentes, ao invés de focar em posições (e formações) anteriores. Quem tem menos de cinco anos de experiência profissional ou de pesquisa ainda pode valorizar suas experiências durante a faculdade, especialmente as relacionadas ao programa escolhido.

#3 Mantenha o foco

É ótimo demonstrar tudo o que você poderia agregar ao programa e todos os seus principais feitos. Porém, é igualmente importante se lembrar que o documento é um resumo, e não uma autobiografia. Se você tem a impressão de que alguma sessão específica do CV ou o documento inteiro está grande demais, provavelmente você está certo.

#4 Melhore a Legibilidade

Adote um formato legível e organizado – com parágrafos curtos e tópicos bem divididos. Um currículo que seja direto ao ponto e visualmente atraente vai melhorar sua receptibilidade entre os membros do comitê avaliador. Em cerca de duas páginas, não deixe de incluir:

– Cargos e posições profissionais, com breve descrição das responsabilidades ou conquistas

– Prêmios, certificados, atividades voluntárias e envolvimento comunitário

– Habilidades digitais, línguas e experiência internacional

– Histórico acadêmico, incluindo instituições de ensino, diplomas e pesquisas

Toda a informação acima deve ser apresentada em no máximo duas páginas com uma fonte de tamanho mínimo 10 – com espaço adequado entre seções. Limite-se a quatro tópicos para as conquistas mais recentes e importantes, e não mais que dois tópicos para todo o restante.

#5 Pegue uma segunda (ou terceira) impressão

Feedbacks de amigos, colegas de trabalho e membros da família são valiosos – peça para que uma ou mais pessoas revisem o seu CV para garantir que ele está pronto para ser enviado. Estes revisores podem apontar erros que passaram despercebidos e indicar áreas que ficaram confusas ou mal explicadas.

Este processo vai te ajudar a finalizar um currículo de sucesso, com garantia de causar uma boa impressão em qualquer comitê de admissão.

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Sobre o escritor

Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante é jornalista formada pela UFJF. Foi editora do Estudar Fora entre 2016 e 2018 e hoje é coordenadora de Conteúdo Educacional na Fundação Estudar.

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