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Como se candidatar às bolsas Chevening de mestrado no Reino Unido

Priscila Bellini - 26/09/2018
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O perfil de um bolsista Chevening reúne, a princípio, três características. Potencial de liderança, excelente desempenho acadêmico e ambição, pelo que lista o Foreign and Commonwealth Office. Entretanto, há também pré-requisitos estabelecidos pela iniciativa que devem ser observados antes da application.

No momento da inscrição, o candidato precisa ter em mãos uma série de documentos. Um passaporte válido, que será enviado pela plataforma do programa, assim como um certificado de conclusão da graduação. Ou seja, podem ser enviados diplomas e documentos que atestem uma formação em nível superior.

A iniciativa também solicita histórico escolar de cursos anteriores, com um descritivo de notas. Para completar, cada estudante precisa elencar duas referências profissionais ou acadêmicas. O papel dessas pessoas é, justamente, prover cartas de recomendação relacionadas ao jovem inscrito, atestando suas competências.

Conheça dicas para se candidatar ao Chevening

Já na primeira parte da seleção há mais critérios estabelecidos pelo Chevening. Por exemplo, a necessidade de comprovar dois anos de experiência profissional, entre trabalhos voluntários ou remunerados. Também nessa fase inicial, o candidato deve listar três opções de curso de mestrado em instituições britânicas. Como regra geral, tais opções devem ter duração de um ano letivo e ser ministradas em período integral.

Outro ponto importante diz respeito à proficiência em inglês, que precisa ser atestada por provas padronizadas. Entre elas, estão exames como TOEFL, IELTS e PTE. Só que, em vez de enviar tal documento logo de cara, os interessados no programa podem submetê-las depois da aprovação. Como os resultados são divulgados em junho, o prazo para testes de proficiência costuma se estender até julho. Esse é o mesmo deadline para as chamadas “unconditional offers”, aceites emitidos pelas universidades do Reino Unido.

Essa lista longa de documentos também é usada no processo de application para o mestrado em si, que ocorre paralelamente. Em outras palavras, há uma candidatura separada para a bolsa e para a instituição de ensino, que possui prazos próprios. Por isso, uma vez concluída a primeira fase do Chevening, é importante dar início à dos programas de pós-graduação. É comum que, nas applications, sejam exigidos documentos semelhantes, como histórico e cartas de recomendação. Entretanto, as escolas costumam solicitar apenas um “essay”, o personal statement.

O ponto de partida: como escolher três universidades britânicas

Uma das decisões cruciais para quem deseja fazer pós-graduação diz respeito ao curso e à instituição de ensino onde será feito. O currículo deve estar alinhado com as expectativas do estudante, bem como com o perfil da universidade. Não é de se surpreender que tal decisão tome tempo, já na primeira etapa do processo de application.

Com tantas instituições britânicas bem colocadas em rankings universitários, a escolha pode ser acirrada. Então, vale listar os critérios que mais importam para cada estudante. Pode ser, por exemplo, um critério relacionado à cidade onde a escola está localizada, em uma metrópole ou no campo. Há, ainda, aspectos acadêmicos a levar em conta.

O mineiro Rafael Macedo Rubião embarcou para o mestrado em Economia na University College London (UCL), que está entre as dez melhores universidades do mundo. “Escolhi minhas opções com base em três fatores. Primeiro, qualidade de ensino, excelência e reconhecimento a nível global. Segundo, a probabilidade de eu ser aceito no programa de mestrado”, explica ele. “Por fim, a compatibilidade da expertise dos departamentos e professores com minhas preferências dentro do ramo da Economia”.

Já o pernambucano Túlio Vasconcelos recorreu aos ex-alunos de seus cursos de interesse, antes de se decidir pelo mestrado em Business Analytics, da Universidade de Essex. Ele filtrou uma lista extensa de opções e chegou às três finais, com uma estratégia que recomenda. “Eu colocaria, na  primeira, uma opção mais desafiadora em relação ao processo seletivo. Na segunda, uma intermediária e, depois, a última, menos concorrida, para não arriscar”, explica ele. “Nenhuma universidade é impossível, mas essa estratégia dá mais tranquilidade”.

Como regra geral, vale estabelecer uma lista de fatores a serem levados em conta na decisão, que façam sentido para o aluno. Depois, buscar as melhores universidades que se encaixam nos critérios, checar rankings internacionais e falar com quem já estudou lá. Por fim, com as três opções selecionadas, chega o momento de se preparar para fazer a application do programa Chevening e do mestrado.

Checklist inicial:

Quais são os documentos necessários para o primeiro deadline, em novembro.

#1 Histórico escolar da graduação (se houver alguma pós-graduação realizada, também)

#2 Certificado de conclusão do curso ou diploma

#3 Dois anos de experiência profissional comprovados, em trabalhos remunerados ou não (ou seja, descritos com detalhes na plataforma)

#4 Três opções de curso de mestrado full-time no Reino Unido

#5 Duas referências acadêmicas ou profissionais

Checklist depois da aprovação:

Nesse caso, o prazo estabelecido vai até julho do ano posterior à application inicial. Entretanto, vale lembrar que é possível submeter tais documentos desde o início do processo seletivo.

#1 Teste de proficiência em inglês aceito pelo Chevening

#2 “Unconditional offers” de, ao menos, uma das universidades listadas

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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