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Bolsista da Minerva conta detalhes da experiência de estudar em 7 países

Marcela Marcos - 13/03/2023
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A Minerva University é uma referência quando o assunto é estudar fora, pois permite que os estudantes passem por sete países ao longo de um só programa. Porém, na prática, como funciona esta experiência? Quais são os desafios e, por outro lado, as vantagens do modelo de ensino?

O brasileiro Davi Coscarelli, de 21 anos, tem vivenciado tudo isso. O mineiro de Belo Horizonte – mas criado no meio da floresta amazônica – cursa o segundo ano da graduação em Ciência da Computação por lá e compartilhou os detalhes com o Estudar Fora. Veja a seguir!

Objetivo e outras características da Minerva 

A Minerva é uma universidade com uma proposta totalmente diferente das opções disponíveis no mundo atualmente. Nela, os jovens – que vêm de diversos países – vivem em uma espécie de “campus itinerante”, com aulas online e ao vivo, ministradas por professores de ponta. 

O primeiro ano é realizado em São Francisco, sede da instituição e, nos demais, os estudantes mudam de país a cada semestre. O objetivo da Minerva University é ser uma universidade de excelência que acelera a trajetória de vida dos estudantes ao estabelecer uma rede internacional de formação de futuros líderes inovadores em todas as disciplinas. 

Leia também: Conheça a Minerva School, a escola que leva seus alunos a 7 países em 4 anos

A anuidade (tuition) é de US$ 20.600, o que representa 50% do custo de outras universidades privadas norte-americanas altamente seletivas. Os alunos aprovados podem ter os custos anuais subsidiados pela própria faculdade através de auxílio financeiro envolvendo bolsas e empréstimos baseados na necessidade de cada família. Há, ainda, a possibilidade de estudar na Minerva com bolsa de instituições parceiras.

Cultura diferente: dia a dia com a Minerva

Por ter crescido em uma comunidade indígena, Davi Coscarelli tinha o desejo de mudar o próprio entorno. “Logo cedo, mesmo vivendo completamente isolado da modernidade, comecei a sonhar com as possibilidades que a tecnologia poderia trazer para minha comunidade.

Toda vez que meus pais iam à cidade eles costumavam trazer sucata eletrônica e, a partir disso, comecei a tirar várias ideias do papel”,  conta. “Com o passar do tempo, percebi que queria continuar aprendendo mais e me aventurei a deixar minha família para estudar na Minerva University, seguindo o sonho de mudar o mundo por meio da tecnologia.”

De certa forma, só o fato de ter optado pela “aventura” já demonstra uma aptidão para sair da zona de conforto – o que acaba sendo favorecido com a experiência de estudos na instituição. Segundo o estudante brasileiro, grande parte das atividades culturais durante a graduação é proporcionada pela própria Minerva e por parceiros.

Os roteiros incluem visitas a templos, oficinas de comidas locais e até eventos de networking com empresas nacionais e internacionais. Já com relação às dificuldades, para Davi, os pontos negativos não estão relacionados às diferenças culturais em si, mas à necessidade de adaptação à rotina, equilíbrio financeiro e saúde mental. “É algo que todo estudante internacional passa, e não é diferente na Minerva.”

Networking e possibilidades de estágio

Uma das vantagens de estudar na instituição é ter a oportunidade de se juntar a algumas das mais seletivas organizações de estudantes internacionais brasileiros. Davi é bolsista de duas delas: a Fundação Estudar e a Brasa. Ambas as instituições costuma promover eventos de networking para os estudantes. Foi em uma dessas atividades que o mineiro conheceu o dono da Hurb, uma das maiores empresas de viagem online do mundo, na qual passou a estagiar. 

Além do estágio, o aluno da Minerva University costuma se dedicar a competições de tech. “Tive a oportunidade de me aprofundar em tecnologias de ponta, como computer vision e Inteligência Artificial”, diz ele. “Com os projetos, o mundo internacional se abriu para mim e passei a ganhar reconhecimento em algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo.”

De acordo com Davi, a cada semestre, cabe aos alunos escolher quais aulas vão fazer. Com as mudanças de locais para estudar, os professores e assuntos também se alteram, além do fuso horário, o que muda constantemente a rotina. Apesar disso, o brasileiro considera a experiência geral bem interessante, já que a Minerva, segundo ele, “tem uma abordagem mais focada em aplicabilidade, o que torna as aulas bem mais úteis”.

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Sobre o escritor

Marcela Marcos
Marcela Marcos
Marcela Marcos é jornalista e cursa mestrado na linha de Comunicação do programa de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC. Foi colaboradora do portal Estudar Fora em 2018.

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