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Como desenvolver atividades extracurriculares de impacto para o currículo

Marcela Marcos - 26/09/2023
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Já falamos neste artigo sobre a importância das atividades extracurriculares no processo de seleção de universidades norte-americanas e europeias. Isso se deve ao fato de o application ser holístico, o que significa que considera as experiências do candidato de forma abrangente, para além da formação, do histórico escolar e das habilidades profissionais. 

Nos EUA, a seleção leva em consideração não somente as provas (SAT, ACT e AP), teste de proficiência em inglês, cartas de recomendação e redações (entenda aqui), mas também seus interesses. As atividades nas quais o estudante se envolveu fora da sala de aula são fundamentais para que os avaliadores consigam entender o que verdadeiramente os motiva.

A seguir, vamos explicar como desenvolver atividades extracurriculares de impacto, a partir do exemplo de quem obteve a sonhada aprovação em uma universidade estadunidense. Veja abaixo!

Afinal, o que são atividades extracurriculares?

A brasileira Beatriz Silva, de 20 anos, estuda Física na Universidade de Notre Dame, com minors em Estudos Africanos e Física Médica. As atividades extracurriculares que ela fez no período escolar foram determinantes para conquistar a aprovação. Foram participações em olimpíadas científicas, aulas de reforço, karatê, entre outras vivências enriquecedoras.

Mas o que define, afinal, uma atividade extracurricular? “É literalmente tudo o que você faz fora da sala de aula”, explica Beatriz. “Desde participar de uma banda, até pintar a casa dos pais”, complementa.

Leia também: Conheça o método das “4 peças”, ideal para se preparar para o application

Outros exemplos incluem tocar em uma igreja, em escolas ou todo tipo de voluntariado. Não há um tipo específico, uma hierarquia ou uma resposta certa sobre como definir uma atividade extracurricular. Porém, segundo a estudante da Notre Dame, uma coisa é fato: precisa haver um alinhamento com as paixões do candidato. 

O que elas podem demonstrar 

Beatriz Silva compartilhou uma frase de Brendan Corsones, codiretor de admissões internacionais da Universidade de Notre Dame, que ajuda a entender o que os admission officers querem saber nesta etapa das atividades extracurriculares. “Estamos muito interessados em ver o nível de envolvimento que um aluno assumiu com a atividade: compromisso de tempo, possíveis posições de liderança e, principalmente, seu impacto positivo.”

Os recrutadores também buscam verificar se o estudante ofereceu uma contribuição para provocar uma transformação positiva naquilo em que se envolveu, a fim de vislumbrar se o candidato também terá envolvimento com as dinâmicas do campus. Os responsáveis por conduzir a seleção buscam, também, ver continuidade nas tarefas. No caso de Beatriz, o fato de ter feito karatê por 14 anos contou pontos a seu favor. 

 Como falar sobre atividades extracurriculares 

Uma dica valiosa sobre atividades extracurriculares é não deixar para fazer algo apenas para constar na lista da candidatura – principalmente não deixar para o último ano do ensino médio. 

Outro conselho importante da estudante da Universidade de Notre Dame é saber como falar das atividades extracurriculares, ou o que destacar de cada experiência. “Eu não precisei falar que eu batia nas pessoas e que eu fazia luta, mas falei de tudo o que o karatê me proporciona, como disciplina e trabalho em equipe. Para além das medalhas que ganhei ao longo dos campeonatos, foi importante mostrar continuidade.” Em outras palavras, não se trata apenas de listar resultados (embora também sejam importantes), mas de demonstrar aprendizados. 

 

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Sobre o escritor

Marcela Marcos
Escrito por Marcela Marcos. Entre em contato com Estudar Fora pelo e-mail [email protected].

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