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Saiba como escolher sua universidade no exterior

Giana Andonini - 26/02/2014
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Decidir estudar no exterior e começar a se planejar para isso — juntando dinheiro, por exemplo — é o primeiro passo rumo ao sucesso acadêmico e profissional. O segundo é decidir onde de fato você quer ingressar e, depois, fazer o seu application. As opções de escolas são inúmeras e o processo de seleção para ingresso, complexo e custoso.

Nessa hora, obviamente, ninguém quer fazer uma escolha equivocada da qual possa se arrepender depois. Mas é preciso lembrar que, quando se trata de optar por uma universidade, nunca haverá decisão certa ou errada. “Costumo dizer a meus orientandos que escolher uma universidade é como qualquer outro processo de escolha. Isto é: não é 100% garantido. Sempre haverá riscos e questões subjetivas envolvidas”, afirma Marta Bidoli Fernandes, orientadora educacional do Alumni Advising, centro que representa o Education USA no Brasil.

Isso não quer dizer que você deva ficar sentado esperando um “sinal divino” para decidir. Há processos a se levar em consideração e, quanto mais informações você obtiver, mais chances terá de tomar uma decisão que atenda às suas expectativas e te faça feliz. Confira:

1. Pesquise instituições

Comece pesquisando instituições de ensino na sua área de interesse. Há, provavelmente, muitas faculdades das quais você nunca ouviu falar, mas que oferecem bons cursos. Para fazer essa busca, um dos sites mais eficazes é o College Board. Você também pode obter informações na página oficial do governo dos Estados Unidos.

“Se você ainda está em dúvida entre qual carreira seguir — não sabe se faz história, relações internacionais ou direito, por exemplo — busque universidades que ofereçam bons programas nas três áreas”, afirma Marta.

2. Conheça seus desejos

Conhecer-se a fundo também é fundamental. Afinal, para escolher entre duas ou mais universidades você precisa primeiro ter claro o que espera delas. Por isso, pare e faça uma autoanálise sobre os seus sonhos, talentos e ambições para o futuro. Uma dica é escrever em um caderno suas ideias e anseios e, sempre que achar necessário, consultar essas anotações para verificar quais são os seus desejos mais imediatos.

3. Olhe rankings internacionais

Se você seguiu as duas etapas anteriores, agora provalmente já tem mais claro o que busca em uma universidade e possui uma vasta lista de instituições. Para afunilar essa listagem, é interessante analisar os rankings internacionais. Eles são bons guias para se conhecer o prestígio de uma universidade, desde que utilizados corretamente: “Muitos alunos erram ao olhar para as 10 primeiras posições desses rankings. Estas universidades certamente são excelentes, mas também muitos competitivas. Por isso, olhe sempre além das 25 primeiras”, orienta Marta. “Há universidades ótimas, mas que não têm o nome conhecido no Brasil”, completa.

É preciso também saber a metodologia utilizada no ranking. Alguns avaliam critérios muitos específicos, como montante de pesquisas realizadas ou reputação mundial da universidade. Algumas listas confiáveis para consulta são as das publicações britânicas Times Higher Education (THE) e Quacquarelli Symonds.

Para conhecer a universidade sob outra perspectiva, vale a pena dar uma olhada nos rankings produzidos pelos próprios universitários, como o Students Review e College Prowler. Neles, os estudantes dão notas a itens que vão de qualidade do corpo docente à vida noturna no campus.

4. Verifique o que o seu curso oferece

Após restringir o número de universidades, é hora de avaliar como é o seu curso especificamente. “Verifique se a graduação tem um enfoque mais acadêmico ou profissional, quais disciplinas integram a grade curricular e se você terá a possibilidade de desenvolver pesquisas ou fazer estágio na faculdade”, afirma Marta.

Além disso, pesquise também sobre os laboratórios disponíveis e o background dos seu possíveis professores. É preciso conhecer os diferenciais de cada universidade na sua área de interesse. O laboratório de química da Oxford University, por exemplo, tem cinco andares e seis laboratórios de pesquisa em diferentes áreas da disciplina. Já a Universidade de Reed em Oregon tem o único reator nuclear de pesquisa no mundo que é operado por alunos da graduação. “Procure conversar com alunos da universidade, principalmente brasileiros”, acrescenta Marta.

5. Custos x bolsas de estudo

Os custos da graduação devem ser levados em consideração na decisão, principalmente, se você precisar de ajuda financeira para estudar fora. Em Harvard, por exemplo, um ano acadêmico custa entre R$ 115 e 125 mil.

Verifique junto ao departamento de Financial Aid das universidades de interesse como funcionam as políticas para concessão de bolsas de estudo. Na seção Bolsas do nosso site há informações também sobre organizações e fundações que podem te ajudar a arcar com os gastos de estudar no exterior.

6. Localização x tamanho

A localização e o tamanho da faculdade também incluenciarão na sua experiência internacional. “A maioria dos alunos tende a não dar muita importância a isso no começo, mas quando chega na universidade percebe o quanto é relevante”, diz Marta. “Um estudante tímido pode se sentir muito acuado em uma turma de 100 alunos, por exemplo”, completa.

Qual é o melhor ambiente para a minha aprendizagem? Prefiro aulas com turmas pequenas e atendimento mais individualizado ou me sinto mais estimulado em turmas maiores, que tenham estudantes de vários países? Essas são algumas das perguntas que você deve se fazer antes da escolha. A orientação de Marta, neste sentido, é bastante direta: “Não deixe o nome da faculdade ofuscar aquilo que de fato é importante para você.”

Leia também:
Entenda o processo de seleção para universidades no exterior
10 dicas para te ajudar a escolher sua profissão

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Sobre o escritor

Giana Andonini
Giana Andonini
Giana Andonini foi a primeira editora do Estudar Fora, entre 2013 e 2015. Todas as publicações que você encontrar aqui são as que deram "corpo" ao site - explicando as principais etapas da candidatura para universidades fora.

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