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Estudar fora: respostas para as preocupações mais comuns dos pais

Países para estudar fora

 

Você já contou (ou está se preparando para contar) para seus pais que sonha em fazer faculdade no exterior? De um lado, essa decisão abre portas para estudar em algumas das melhores universidades do mundo, viver uma experiência internacional e conquistar um diferencial importante para a carreira. Do outro, é natural que os pais sintam dúvidas e preocupações: “Meu filho não vai perder tempo com um gap year?”, “Como vamos pagar?”, “Será que é seguro?”, “Onde ele vai morar?”, “Não é um sonho distante demais?”

Para ajudar a responder essas e outras questões, conversamos com Thamiris Tavares, Application Advisor do Prep Program. Reunimos as principais dúvidas das famílias nesse processo. Assim, você pode se preparar melhor para esse diálogo e até compartilhar este artigo com sua família para deixá-los mais tranquilos.

Principais dúvidas dos pais

O que é gap year? Meu filho vai ‘perder tempo’?

No Brasil, existe uma visão muito enraizada de que o caminho ideal é terminar o ensino médio e entrar imediatamente em uma universidade. Por isso, quando um estudante decide fazer um gap year (um ano entre o fim da escola e o começo da faculdade), muitos pais se preocupam. “Será que não vai atrasar a vida acadêmica?”, “Será que meu filho não vai ficar parado sem fazer nada?”.

A realidade, porém, é bem diferente. Em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, o gap year não só é comum mas também é muito valorizado. Muitas universidades, inclusive, enxergam esse período como positivo, pois ele permite que o jovem amadureça, descanse após anos intensos de estudo, explore interesses pessoais e se prepare melhor para a transição para a vida universitária.

No caso de quem deseja estudar fora, o gap year frequentemente é uma necessidade prática. Isso porque:

  • Alguns estudantes não se candidatam ainda no 3º ano do ensino médio e precisam de tempo extra para preparar o application (o processo de candidatura internacional).

  • Outros se candidataram, mas não conseguiram bolsa suficiente e precisam de mais um ano para reforçar suas atividades e reaplicar.

  • Há também quem só decida estudar fora depois de terminar a escola, o que exige esse intervalo para se preparar.

Longe de ser um tempo ocioso, o gap year bem planejado pode incluir:

  • Cursos de idiomas, especialmente inglês.

  • Trabalho remunerado para juntar recursos.

  • Participação em projetos voluntários.

  • Desenvolvimento de habilidades artísticas, esportivas ou de liderança.

  • Criação de iniciativas próprias, como ONGs estudantis ou projetos comunitários.

Ou seja, o gap year pode se tornar um ano de crescimento pessoal e acadêmico. Universidades estrangeiras valorizam candidatos que demonstram iniciativa, responsabilidade e dedicação durante esse período.

Estudar fora é muito caro. Como vou pagar?

O custo financeiro é, sem dúvida, uma das maiores preocupações das famílias. É verdade que estudar fora exige investimento, mas existe um mito de que só é possível para famílias ricas. Essa não é a realidade.

Muitas universidades no exterior oferecem bolsas de estudo que podem ser:

  • Baseadas em mérito: concedidas a alunos com alto desempenho acadêmico, esportivo ou artístico.

  • Baseadas em necessidade financeira: a família comprova sua renda e despesas, e a universidade calcula quanto o estudante pode pagar. O restante é coberto pela instituição.

Vale destacar que, quando uma universidade internacional analisa a situação financeira de uma família brasileira, ela considera os valores em dólares. Como o câmbio geralmente joga a favor dos brasileiros, muitas famílias que aqui seriam consideradas de classe média ou até alta podem ser vistas como de renda mais baixa em comparação ao padrão norte-americano. Isso aumenta as chances de bolsas.

Além das bolsas universitárias, há programas externos que apoiam estudantes brasileiros, como fundações, ONGs e até iniciativas governamentais. Um exemplo é o Programa Líderes Estudar, da Fundação Estudar, que oferece bolsas de até 90%. Essas bolsas podem ajudar a pagar despesas como passagens aéreas, visto, material acadêmico ou acomodação.

Outro ponto importante: mesmo famílias que conseguem arcar com parte dos custos podem receber bolsas parciais, reduzindo significativamente o investimento.

Onde meu filho vai morar?

A questão da moradia é outro tema que gera ansiedade. Muitos pais imaginam que o estudante vai precisar procurar um apartamento sozinho em um país desconhecido, o que pode soar arriscado.

Na prática, a maioria das universidades internacionais oferece acomodações dentro do campus (os famosos dormitórios que vemos em tantos filmes e séries). Em grande parte dos casos, morar nas residências estudantis é até obrigatório no primeiro ano, especialmente para os chamados freshmen (calouros).

Nessas acomodações, os estudantes geralmente:

  • Dividem o quarto com outro aluno, o que facilita a socialização.

  • Têm acesso a banheiros compartilhados, áreas de estudo e espaços de convivência.

  • Contam com serviços de limpeza e manutenção.

  • Seguem regras claras sobre horários, visitantes e uso dos espaços comuns.

Após o primeiro ou segundo ano, muitos estudantes optam por morar fora do campus, dividindo apartamentos com colegas. Mas isso só acontece quando já estão adaptados à cidade e à vida universitária.

Além disso, os planos de alimentação (meal plans) são comuns. Eles permitem que o aluno faça todas as refeições nos refeitórios da universidade, que oferecem opções variadas e respeitam restrições alimentares, como vegetarianismo ou intolerâncias.

É seguro?

Segurança é uma preocupação legítima de qualquer pai ou mãe. Mas é importante lembrar que universidades internacionais têm protocolos rígidos de proteção aos estudantes.

Alguns exemplos:

  • Acesso restrito às residências estudantis: só entra quem mora ali ou é autorizado.

  • Presença de monitores e responsáveis por cada andar ou prédio.

  • Serviços de transporte gratuito dentro ou ao redor do campus.

  • Programas de “escolta noturna”, em que um funcionário acompanha o estudante caso ele precise se deslocar tarde da noite.

  • Orientações claras sobre como agir em situações de emergência.

Além disso, muitas universidades estão localizadas em cidades universitárias, onde a vida gira em torno do campus. Isso significa que o estudante praticamente não precisa sair da área da universidade para estudar, se alimentar, praticar esportes, ter lazer e até acessar serviços de saúde.

E a saúde?

Outro ponto relevante é a saúde. Quase todas as universidades exigem que o estudante internacional tenha um plano de saúde vinculado à própria instituição. Isso garante acesso a consultas médicas, enfermagem, acompanhamento psicológico e outros serviços dentro do campus.

É comum que existam centros de saúde universitários que funcionam como verdadeiras clínicas: o estudante pode consultar médicos, psicólogos e até dentistas em alguns casos. Assim, os pais têm a segurança de saber que seu filho não ficará desassistido em caso de necessidade.

Meu filho vai ficar sozinho em outro país?

Embora estudar fora envolva distância física, o estudante não estará sozinho. Universidades internacionais oferecem uma rede robusta de apoio, especialmente para alunos estrangeiros.

Existem:

  • Escritórios de apoio a estudantes internacionais, que auxiliam em questões de visto, documentação e adaptação cultural.

  • Comunidades de brasileiros já presentes na universidade ou na cidade, sempre dispostas a ajudar quem está chegando.

  • Redes sociais e grupos online que permitem ao estudante conhecer colegas antes mesmo de embarcar.

Muitos jovens também estabelecem uma rede de contatos locais rapidamente, seja por meio de atividades extracurriculares, clubes estudantis, esportes ou projetos voluntários.

Não é um sonho distante demais?

Talvez essa seja a dúvida mais comum de todas. Muitos pais pensam: “Isso é só para gênios”, ou “É impossível para a nossa realidade”. Mas a verdade é que estudar fora é possível para muitos mais jovens do que se imagina.

Hoje, há uma infinidade de recursos disponíveis:

  • Materiais online gratuitos que explicam passo a passo o processo de candidatura.

  • Programas de mentoria, pagos ou gratuitos, que orientam os estudantes.

  • Experiências de outros jovens brasileiros que já trilharam esse caminho e compartilham dicas nas redes sociais.

Um exemplo de mentoria é o Prep Program, da Fundação Estudar, um preparatório gratuito que oferece orientação individualizada de especialistas sobre o processo de application utilizado na seleção para graduação no exterior, especialmente por instituições norte-americanas. É um programa completo para quem sonha em estudar fora!

Vale ter em mente que o processo de application é diferente do vestibular brasileiro, mas não é mais difícil. Apenas exige planejamento. Enquanto no Brasil tudo se resume a uma prova, no exterior são analisados diversos aspectos: notas escolares, redações, cartas de recomendação, atividades extracurriculares e até o perfil pessoal do estudante. Isso abre espaço para que jovens com trajetórias diversas possam se destacar.

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