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Fulbright: a bolsa dos ganhadores do Nobel

Lecticia Maggi - 27/03/2015
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A Fulbright é um programa de bolsas fundado em 1946 com o objetivo de promover o intercâmbio entre diversos países do mundo. No Brasil, existe uma comissão que cuida disso desde 1957 – comemorando, em 2017, 60 anos de existência. Desde então, mais de 3.500 brasileiros foram estudar nos Estados Unidos e mais de 2.900 americanos vieram ao Brasil ensinar inglês e divulgar sua cultura.

“Temos a honra de participar das histórias desses fulbrighters brasileiros, desse país incrível e de ter contribuído para o crescimento cultural e educacional por meio de intercâmbios entre o Brasil e os EUA”, disse a diretora do Conselho de Administração da Comissão Fulbright, Abigail Dressel.

Há bolsas para graduação, mestrado, doutorado sanduíche e pós doutorado, além de visiting scholars (quando um pesquisador passa um período trabalhando em outra instituição de ensino). As bolsas de graduação, no entanto, só se aplicam a alunos que desejam estudar em community colleges, e as bolsas de mestrado são exclusivas para cursos de Cinema. O forte realmente do programa são as bolsas de doutorado sanduíche e pós doutorado que cobrem praticamente todas as áreas.

Queremos bolsistas que tenham dedicação e paixão pelos estudos e que voltem ao Brasil para compartilhar o conhecimento adquirido

Bolsa Fulbright descobre talentos

A bolsa Fulbright já revelou diversos talentos ao redor do mundo: no total, 53 ex-bolsistas foram agraciados com o prêmio Nobel. Camila Menezes, coordenadora de programas da Fulbright no Brasil, afirma que o processo de seleção é bastante rigoroso: “O procedimento é realizado em etapas: análise documental, análise de mérito – em que professores e pesquisadores especializados na área do candidato analisam o projeto de pesquisa –, além de uma entrevista, que pode ser pessoal, por telefone ou Skype.”

Segundo Camila, para serem aprovados, os candidatos precisam demonstrar forte senso de persistência e pró-atividade. “Queremos bolsistas que tenham dedicação e paixão pelos estudos e que voltem ao Brasil para compartilhar o conhecimento adquirido”, enfatiza.

O mineiro Vinícius Werneck,  de 28 anos, é um desses alunos. Ele, que está fazendo seu doutorado sanduíche em Harvard, conta que ser bolsista Fulbright é uma experiência incrível. “Além da bolsa, que é ótima, é possível realizar um excelente networking com outros fulbrighters, já que a instituição promove diversos encontros com gente de mais de 40 países”, diz.

Benefícios da Bolsa

E não é só: para que os bolsistas possam se encontrar enquanto estiverem estudando nos EUA, a Fulbright custeia passagens e hospedagens. Também oferece ingressos para museus e eventos culturais, além de um valor significativo para pagar entradas em congressos e seminários que o bolsista deseje participar.

“Ser um bolsista Fulbright abre muitas portas nos EUA. Talvez por isso, o processo seletivo seja muito mais rigoroso e dê muito mais trabalho do que outras bolsas oferecidas para alunos de doutorado sanduíche”, considera Vinicíus.

Para quem tem interesse pela bolsa, a dica dele é preparar um projeto de pesquisa robusto. “Vale a pena mandar email para todos os professores que pesquisam na sua área. Entre nos sites dos departamentos das universidades que você tem como alvo e faça contatos. Não tenha vergonha!”, acrescenta.Por Carolina Campos

 

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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