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10 fotos que você deve apagar antes de enviar sua candidatura

Nathalia Bustamante - 21/06/2017
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Já explicamos aqui no Estudar Fora que a admissão para boa parte das universidades no exterior é “holística” – ou seja, ela leva em conta não apenas o seu desempenho acadêmico mas também seus interesses, atividades extracurriculares e seu “fit” com a instituição de ensino.

Não deve ser surpresa para ninguém, portanto, que os admissions officers se aproveitem também de recursos online para conhecer mais a fundo os candidatos que estão avaliando. Como resultado, a imagem que o estudante passa online pode ser a diferença entre uma carta de aceite e de rejeição.

As fotos de que falaremos abaixo são algumas das que você provavelmente deveria apagar (ou nunca ter publicado) se quiser passar uma boa imagem online.

#1 Problemas com Álcool

“As fotos da nossa festa ficaram ótimas” – mas isso não quer dizer que os admissions officers vão gostar delas. Os recrutadores não ficarão impressionados por estudantes que demonstrem que sua principal fonte de diversão envolve álcool.

Universidades se preocupam com problemas causados pelo consumo excessivo de álcool no campus. Por isso, sua candidatura pode facilmente ir parar na pilha de rejeição se os recrutadores derem de cara com uma foto sua ou de um dos seus amigos desmaiados, vomitando ou com olhar vidrado. Eles podem encarar estas fotos como um prenúncio de mal comportamento que você estiver na universidade.

Adicione à lista de preocupações o fato de que, nos Estados Unidos e em diversos outros países, a idade legal para consumir álcool é 21 anos. Então é provável que os recrutadores não vejam com bons olhos aquela foto sua com uma cerveja na mão no seu aniversário de 18 anos.

#2 Isso são… drogas?

Ainda mais problemáticas que fotos de consumo de álcool são fotos de uso de drogas ilícitas. Mesmo que você ou as pessoas na foto não estejam consumindo drogas de fato – qualquer foto que se pareça ou faça referência ao consumo de drogas pode levar a uma interpretação errada indesejada.

Nenhuma universidade admitirá um estudante que eles acreditam ser usuário de drogas – eles não querem a responsabilidade e nem a cultura de consumo de drogas no campus.

Parece óbvio, mas não custa reforçar: fotos que são evidências de desrespeito às leis – mesmo que seja pescando em local proibido ou dirigindo em alta velocidade – passam uma péssima impressão.

#3 Rebelde sem Causa

Diferente das fotos acima, não é ilegal mostrar o dedo do meio ou fazer algum sinal obsceno para fotos. Mas é realmente esta a imagem que você quer passar? A foto pode até ser engraçada para você e para amigos próximos, mas pode ser encarada como ofensiva ou inapropriada pelos admissions officer.

Se estiver em dúvida, imagine o que sua tia-avó diria se visse essa foto. Ela aprovaria?

#5 Mensagens de Ódio

É bem fácil reconhecer preconceitos de pessoas através das suas contas no Facebook. Se você faz parte de um grupo “Eu odeio ______________”, considere sair dele se o objeto do ódio é qualquer grupo de pessoas. Quase todas as universidades estão buscando criar um ambiente diverso e tolerante no campus. Se você está anunciando seu ódio por pessoas com base em sua idade, peso, raça, religião ou orientação sexual, universidades provavelmente vão considerar que você não é uma boa adição ao corpo estudantil. Qualquer foto que revele preconceitos deve, obviamente, ser removida.

Pelo lado positivo, você pode anunciar livremente seu ódio por câncer, poluição, tortura, fome e pobreza.

#6 Ironia mal interpretada

Lembre-se que as pessoas que estiverem analisando sua imagem online não vão entender suas piadas internas ou seu tom irônico, e nem se dedicar muito a entender o contexto das suas fotos. Álbuns com títulos que para você são piadas, como “Meu irmão é um idiota”, “My School is Full of Losers” ou “Eu odeio bebês” podem soar mal para um estranho. Os recrutadores vão preferir ver um estudante que revele uma boa imagem online de generosidade de espírito, não uma personalidade ácida.

#7 Polêmico!

Este tópico é um pouco mais nebuloso do que as fotos de comportamentos ilegais. Porém, se o seu passatempo favorito envolver algum assunto sensível – como caça, desmatamento ou pesquisa em animais – ou até mesmo se você estiver defendendo um lado particular de um assunto político polêmico, você deve pensar com cuidado antes de publicar fotos das suas atividades.

Isso não quer dizer que você não deva postar estas fotos – mas esteja ciente de que elas podem ter consequências. Idealmente, as pessoas que lerão sua candidatura têm a mente aberta e vão valorizar seus interesses mesmo se estes forem muito diferentes dos seus próprios. Porém, os admissions officers são humanos e seus próprios vieses podem facilmente interferir no processo de avaliação se eles forem confrontados com algo muito controverso ou provocativo.

#8 Demonstrações Públicas de Afeto

Uma foto mostrando um beijo na bochecha não é para se preocupar, mas nem todos os admissions officers serão compreensivos com fotos de demonstrações muito explícitas do seu amor pelo seu namorado(a). Use o seguinte filtro: se os seus pais não gostariam de ver esta foto, os recrutadores também não.

#9 Fotos de Documentos

Esta é uma preocupação que você deve ter não apenas pela impressão que vai passar, mas também por sua própria segurança. Roubo de identidade é um perigo real. Por isso, é uma demonstração de falta de bom senso postar fotos de documentos ou dar informações explícitas de onde você pode ser encontrado (isso também inclui dar “Check-In” na sua própria casa). Se você quer que seus amigos tenham seu endereço e telefone, dê a eles pessoalmente. Nem todos nas redes sociais são seus amigos.

Além do risco, os recrutadores não ficarão nada impressionados com a sua ingenuidade.

 

Esta matéria foi adaptada de um artigo publicado por Thought.Co. O original (em inglês) pode ser conferido aqui.

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Sobre o escritor

Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante é jornalista formada pela UFJF. Foi editora do Estudar Fora entre 2016 e 2018 e hoje é coordenadora de Conteúdo Educacional na Fundação Estudar.

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