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As melhores universidades para estudar conservação e biodiversidade

Priscila Bellini - 09/12/2016
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Por Priscila Bellini

As estimativas sobre o processo de extinção de espécies são desanimadoras. Apesar de ser difícil quantificar o número de espécies existentes, já que muitos ecossistemas ainda são pouco explorados, organizações como a WWF Brasil sugerem que cerca de 10 mil espécies deixam de existir a cada ano.

Por outro lado, como o coordenador do mestrado em Biodiversidade e Conservação da Universidade de Leeds, Rupert Quinnell, defende, as novas tecnologias oferecem cada vez mais possibilidades para a área. “Por exemplo, ao mandar informações ou pesquisas pelo Facebook e pelo Twitter, nós podemos alcançar um número enorme de pessoas. Seja para descobrir suas opiniões sobre o assunto, seja para comunicar as descobertas dos nossos trabalhos”, opina o responsável pelo programa.

Outro campo de pesquisa que tem crescido vem, justamente, das paisagens urbanas, que substituíram os cenários naturais e verdes. É uma oportunidade de investigar o quão diverso são os ecossistemas das cidades, normalmente associadas a prédios e à presença humana. “Nós verificamos que pequenas mudanças no manejo de gramados e na vegetação de beira de estrada podem ajudar na produção de néctar nas cidades. Isso, por si só, já nos faria economizar dinheiro investido em fertilizantes e mudaria a frequência das podas”, cita o americano Bill Kunin, professor das disciplinas de Ecologia em Leeds.

A conservação da biodiversidade tem lugar garantido em cursos de universidades tradicionais. Conheça alguns dos principais e entenda a abordagem dada ao assunto:

 

Universidade de Leeds

A universidade britânica possui um dos cursos mais prestigiados da área em toda a Europa, e é uma das instituições do Reino Unido com mais ênfase em pesquisa. O programa Biodiversidade e Conservação é baseado em princípios biológicos que envolvem a área de conservação e também trata dos aspectos de gestão que fazem parte desse campo de atuação. Cabe aos estudantes matriculados optar pelas matérias mais práticas ou pela linha teórica do curso, adaptando os módulos do Master of Science oferecido.

Podemos monitorar animais remotamente com recursos de vídeo e áudio, através de armadilhas fotográficas, por exemplo

É obrigatório para os alunos desenvolverem uma pesquisa própria em Leeds, e há oportunidades variadas de colocar a mão na massa. Uma das opções é viajar à África ou à Espanha para trabalhos de campo. Durante as atividades, os estudantes têm contato também com as novas abordagens trazidas pelas tecnologias. “Podemos monitorar animais remotamente com recursos de vídeo e áudio, através de armadilhas fotográficas, por exemplo. Também é possível usar drones para gravar os animais, sem a necessidade de estar no local específico naquele momento”, explica o professor Quinnell. Como ele destaca, não há limite para os lugares estudados pelos alunos, que já desenvolveram projetos em mais de 20 países, como Quênia, Áustria e China.

 

Universidade de Kent

Também localizada no Reino Unido, Kent tem outra abordagem para estudar biodiversidade e conservação ambiental. Para começar, o departamento que cuida do assunto, responsável pelos cursos de mestrado e pelas pesquisas, faz parte da Escola de Antropologia e Conservação.

Com isso, a estrutura do curso de Biologia e Conservação passou a reunir matérias voltadas para economia, ou mesmo para a administração dos sítios de conservação. Também há opções de estudo para quem deseja se aprofundar na pesquisa de ciências sociais dentro da Conservação, ligando o assunto à investigação sobre as populações humanas. Também em Kent, a abordagem é mista: são seis meses de curso formal e mais cinco de pesquisa.

 

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Sobre o escritor

Priscila Bellini
Priscila Bellini
Priscila Bellini é jornalista, bolsista Chevening 2018/2019 e mestre em Gênero, Mídia e Cultura pela London School of Economics and Political Science (LSE). Foi colaboradora do Estudar Fora em 2016 e 2017 e editora do portal em 2018.

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