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Vantagens do MBA fora: você estuda em um país e faz intercâmbio em outro

Lecticia Maggi - 10/04/2015
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Kellogg, onde estudo, tem 37 parcerias com escolas na Europa, América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. Todo ano, por volta de 25% dos alunos fazem intercâmbio

Uma das opções para quem estuda MBA no exterior é fazer um intercâmbio durante o curso. Isso mesmo: você já vai estar estudando fora do Brasil, aprendendo muito e absorvendo uma cultura totalmente nova, e ainda terá a oportunidade de enriquecer sua experiência cursando algumas disciplinas em um terceiro país.

A maioria das escolas possui parcerias com universidades nos cinco continentes. Kellogg, onde estudo, tem 37 parcerias com escolas na Europa, América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. Todo ano, por volta de 25% dos alunos fazem intercâmbio. A grande maioria, durante o inverno do segundo ano. Além de fugir do frio congelante de Chicago, grande parte das pessoas já sabe onde vai trabalhar após MBA, então está mais tranquila em relação a buscar programas de recrutamento. Assim, consegue viajar!

No meu caso, decidi estudar na Hong Kong University of Science & Technology (HKUST), uma das escolas mais conceituadas da Ásia, cujo MBA está entre os 15 melhores do mundo, de acordo com o ranking do Financial Times. Dentre os meus objetivos, estavam estudar e conhecer melhor a cultura asiática, explorar a região e ainda começar minha transição do Ocidente para o Oriente. Depois do MBA, irei trabalhar em Singapura. Então, morar um trimestre na Ásia agora foi importante para começar a entender melhor a cultura de trabalho e negócios de lá.

Hong Kong é uma região administrativa especial da China. Colônia britânica entre 1842 e 1997, a cidade se orgulha de ser o lugar onde “o Oriente encontra o Ocidente”. Com uma área de apenas 1 104 km² e uma população de sete milhões de pessoas, Hong Kong é uma das áreas mais densamente povoadas do planeta. É um dos mais importantes centros financeiros mundiais e possui o maior porto de mercadorias internacionais. A maioria da população é chinesa (95%) e fala cantonês, mas há um grupo grande de expatriados que domina alguns bairros da cidade.

Eu morei perto do centro e, muitas vezes, me senti em Nova Iorque ou mesmo São Paulo. Há inúmeros arranha-céus e a cidade nunca dorme. Mas é só pegar o metrô e em 15 minutos você chega numa praia ou numa trilha, como se estivesse no Rio de Janeiro. Certo, posso estar exagerando. A cidade não é tão bonita quanto o Rio, mas as oportunidades de lazer não deixam nada a desejar à cidade maravilhosa.

As aulas e o ambiente da HKUST também contribuíram muito para que experiência fosse inesquecível. A turma de MBA é pequena, mas há grande diversidade cultural. Uma das melhores aulas foi  sobre finanças na China, dada por um dos professores mais prestigiados da escola, Larry Franklin. Com mais de 25 anos de experiência como banqueiro de investimento da China, ele ensina finanças e negociação não só em HKUST, mas também em universidades americanas como Stanford e Darden.

Também aproveitei o trimestre lá para começar aulas de mandarim, idioma  que será importante para o meu trabalho futuro na Ásia. Não tive oportunidade de praticar muito porque eles falam cantonês, mas, pelo menos, já consigo terminar este post com algumas palavras de incentivo para quem está estudando e aplicando para o MBA: 万事开头难wànshìkāitóunán, que significa “Todas as coisas são difíceis antes que se tornem fáceis”.

Andrea Beer

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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