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Em um MBA fora, “quem mais evolui é quem melhor se adapta”

Colunista do Estudar Fora - 29/11/2017
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“Americanos só comem fast-food. Italianos, spaghetti. Francês não gosta de tomar banho. Inglês é pontual. Todo russo bebe vodca, muita. Todo havaiano surfa e todo queniano corre”.

Saber a comida ou a bebida típica, ter a mínima noção dos hábitos, das músicas e dos esportes… estes são pontos facilmente perceptíveis dentro de qualquer cultura. Os estereótipos e reducionismos nos ajudam lembrar. Difícil é mergulhar mais a fundo, acessar questões que estão abaixo da superfície; difícil é saber a maneira de ser e de estar na vida e conhecer quais valores são realmente importantes para cada cultura.

Como cada cultura enxerga o mundo? A partir de qual ponto de vista a história começa? Quem é herói lá e aqui? Quais são as expectativas, os rituais, os estilos de comunicação, a linguagem corporal, o comportamento dos olhos? O que não precisa ser dito? Quais são as crenças, os conceitos do belo, do asqueroso, do duvidoso? O que é família, sucesso e riqueza? Qual é a noção de justiça e de liderança? E etc, etc.

Na vivência e experiência do MBAAtlântico – 7ª edição (já falamos aqui e aqui) somos 21 alunos-viajantes por três países durante 10 meses. Somos portugueses, angolanos, caboverdianos e brasileiros. É fado, kuduro e samba. Sim, também, mas não só.

Há individualidades? Claro que sim. Cada pessoa é um mundo. Mas ao transpor para uma essência coletiva de povo há modelos mentais e noções inconscientes que se referem ao binômio “tempo-espaço” que nos molda muito mais do que imaginamos ou gostaríamos.

Assim, em sala de aula e além-dela, com portugueses, angolanos, caboverdianos e brasileiros… A língua nos une. Mezzo mezzo.

Valorizamos as mesmas coisas em exata proporção?

Gastamos tempo (o famigerado recurso escasso) com as mesmas coisas?

Rimos das mesmas coisas?

Temos as mesmas prioridades?

Enfim, temos os mesmos valores?

É claro que não, não, não e não!

E que bom!

Viva o oxigênio das ideias e dos valores, viva a diversidade sempre. Mas, verdade seja dita: lidar com a diversidade não é fácil. É um dos maiores desafios dos nossos tempos e vale para tudo: países e blocos econômicos, para empresas e governos, nos movimentos sociais e nos times, para professores e líderes.

Na esfera profissional, fato é que – inevitavelmente – todos nós temos que lidar aos trancos e barrancos, com tentativas e erros, com equipes diversas. Comunicamos com fornecedores, clientes, sedes e matrizes de outras geografias, lidamos cada vez mais com a diversidade que se manifesta em maneiras de ser, de estar e de se posicionar.

Na hipótese de você considerar em fazer um MBA nos próximos anos, importe-se com a heterogeneidade, com a qualidade e com a diversidade da sua turma. Não só com a carga horária, os professores e o valor investido. Pense em como os seus pares serão diversos e aceite o desafio. Cresça com isso, em todos os sentidos, e lembre-se: quem mais evolui é quem melhor se adapta.

 

Sobre Monyse Almeida

Permita-me apresentar com a (tentativa de) polidez com que os portugueses assim o fazem. Sou Monyse Almeida, advogada de formação, escritora de coração e empreendedora por uma não só razão. Bolsista do programa MBA ATLÂNTICO. Para saber mais sobre MBAAtlântico-8ª edição – 2018, follow @fuso.luso

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Sobre o escritor

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Os colunistas são estudantes e especialistas convidados pelo Estudar Fora para compartilhar sua experiência. É neste espaço que você verá relatos em primeira pessoa dos estudantes ou orientação especializada de profissionais que atuam com estudos no exterior.

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