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Luana Lopes: do Balé Bolshoi ao MIT

Lecticia Maggi - 18/08/2014
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Eu sempre quis ir para uma das melhores universidades do mundo, mas nunca achei que fosse possível

Oi gente!

Meu nome é Luana e sou prefrosh do MIT (Massachusetts Institute of Technology) — só posso me dizer freshman depois que o presidente do MIT fizer o anúncio formal da mudança de classes. Pretendo estudar engenharia elétrica, mas estou aberta a descobrir outras áreas, até porque ainda não preciso escolher meu major (principal curso). Eu dançava na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil mas, embora eu ame dançar, sempre soube que queria estudar engenharia e desenvolver algo que pudesse mudar o mundo e ajudar milhares de pessoas.

Chegando ao fim do ensino médio, sabia que tinha que começar a pensar na faculdade. Eu sempre quis ir para uma das melhores universidades do mundo, mas nunca achei que fosse possível. No início de 2013, conversei com meus pais e cheguei à conclusão de que se eu não tentasse é que eu nunca iria mesmo. Então, começou a estressante e complexa jornada de application. Foi um ano muito corrido e, por vezes, quis desistir. Olhar a história de quem já tinha passado me dava mais força para continuar, mas ao mesmo tempo também me fazia achar que eu nunca seria boa o suficiente.

Depois que o processo todo acabou e o resultado foi mais que um sonho, digo que valeu muito a pena. Passar para MIT, Harvard, Yale e Stanford era algo inimaginável, e agora eu poderia escolher entre elas. Essa decisão foi quase tão difícil quanto o processo de application, porque eu não conseguia me imaginar dizendo não para nenhuma dessas incríveis universidades.

luana balé bolshoi1

Embora o lado acadêmico seja muito importante, sentir o ambiente da universidade foi essencial para a minha decisão

Todas elas têm um evento de visitação e boas-vindas para o aluno ver como é a vida lá e se essa se encaixa no que ele procura. Acho isso uma das coisas mais geniais das universidades americanas,já que mudei completamente minha ideia sobre todas elas depois de visitá-las. Embora o lado acadêmico seja muito importante, sentir o ambiente da universidade foi essencial para a minha decisão, já que eu iria viver lá os próximos quatro anos.

Muita gente me pergunta porque eu escolhi o MIT, e sempre respondo que as razões são várias. Acredito que para se escolher a universidade é importante considerar a localização geográfica, a bolsa, o peso do nome, as oportunidades internacionais e de pesquisa, os ex alunos, os departamentos acadêmicos e as atividades extracurriculares (clubs, times esportivos e etc). Porém, o principal é você simplesmente ter o feeling, se sentir em casa e, antes mesmo de dar commit, já defender sua universidade sem perceber e ser uma “university proud”. Quando eu pisei no MIT e olhei pro dome (a famosa cúpula da instituição) eu soube que lá era o meu lugar. Eu não me imaginava mais estudando em outra universidade e deixando de conviver com aquelas pessoas fantásticas, de professores a alunos.

Semana que vem eu finalmente chego ao MIT (yaay!) e espero poder compartilhar com vocês um pouco de como é a vida no instituto de tecnologia mais famoso e prestigiado do mundo! Até breve!

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photo (4)Luana Lopes Lara é aluna de graduação do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Apaixonada por balé clássico, em 2011, se mudou do Rio de Janeiro para Joinville (SC) para integrar a Escola do Teatro Bolshoi. Durante os três anos de ensino médio, participou de cursos de engenharia, física e astronomia, além de olimpíadas científicas. Com isso, descobriu que, embora amasse o balé, queria mesmo era estudar engenharia. Em março de 2014, durante apresentações de dança na Áustria, recebeu a notícia de que havia sido aprovada para Harvard, Yale, Stanford e MIT. Com seus textos, pretende mostrar como é a vida no instituto de tecnologia mais prestigiado do mundo

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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