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“Abraçamos a diversidade”, diz responsável por admissões do Insead

Marcela Marcos - 11/10/2018
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Fundado em 1957 pelo investidor e ex-professor da Harvard Business School Georges Doriot e outros dois egressos do MBA de Harvard, o Insead (sigla em francês para Instituto Europeu de Administração de Empresas) passou a integrar os rankings de melhores MBAs do mundo em 1999. Em 2016, aliás, desbancou a líder Harvard.

Com campus na Ásia e no Oriente Médio, além, é claro, da própria Europa, a escola cujo slogan é nada menos que “The Business School for the World” tem o MBA com duração entre dez e doze meses (diferente do modelo americano, cujas opções costumam durar dois anos). O processo de admissão é semelhante ao de outras escolas de negócios dos Estados Unidos e da Europa, e compreende o envio de redações e do exame GMAT. As notas médias do exame giram em torno de 700 pontos, e outras experiências profissionais são muito valorizadas. Além disso, a escola exige o domínio do inglês –  embora nem todas as aulas sejam ministradas na língua inglesa – e de, pelo menos, mais um idioma para admissão.

Na turma de graduandos de julho desse ano, brasileiros representam 4% do total de alunos. Mas o que se espera de um interessado no Insead, além das competências técnicas? E o que a própria instituição busca, nas etapas de seleção? A diretora assistente de admissões da escola, Anne Garat compartilhou com a MBA House, com exclusividade para o Estudar Fora, respostas para essas e outras questões, para contribuir com quem sonha em ter essa experiência no currículo!

Da sua experiência trabalhando com Admissões no INSEAD, como percebe a competitividade de candidates brasileiros e latino-americanos , em geral?

No Insead abraçamos a diversidade. Na turma de formandos no MBA de julho de 2019, existem 68 nacionalidades diferentes. Não há cultura dominante e isso ajuda a criar um ambiente global e colaborativo. O clube América Latina tem os mais dinâmicos estudantes e é uma oportunidade fantástica para alunos desenvolverem sua rede.

A maioria dos programas de MBA está aceitando GMAT e GRE. Como você compara os dois exames?

Geralmente, incentivamos os candidatos a fazer o GMAT, já que esse teste é o único criado para alunos de Escolas de Negócios e provou ser um forte indicador do sucesso acadêmico dos candidatos matriculados nessas instituições. No entanto, os futuros alunos que já possuem um teste GRE válido podem aplicar com ele. Da mesma forma, um teste GRE é aceitável para futuros alunos que desejam seguir o caminho do Dual Degree.

Em termos de perfil, o que você procura em um candidato a um MBA?

O candidato ideal é uma pessoa bem completa, de conhecimento e habilidade em diferentes áreas, independente de raça, religião, gênero, cor ou status financeiro. Isso porque nosso objetivo é construir uma classe forte, vibrante e diversificada. Estamos procurando candidatos que possam nos mostrar que são academicamente capazes de seguir um programa intensivo de um ano e que demonstrem potencial de liderança graças a realizações profissionais e pessoais significativas. Finalmente, gostaríamos de entender se sua mente é aberta e se o aluno fica confortável em um ambiente multicultural e diverso.

Em sua opinião, qual é o efeito do MBA na carreira do estudante brasileiro, inclusive em termos de empregabilidade? 

Em 2017, tivemos 29 brasileiros no programa, sendo que 69% deles decidiram voltar ao Brasil e 31 permaneceram no exterior. Em geral, vimos que os candidatos brasileiros querem permanecer na Europa, e isso pode ser facilitado se eles também tiverem um passaporte europeu. Essa mudança na geografia também depende do setor em que pretendem atuar. Como a maioria dos nossos alunos de MBA, os brasileiros estão interessados em consultoria, serviços financeiros, mídia, tecnologia ou outros setores, como indústria, saúde ou varejo.

 

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Sobre o escritor

Marcela Marcos
Marcela Marcos
Marcela Marcos é jornalista e cursa mestrado na linha de Comunicação do programa de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC. Foi colaboradora do portal Estudar Fora em 2018.

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