Dicas de preparação para quem foi rejeitado em universidades no exterior

Por Ana Beatriz Lopes, estudante do Prep Program 2024

A rejeição não é um processo fácil, principalmente quando é na sua faculdade dos sonhos. Você provavelmente se preparou arduamente para o processo de application, e não receber a tão sonhada aprovação pode causar algumas frustrações. Eu, que passei por esta situação, entendo como pode ser difícil lidar com este cenário. Contudo, o que podemos fazer a partir de agora? Aqui vão dicas que trago a partir da minha experiência para ajudar a trilhar um novo plano para alcançar a faculdade no exterior.

Como eu posso ver o resultado da faculdade?

Todas as faculdades possuem um portal que fornece informações sobre o candidato assim que ele se inscreve no programa. É possível achar essa informação no e-mail utilizado para enviar a inscrição. 

Por que eu fui rejeitado? 

As universidades não possuem a tradição de enviar o feedback individual sobre o porquê cada um foi rejeitado, devido ao alto número de inscrições anualmente. Contudo, a rejeição pode vir porque muitas das vezes os admissions officers possuem um número limitado de lugares para fornecer em cada ciclo de inscrição e não é possível aceitar todos os inscritos. 

Apesar disso, há estratégias que podem ser utilizadas para melhorar a candidatura para o próximo ano. É isso que eu trouxe para vocês. 

Dicas para quem foi rejeitado por uma universidade no exterior

• Tire um gap year

É muito comum que estudantes que acabaram de sair do ensino médio ou que não foram aceitos na faculdade tirem um gap year, ou ano sabático, para poder melhorar a application e tentar a candidatura mais uma vez. Durante este processo, é muito importante conseguir desenvolver seu perfil ao máximo e aproveitar o tempo para autoconhecimento. Saiba que, no final do seu gap year, será pedida uma carta explicando por que você tirou este ano sabático, em que você deverá explicar sua situação.

Dentro da sua carta de gap year, é importante demonstrar como você aproveitou o ano para se desenvolver e melhorar seu perfil. Algumas coisas importantes:

1.1. Preparação acadêmica
Demonstre para o admission officer que mesmo em gap year você se mantém com um forte perfil acadêmico. Você pode fazer isso mostrando notas altas nos testes padronizados como o SAT e ACT.  

1.2. Manter suas atividades extracurriculares
É normal que ao sair do ensino médio algumas extracurriculares se encerrem, mas é importante manter-se ativo e tentar aprimorar ou começar projetos que serão importantes para você. 

1.3 Ser realista com o seu perfil
Não existe uma fórmula mágica para ser aceito nas universidades do exterior, então é importante estar ciente de quais são os seus pontos fracos durante o processo de application e trabalhar neles.

1.4. Inscreva-se para mentorias
É possível ser aceito sem o auxílio de uma mentoria, mas ter uma para ajudar no processo de aceitação traz muito mais tranquilidade. Logo, considere pedir ajuda de mentorias, ou cursos. Algumas que são gratuitas e/ou tem processo de bolsas são: Prep Program da Fundação Estudar, BRASA, University Placement – LALA, Crimson, Education USA e Daqui Pra Fora. Sendo Crimson e Daqui Pra Fora mentorias pagas que possuem sistema de bolsas anuais.

1.5. Planeje quais serão as principais atividades de cada mês e suas prioridades Para ter certeza de que você terá tempo de fazer todas as atividades com calma, prepare um documento e coloque suas prioridades de cada mês. 

• Inscreva-se para o SISU 

Mesmo que você não tenha sido aprovado para faculdades no exterior, ainda é possível estudar fora através de uma faculdade brasileira. Explore as possibilidades que as faculdades federais podem proporcionar para você.

Minha experiência 

Eu apliquei para 15 universidades e fui rejeitada em 13 delas assim que o processo de decisões começou. Apenas uma foi aceita, porém sem bolsa de estudos necessária. Fui também para a lista de espera de uma delas. Cada carta aberta com uma rejeição me deixava desanimada durante meu processo, porém saber como agir a partir daquele momento e ter planejado bem o meu ano de gap ajudou a superar a frustração. 

Os testes padronizados e redações sempre me assustaram, mas com a ajuda da mentoria do Prep Program eu sentia que era uma questão de tempo até que eu pudesse receber minha aceitação. Eu comecei uma college list balanceada como minha primeira missão para entender o que eu deveria traçar naquele ano e reuni minhas estratégias para extracurriculares e trajetória. 

Ana Beatriz Lopes, impulsionada pela busca pela transformação social e pela igualdade de gênero, tornou-se representante das Nações Unidas aos 16 anos através do Conselho Adolescente Internacional da Girl Up. Nascida na cidade de São Paulo, ela lidera o clube Equalizaminas, focado em promover a participação feminina na política e no esporte, demonstrando sua paixão por áreas interdisciplinares com um objetivo comum: equidade. Reconhecida por sua determinação e compromisso, Ana Beatriz continua sua missão de garantir justiça e liberdade para todos através da comunicação e liderança.

A coluna acima foi escrita por Ana Beatriz Lopes, participante do Prep Program, preparatório da Fundação Estudar com foco em jovens que desejam cursar a graduação no exterior. Totalmente gratuito, o programa oferece orientação especializada sobre o processo de candidatura em universidades de fora do país. Saiba mais e faça sua inscrição aqui.