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Vale a pena interromper a carreira e ficar dois anos fora para estudar?

Lecticia Maggi - 07/08/2015
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Por Lecticia Maggi

Em 2014, com apenas 30 anos, Marcelo Cabral já estava em uma posição confortável na carreira, ocupando um cargo de diretoria no Ministério do Desenvolvimento Social, em Brasília, onde atuava há cinco anos. Mas ele decidiu “parar” a carreira por dois anos para cursar um mestrado no exterior, e explica as razões: “O aprendizado do mundo do trabalho é diferente do da Academia, me vi por volta dos 30 anos como um profissional carrancudo, rejeitando ideias novas”, diz ele em entrevista ao Estudar Fora. “Não queria isso. Precisava oxigenar. Sentia falta de base técnica para ter amplitude de análise e achei que era o momento certo de ir para fora adquirir essas habilidades.”

A London School of Economics e a Universidade Columbia me ofereceram admissão desde que eu refizesse o TOEFL ou fizesse um curso de inglês antes de iniciar o mestrado

Ele foi, mas não foi sozinho: sua mulher e filha de apenas 10 meses o acompanharam – uma mudança radical para toda a família. Marcelo está agora no 2º ano do mestrado em Políticas Públicas (MPP) na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e diz que a experiência está valendo muito a pena: “Berkeley está na fronteira do conhecimento e é um ambiente totalmente colaborativo, uma escola realmente aberta às necessidades dos alunos. Por exemplo: depois do 1º ano com várias matérias obrigatórias, neste segundo semestre, vou poder escolher 100% das disciplinas. Vou escolher onde quero me encrencar”, brinca.

Processo de seleção – Marcelo conta que se preparou ao longo de quase um ano para o processo de seleção das universidades: “Comecei do que achava mais fácil para o mais díficil, estudando para o TOEFL“, diz. Mesmo com uma excelente nota no teste (104 dos 120 pontos possíveis), ele diz que algumas universidades só o aceitaram sob a condição de que ele melhorasse ainda mais o inglês: “A London School of Economics e a Universidade Columbia  me ofereceram admissão desde que eu refizesse o TOEFL ou fizesse um curso de inglês antes de iniciar o mestrado. Não sabia nem que existia essa opção”, explica.

Quer saber mais? No bate-papo a seguir, Marcelo conta como é trabalhar com políticas públicas, fala sobre a escolha da universidade, o processo de application e como está arcando com os custos do mestrado. Confira:

Minha trajetória da universidade ao mestrado em Políticas Públicas 

Por que decidi trabalhar com Políticas Públicas?

“Sempre gostei de resolver problemas complexos, interconectados, e no Estado, como administrador público, temos que fazer isso.”

Por que tirar licença de um cargo importante para fazer mestrado fora?

Como me preparei para o processo de seleção das universidades

“O processo todo foi de fevereiro a dezembro, mas eu comecei já sabendo cerca de 70% das universidades para as quais eu aplicaria.”

Como foi a escolha das universidades para as quais eu me candidataria

“O primeiro critério foi que queria um mestrado de dois anos e em língua inglesa. Não queria ter todo um esfoço de mudança para apenas um ano de curso.”

Minha mulher e filha se mudaram comigo para o exterior

“Para quem tem família, o custo de oportunidade de estudar fora não é só seu. Não sou só eu que estou abrindo mão da carreira, de tempo e dinheiro para fazer isso, estamos todos abrindo mão.”

 O planejamento financeiro para o mestrado

Os diferenciais de estudar na Universidade da Califórnia em Berkeley

Quer fazer uma pós no exterior também? Comece tenho clareza do propósito de sua viagem!

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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