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O perfil desejado por uma universidade no exterior

Giana Andonini - 15/06/2013
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O Estudar Fora participou do evento Exploring College Options, no colégio Etapa, em maio deste ano. No evento, representantes das universidades de Duke, Georgetown, Harvard, Upenn e Stanford contaram sobre como é vida em cada universidade e responderam dúvidas sobre o perfil de candidato desejado por elas. Qualidades pessoais, resultados acadêmicos e engajamento em atividades extracurriculares são os requisitos principais em um processo de seleção. Mas os admissions officer revelam: não existe fórmula certa para ser aprovado!

Confira o que esses experts recomendaram para os alunos brasileiros que querem estudar no exterior:

O que os admissions officers querem conhecer:
“O application é uma versão limitada da história dos alunos e não existe fórmula mágica. Basicamente nós queremos saber duas coisas: como você aproveitará o que nós temos para oferecer em nossa universidade e como você irá contribuir com as nossas escolas”, explica Anne Sjostrom, admissions officer de Duke.

“Imagine uma corrida, a linha de chegada são os seus resultados nos exames e as suas notas. Mas eles não contam a história toda. Imagine que uma pessoa cai logo no início dessa corrida, mas consegue se levantar e correr ainda mais rápido, chegando em segundo lugar. Quem tem mais potencial nessa corrida? Muitas vezes os alunos com mais potencial não são os que têm o application mais perfeito”, compara Theresa Bruketta, admissions officer de Stanford.

O papel das atividades extracurriculares:
“Nós queremos imaginar o que vocês farão em nossos campus se forem aceitos. A verdade é que não existe uma fórmula. O que nós queremos entender é o que você realmente ama fazer e como você decide usar o seu tempo livre. Faça algo porque você ama e não porque você quer entrar em uma universidade”, orienta Jodi Robinson, admissions officer de Upenn.

O que o seu desempenho acadêmico tem a dizer sobre você:
Os testes exigidos são apenas uma parte de um processo holístico de admissão. “Com todos esses indicadores acadêmicos, existem duas perguntas que fazemos e basicamente são: Você consegue dar conta do recado? E para a maioria dos candidatos nós percebemos que isso é verdade. E a segunda é – Você quer dar conta do recado? Ou seja, você quer realmente estudar? E é aí que os candidatos se diferenciam. Além das notas, queremos ver o seu interesse”, avalia Lucerito Ortiz, admissions officer de Harvard.

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Lucerito Ortiz, admissions officer de Harvard

Essays:
“No personal statement não tente resumir a sua vida em uma redação. Use ela como um teaser de você mesmo. É uma pequena abertura para entendermos quem você é em sua essência”, conta Lucerito, de Harvard. A forma de contar a sua história também é importante. “Seja específico, nos conte uma história, uma experiência, algo que você ama, ou odeia. No lugar de apenas contar quem você é, imagine que você está sentado na minha frente tendo uma conversa sincera”, reforça ela.

Por fim…Seja autêntico!
A taxa de aprovação em universidades top como essas mostra como o processo de seleção no exterior é competitivo. Harvard e Stanford, por exemplo, tiveram uma aprovação de menos de 6% do total dos candidatos nesse ano. Por isso, toda atenção no processo de application é fundamental. “Nós temos muitos candidatos competitivos, e por isso queremos enxergar o que é único em você”, afirma Anne, de Duke.

 

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Sobre o escritor

Giana Andonini
Giana Andonini
Giana Andonini foi a primeira editora do Estudar Fora, entre 2013 e 2015. Todas as publicações que você encontrar aqui são as que deram "corpo" ao site - explicando as principais etapas da candidatura para universidades fora.

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