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Vida de undergrad: O meu Gap Year

Giana Andonini - 24/07/2013
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As universidades do Hemisfério Norte funcionam com um calendário diferente do brasileiro. As aulas começam, geralmente, no início de setembro e terminam em meados de junho do outro ano. Para nós, brasileiros que vamos fazer graduação fora, sobra um hiato de mais ou menos oito ou nove meses desde o fim do ensino médio até a partida rumo ao exterior. Como estou no final deste período de “mamata”, vou contar para vocês, leitores, um pouco da minha experiência, aproveitando para dar umas dicas.

Voltemos no tempo: para dezembro do ano passado. Na minha entrevista para o Middlebury College, contei à mulher que me entrevistava o quanto eu estava animado com a possibilidade desse tempinho livre, para fugir da tensão do colegial e fazer o que eu realmente gostava. Disse-lhe que, para mim, aquilo era como se fosse um Gap Year.

Leia mais: Vida de undergrad: O Começo

Tirar um Gap Year é uma prática comum entre os formandos no Ensino Médio dos Estados Unidos. Depois de se formarem, eles decidem atrasar o ingresso na faculdade por um ano com o intuito de correr atrás de suas paixões, viajar, trabalhar, estudar outros assuntos etc. No meu gap year, como não tinha dinheiro para ficar viajando, decidi tomar posse da vaga que havia conquistado na Unicamp e experimentar por um semestre a vida de um estudante de graduação no Brasil.

Sem pressão
Comecei a fazer o curso de Economia, tive contato com ideias sobre os temas que eu me interesso em estudar – subdesenvolvimento, pobreza e história econômica, tudo isso sem a preocupação de ter que conseguir alguma nota: só queria aprender mesmo. Além disso, fiz várias amizades, participei da política estudantil, entrei na área de Marketing de uma empresa júnior e, lá, aprendi um montão de coisas sobre o que eu desejo para o meu futuro e como eu quero chegar a ele.

Esse tempo foi muito legal para reciclar os pensamentos que passavam na minha cabeça, conhecer gente nova (que quero poder contar em vários projetos futuros), além de aprender a cuidar de mim mesmo morando sozinho, longe dos meus pais e da minha querida Uberlândia – MG.

No final, ainda aproveitei para ir quase toda semana a São Paulo, onde fiz um networking legal com ao pessoal da Fundação Estudar, que acabou me rendendo este espaço aqui, escrevendo para vocês. Agora estou de volta à casa de meus pais, fazendo minhas malas para seguir realizando meu sonho de Estudar Fora. Antes mesmo de sair do Brasil, já me sinto contente pela escolha que fiz de estudar em Middlebury, porque ela me rendeu um Gap incrível!

Leia mais: A importância de escolher onde Estudar Fora

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Marcos Souza é colunista do Vida de Undergrad

Marcos Souza é um apaixonado pelas artes, comida e projetos sociais. Estudante de Ciências Econômicas na Unicamp, ele participou da turma de 2012 do Prep Program e, em setembro, abandona seu curso no Brasil para graduar-se em Economia no Middlebury College, nos Estados Unidos. O objetivo de seus posts é mostrar que não é preciso ser um gênio para realizar o sonho de Estudar Fora.

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Sobre o escritor

Giana Andonini
Giana Andonini
Giana Andonini foi a primeira editora do Estudar Fora, entre 2013 e 2015. Todas as publicações que você encontrar aqui são as que deram "corpo" ao site - explicando as principais etapas da candidatura para universidades fora.

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