InícioIntercâmbioMéxico: destino pouco óbvio (e incrível) para aprender espanhol

México: destino pouco óbvio (e incrível) para aprender espanhol

Lecticia Maggi - 12/08/2015
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Chaves, tacos e sombreros talvez sejam as primeiras imagens que vêm à cabeça quando pensamos no México. Porém, cada vez mais brasileiros descobrem que o país vai muito além do clichê e é uma ótima opção para afiar o espanhol.

A jornalista paranaense Ariane Ducati ficou quase um ano por lá e não poupa elogios ao país: “O México tem uma cultura extremamente marcante e rica e uma comida saborosíssima – e falo porque engordei 10 kg”.

As festas e baladas começavam por volta das 20h, às vezes até 18h, e acabavam no máximo 2h da manhã

“O povo mexicano foi o que mais me encantou. Eles são super educados, gentis, amáveis, recebem visitantes como ninguém e têm interesse em conhecer pessoas e culturas diferentes. Me senti muito bem-vinda e à vontade”, completa. A jovem conta que o que mais estranhou foram os horários dos mexicanos: “A aula começava às 7h30 e ia até quase 15h. Como a cidade em que morei não era tão grande, muitas lojas fechavam para o almoço e a ‘la siesta’ e voltavam a abrir no fim da tarde. As festas e baladas começavam por volta das 20h, às vezes até 18h, e acabavam no máximo 2h da manhã”.

México, além da Cidade do México

Ariane morou em Ensenada, no estado da Baja California, na fronteira entre México e Estados Unidos e passou por por Tijuana, Rosarito, Tecate, Mexicali, Hermosillo, Mazatlán e Culiacán. Nos EUA, conheceu San Diego, Los Angeles, Las Vegas e algumas cidades do Arizona. “Sempre digo que tive um duplo intercâmbio”, diz.

Intercambista pelo Rotary Club, Ariane ficou em quatro casas de família diferentes: “Eles fazem esses esquemas de rodízio até para não nos apegarmos tanto. Mas é inevitável. Eles me trataram como ‘hija’ mesmo. Mantenho contato com eles até hoje”.

Era recorrente não acreditarem que eu era brasileira, por falar até com o sotaque nortenho da região. Não conseguiria alcançar essa fluência e confiança no idioma se não fosse por esse contato intenso e direto

Apaixonada pelo espanhol, a jornalista voltou fluente no idioma. “Era recorrente não acreditarem que eu era brasileira, por falar até com o sotaque nortenho da região. Não conseguiria alcançar essa fluência e confiança no idioma se não fosse por esse contato intenso e direto”, diz. Assim que voltou do intercâmbio, Ariane fez uma preparação para a prova do DELE (diploma oficial do idioma) e, com o certificado em mãos, deu aulas de espanhol por quase três anos.

As vantagens do intercâmbio de espanhol no México

Segundo Marcela Amaral, diretora de produtos da IE Intercâmbio, o México é uma opção bastante atraente por ser mais barato do que estudar na Espanha. “As festas (Dia de los Muertos, por exemplo), as praias, a culinária e o clima são fatores decisivos para quem busca uma alternativa à Europa”, considera.

A agência, que oferece o destino há 14 anos, registrou um crescimento de 5% nas vendas de cursos no México desde o ano passado. O preço para 24 semanas de curso intensivo de espanhol, por exemplo, fica em US$ 5,644 com 4 semanas de acomodação em residências estudantis, sem incluir  refeições e taxas da escola.

Com exceção de programas específicos, como os preparatórios para o exame DELE, não há exigência de nível mínimo do idioma. Além do curso de espanhol, é possível fazer aulas de mergulho, cultura mexicana e culinária.

Ariane diz que trouxe na bagagem uma experiência que mudou sua vida e indica o destino aos brasileiros. “Lá pude conhecer muito de mim mesma. É curioso reconhecer que esse processo acontece justamente quando você está em contato com o mundo, com pessoas que imagina serem completamente diferentes de você e na verdade são muito parecidas. E com culturas que te acrescentam e te tocam de forma única e significativa. Vayan a México!”.

Por Juliana Simon

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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