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Já pensou em fazer um MBA na China? Comece a considerar a possibilidade!

Lecticia Maggi - 24/02/2015
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Decidir sair do Brasil para estudar é sair da sua zona de conforto. Decidir sair do Brasil para fazer um MBA na China, onde você não fala o idioma, é sair da zona de conforto e ser confrontada com um dragão que você precisa amansar logo de cara.

O MBA fica dentro da National School of Development, que é o corpo acadêmico que lidera discussões sobre o rumo da economia da China. Neste departamento, estão os especialistas que estão ditando o futuro econômico da China

Eu já alimentava uma vontade grande de passar uma temporada na China. Meus pais são chineses e já havia um tempo que estava pensando em me aproximar da cultura deles. Além disso, a China está cada vez mais tendo um papel importante no mundo e acredito que conhecer esse lugar é ter um algo a mais a oferecer profissionalmente. De quebra, estando lá, poderia desenvolver o mandarim, já que a melhor maneira de aprender um idioma é pela imersão. E para fazer dessa experiência na China mais relevante para o meu desenvolvimento profissional, consegui juntar o útil aos outros agradáveis que já mencionei e encontrei um MBA que se encaixava com o que eu estava buscando.

Eu fiz faculdade nos Estados Unidos e trabalhei como orientadora educacional para estudos no país, então, conheço bastante sobre métodos de ensino fora do Brasil e sei que o processo de escolher uma faculdade vai muito além dos rankings acadêmicos. No entanto, como ranking é algo que todo mundo quer saber, vamos falar um pouco disso: o programa que eu escolhi fica na Peking University, que muitos dizem que é a “Harvard chinesa”. O nome do meu MBA é BiMBA (Beijing International MBA) e é considerado um dos MBAs mais internacionais da China.

Em 2014, a Pequing University foi a primeira colocada no ranking da Forbes China. Além disso, o MBA fica dentro da National School of Development, que é o corpo acadêmico que lidera discussões sobre o rumo da economia da China. Dentro desse departamento, estão os especialistas que estão ditando o futuro econômico do país. Outro aspecto interessante desse programa é que ele oferece um diploma duplo com a Vlerick School of Business, na Bélgica. Falando nisso, nossa formatura será lá!

Mas isso tudo de ranking foi secundário no meu processo de decisão. O que me chamou a atenção no programa, além do custo benefício, foi o fato de ser de curta duração (15 meses), extretamente internacional (os professores são de vários lugares do mundo e o curso é todo em inglês). Os meus professores possuem PhD em Harvard, Columbia, University of Pennsylvania, London School of Economics, entre outras universidades renomadas, então, não falta qualidade ao ensino.

Todas as disciplinas têm a duração de duas semanas e meia e são super intensivas. Alguns alunos dizem que a carga horária é baixa e, de fato, é, mas acho que é o suficiente para ter uma noção boa da matéria ensinada. Todas as aulas são rigorosas, com muito conteúdo em pouco tempo, o que te força a estudar por conta própria para não se perder.

Do jeito que o programa é organizado, é possível professores estrangeiros ou que estão dando aula fora da China virem passar uma temporada aqui lecionado para os alunos. Além disso, se você comparar o preço de cursos MBA na Europa e nos EUA, vai ver que um MBA aqui custa menos que a metade desses programas. Além disso, o custo de vida aqui é bem mais baixo. Para vocês terem uma ideia, o combo Big Mac custa entre três e quatro dólares. Se eu for em um restaurante chique, gastarei em média 20 dólares na refeição.

Espero que esta coluna tenho dado uma ideia preliminar sobre por que optei por fazer um MBA na China. Em um próximo post, falarei mais sobre a minha rotina aqui.

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Beleza Chang editadoBeleza Chan (sim, o nome dela é Beleza, mas ela prefere ser chamada de Bel!) é formada em Sociologia pela Universidade da California – Berkeley, e atualmente mora na China. Lá, cursa MBA na Universidade de Pequim, estuda mandarim, e estagia nas áreas de marketing internacional e recrutamento de talentos. Ela já tabalhou na área de educação nos EUA e no Brasil. É paulistana, mas já passou um terço de sua vida fora do país. Sempre que possível, viaja para destinos inusitados como Patagônia (Argentina), Cabo Norte (Noruega) ou Angkor Wat (Camboja). Ao contar sua experiência na China, espera que mais brasileiros considerem o país como opção para seus estudos.

Leia também:
China domina ranking de melhores universidades em países emergentes
Os 100 melhores MBAs do mundo

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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