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Estágio e estudo na Itália: brasileiro conta sua experiência

Lecticia Maggi - 10/02/2016
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Por Vivian Carrer Elias

Embora não seja uma opção tão óbvia na hora de fazer intercâmbio, viver e estudar na Itália pode ser uma experiência enriquecedora, especialmente quando o assunto é história e cultura. É isso o que diz Andre Marianno, de 24 anos, a todos que perguntam a ele sobre a sua experiência na terra de Da Vinci e Michelangelo.

Enquanto estudava relações internacionais na PUC de São Paulo, Andre resolveu cursar um semestre da faculdade em Milão, na Università Cattolica del Sacro Cuore, a partir de um convênio entre as duas instituições. Ele já possuía cidadania brasileira e italiana e, por isso, conseguiu estender o intercâmbio e fazer um estágio no consulado brasileiro da cidade. Hoje, Andre trabalha na Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.

Morei com três italianos e todas as disciplinas que cursei na universidade de lá foram oferecidas na língua nativa

Milão está entre as 50 melhores cidades do mundo para estudantes, segundo a consultoria britânica QuacqarelliSymonds (QS), que classifica a metrópole como o local mais indicado para universitários na Itália. A cidade é famosa por sua relevância no cenário da arte e da moda, e também se destaca por ser o centro financeiro nacional e por sua tradição nas áreas da cultura e do esporte – em especial, do futebol. Milão, no entanto, é considerada a cidade mais cara da Itália, segundo uma lista elaborada pela consultoria Mercer.

Ficou interessado em saber mais sobre a experiência de Andre na Itália? Veja a seguir o depoimento dele para o Estudar Fora:

“Em 2013, resolvi cursar um semestre da faculdade de relações internacionais, que fazia na PUC de São Paulo, em Milão, na Itália – mais especificamente na Università Cattolica del Sacro Cuore (Unicatt). Antes de ir para Milão, fiz algumas aulas de italiano e, no meu primeiro mês lá, participei de um curso intensivo do idioma oferecido pela Unicatt. Isso foi fundamental para que eu passasse a dominar a língua. Além disso, morei com três italianos e todas as disciplinas que cursei na universidade de lá foram oferecidas na língua nativa.

O estágio foi excelente para complementar minha experiência fora do país

Eu pude escolher as disciplinas que gostaria de cursar na Itália, mas meu coordenador na PUC precisou assinar as escolhas, comprovando que essas aulas estavam relacionadas aos meus estudos no Brasil. Assim, quando eu voltei, a faculdade reconheceu os créditos que cumpri em Milão.

Quando o meu semestre na Unicatt acabou, decidi estender o intercâmbio e tentar fazer um estágio. Procurei vagas relacionadas à minha área e me inscrevi em uma oportunidade no Consulado Brasileiro em Milão. Foi o meu primeiro emprego em uma instituição pública e fora do Brasil.

Para mim, o estágio foi excelente para complementar minha experiência fora do país. Além de ter tido a oportunidade de ficar mais tempo na cidade, tive contato maior com estrangeiros e também brasileiros que moravam em Milão, o que colaborou muito para meu desenvolvimento pessoal e profissional.

Consigo pensar em diversas vantagens de ter feito o intercâmbio. A faculdade me ensinou outra forma de pensar e a enxergar um mesmo assunto sobre diferentes pontos de vista; a experiência toda também contribuiu para que eu definisse com o que eu queria trabalhar. Além disso, me tornei uma pessoa menos preconceituosa, mais solidária e mais disposta a compreender aqueles que são diferentes de mim. E isso é algo fundamental na minha área de trabalho.

Eu já indiquei essa experiência de intercambio na Itália muitas vezes. É muito bom ter contato com novas culturas e pessoas diferentes – isso faz com que você repense muitas coisas da sua própria vida.”

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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