InícioGraduaçãoEle disse 'não' para Harvard e MIT; ela rejeitou Yale e Columbia

Ele disse ‘não’ para Harvard e MIT; ela rejeitou Yale e Columbia

Lecticia Maggi - 14/05/2015
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Por Lecticia Maggi

Já imaginou ser disputado por algumas das mais prestigiadas e concorridas universidades do mundo, que ocupam o ‘top 10’ dos principais ranking acadêmicos? Qual você escolheria? Esse foi o bom, mas também dificílimo dilema enfrentado este ano pelo paulista Gustavo Torres, de 17 anos, e pela baiana Georgia Sampaio, de 19. Ele foi aprovado em Columbia, Duke, Harvard, Stanford e MIT (leia a história dele aqui). Já Georgia, além de Columbia e Stanford, conquistou também Dartmouth, Yale, Duke, Middlebury, Northeastern, Barnard e a inovadora Universidade Minerva (conheça trajetória dela).

Todas as faculdades são incríveis e me apaixonei por algo específico em cada uma, então, a decisão não foi fácil

“Todas as faculdades são incríveis e me apaixonei por algo específico em cada uma, então, a decisão não foi fácil”, conta Gustavo, que teve a oportunidade de visitar pessoalmente as escolas em que foi aprovado. Segundo ele, como todas as faculdades são excelentes academicamente, este não foi um fator determinante em sua escolha. Pesaram mais a cultura empreendedora, incentivo à inovação e sensação de pertencimento ao lugar – algo subjetivo e muito particular. “Escolhi a  faculdade onde encontrei a melhor combinação de ambiente e oportunidades para alcançar os objetivos e sonhos que tenho para os próximos anos. E também onde me senti mais “em casa”, que me identifiquei com as pessoas e a atmosfera em geral”, diz.

A escolhida dele foi Stanford, na Califórnia. Coincidentemente, a mesma em que Georgia optou por estudar dentre as nove em que foi aprovada. Ela também visitou as universidades antes de decidir e conta que levou em consideração, principalmente, a bolsa de estudos concedida por cada escola, excelência no curso que pretende estudar (Engenharia Biomédica) e incentivo às pesquisas individuais e projetos dos alunos.

Stanford me encantou por, entre vários aspectos, me mostrar uma visão mais real de si, e por cobrar o meu impacto na universidade

Na decisão final ficou entre Stanford e Duke, mas também admite que não foi nada fácil dizer ‘não’ para Yale: “O  ambiente de Yale é incrível, os alunos e a comunidade brasileira são super acolhedores. Conversei com um admission officer (profissional do setor de admissão de alunos) e ele me contou uma conversa que teve com o admission officer de Columbia, em que os dois amigavelmente me ‘disputavam’. Fiquei honrada”, ri. “Isso só tornou a decisão mais difícil.”

Segundo ela, o que mais atraiu sua atenção em Stanford  foi a “sinceridade” dos professores e pesquisadores  em admitirem que, apesar de estar entre as 10 melhores do mundo, a instituição ainda tem coisas a melhorar: “Ouvi várias vezes a frase ‘Stanford é incrível, mas não é perfeita. E nós estamos lutando para alcançar o melhor que podemos ser'”.

Outro fator determinante foi cobrar dos alunos o impacto que eles pretendem deixar lá: “Comumente, pensamos a universidade como um local que vai nos impulsionar e nos ajudar a crescer, mas nem sempre pensamos que nós somos partes essenciais nesse processo, e que somos nós que constituímos a universidade – e não o contrário. Quando visitamos essas escolas, eles vendem o que têm de melhor e esperam encantar os alunos. Stanford me encantou por, entre vários aspectos, me mostrar uma visão mais real de si, e por cobrar o meu impacto na universidade.”

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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