InícioGraduaçãoDepois de Stanford, jovem da periferia de São Paulo conquista o MIT

Depois de Stanford, jovem da periferia de São Paulo conquista o MIT

Lecticia Maggi - 17/03/2015
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Por Lecticia Maggi

Fazer parte do Prep Scholars me permitiu ter informações rápidas o tempo todo (…) Eles tiravam minhas dúvidas sobre o processo de application e sobre estudos para provas. Meu mentor ficava no skype comigo por horas me ajudando a pensar em como melhorar meus essays (redações)

Em 2014, Gustavo Torres, de 17 anos, morador do Capão Redondo, bairro da periferia de São Paulo, recebeu a carta de aceitação da Universidade Stanford, nos EUA. No último dia 14, foi a vez de ouvir ‘sim’ do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a mais famosa e prestigiada escola de engenharia do mundo. A data não foi escolhida ao acaso: “O resultado estava marcado para sair no dia 3/14/15 às 9h26, na hora dos EUA, para fazer referência ao Pi=3,1415926… (o número resultante da divisão do perímetro de um círculo e seu diâmetro)”, conta.

Na hora determinada, no entato, o sistema da universidade caiu e Gustavo só pode ver o resultado depois das 11h. “Foi aquela tensão”, aliviada logo em seguida quando leu “It’s my pleasure to offer you admission to MIT Class of 2019! You stood out as one of the most competitive aplicant pools in the history of the institute”. Ou seja, Gustavo não só foi aprovado como também elogiado: “É um prazer oferecer-lhe admissão à classe 2019 do MIT! Você se destacou como um dos candidatos mais competitivos da história do instituto.”

Bate-papo: Gustavo Torres conta o que fez para ser aprovado em Stanford

Mesmo apór ter conquistado Stanford, que também está no topo dos ranking acadêmicos, ser aprovado no MIT teve um gosto especial para Gustavo. Foi por causa da universidade que nasceu o interesse dele de estudar fora. Em 2010, seu colega Marco Antônio Pedroso, bolsista do Ismart (instituto que apoia jovens talentosos de baixa renda e que Gustavo também integrou), foi aprovado no MIT. “Foi a 1ª vez que ouvi a história de alguém que tinha passado em uma faculdade norte-americana. Hoje, é surreal eu estar nesta situação”, diz.

Além do apoio do Ismart, que concedeu-lhe bolsa de estudos integral em um colégio particular da capital paulista, Gustavo teve o apoio do Prep Scholars, o programa da Fundação Estudar de preparação gratuita para a graduação fora. “Fazer parte do Scholars me permitiu ter informações rápidas o tempo todo, tanto com os consultores como com os próprios alunos. O tempo todo eles tiravam minhas dúvidas sobre o processo de application e sobre estudos para provas. Meu mentor ficava no Skype comigo por horas me ajudando a pensar em como melhorar meus essays (redações)”, diz. “Toda essa ajuda foi essencial para os bons resultados”.

Para quem também quer sonha em fazer a graduação nos EUA, o Prep Scholars está com incrições abertas até o dia 12/4 para o processo seletivo 2015. Inscreva-se aqui!

Próximos  passos – Gustavo ainda não sabe qual universidade irá escolher. Ele aguarda o resultado de outras 10 instituições, incluindo nomes como Harvard, Columbia, Duke, UPenn e Cornell, que anunciarão os aprovados até o fim de março. A julgar pelo que já conquistou, Gustavo deve ter uma tarefa “difícil” pela frente.

Precisa de inspiração? No vídeo a seguir, Gustavo conta como não desanimar diante dos percalços: “É preciso ser bobo o suficiente para acreditar naquilo que todo mundo fala que é loucura”.

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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