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Esporte: porta de entrada para as melhores universidades

Nathalia Bustamante - 10/08/2016
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Por Nathalia Bustamante

Quase toda criança já sonhou um dia em jogar profissionalmente futebol, basquete, vôlei, ginástica… Enquanto poucos alcançam este sonho, o interesse pelo esporte pode significar acesso a outras oportunidades valiosas. As bolsas de estudos por desempenho esportivo são uma destas oportunidades.

“A primeira coisa que o aluno deve saber é que nos EUA existem as chamadas divisions, ou seja, as universidades são separadas em três divisões, sendo que as melhores estão na primeira divisão”, explica Marta Bidoli, country coordinator do EducationUSA no Brasil, instituição que já ajudou diversos atletas a ingressar em universidades norte-americanas.

As universidades da primeira divisão normalmente oferecem bolsas integrais, enquanto que as universidades da segunda divisão tendem a oferecer bolsas pequenas, e as universidades da terceira divisão praticamente não oferecem nenhum tipo de apoio financeiro para o aluno atleta.

Marta explica que em tais escolas o processo seletivo é semelhante ao das demais instituições, ou seja, é preciso realizar provas (SAT ou ACT), exame de proficiência em inglês (em geral, o TOEFL), ter boas notas na escola, enviar redações (essays)cartas de recomendação. No entanto, no caso de atletas, também é importante que o aluno envie um vídeo com seus melhores momentos (ou com uma partida inteira), além das estatísticas de aproveitamento e do contato do técnico no Brasil, especialmente se ele falar inglês. “O processo é trabalhoso. Por isso, quem quiser ingressar em uma universidade americana por mérito esportivo, deve começar a se preparar no início do 2º ano do ensino médio”, sugere Marta.

“Não tive que escolher entre estudar e jogar”

De origem suíça-brasileira, Alain Michel começou a jogar tênis ao 7 anos. Quando estava no ensino médio, participava de torneios internacionais e estava em ascensão no esporte. Veio, então, a difícil decisão: prestar vestibular e cursar uma boa universidade ou investir de vez na vida de atleta.

Ele optou pelas duas coisas. “Recebi o conselho de tentar ir para os EUA, onde poderia continuar estudando e também jogando tênis”, diz. Alain acabou aprovado em quatro universidades: Duke, Columbia, Northwestern e Universidade de Virgínia. Optou pela primeira, onde conseguiu uma bolsa parcial como atleta para integrar o time de tênis da instituição.

“O fato de me dedicar muito ao tênis e conseguir manter bons resultados tanto no lado acadêmico como no esporte ao longo do ensino médio, com certeza, me ajudaram a ser aprovado”, considera ele. “Acho que consegui mostrar às universidades que quando eu queria algo eu ia atrás e dava o meu melhor para conseguir”, completa.

Alain jogou profissionalmente pela universidade de Duke por quatro anos, até retornar ao Brasil, para trabalhar com fusões de aquisições. Confira o seu depoimento nos vídeos abaixo.

Como é o processo seletivo para atletas?

Como foi a candidatura à bolsa?

Como conciliar a rotina de estudos e treinamentos?

 

Leia também:
Bolsas para atletas: a porta de entrada para o sucesso acadêmico e esportivo
“Não precisei decidir entre estudar e jogar”
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Sobre o escritor

Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante
Nathalia Bustamante é jornalista formada pela UFJF. Foi editora do Estudar Fora entre 2016 e 2018 e hoje é coordenadora de Conteúdo Educacional na Fundação Estudar.

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