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O que é application? Entenda como funciona o processo de candidatura no exterior

Marcela Marcos - 12/03/2024
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Se você já sabe que quer cursar a graduação, um mestrado ou PhD no exterior, com certeza esbarra com frequência no termo mais comum quando o assunto é este: application! Podemos associá-lo ao “processo seletivo”, como é mais comum em nosso vocabulário. Porém, o application para ingressar em uma universidade estrangeira abarca um conjunto de etapas e, neste post, vamos falar sobre elas e dar dicas para se planejar!

Afinal, o que é application

O termo “application” refere-se a todos os documentos, formulários, resultados nos testes e redações que devem ser apresentados como parte de uma candidatura no processo de admissão para uma universidade fora do Brasil. 

Diz respeito, portanto, a uma documentação da trajetória acadêmica, extracurricular e pessoal de um estudante durante o ensino médio, no caso da graduação, ou da faculdade, para quem deseja cursar uma pós no exterior.

Leia também: Essay: como escrever uma boa redação para sua candidatura

O application pode ser feito diretamente para a instituição de ensino escolhida ou através de plataformas unificadas, como é o caso do Common App (para os Estados Unidos) ou o UCAS (para o Reino Unido).

Etapas do application

Basicamente, o processo de admissão em uma universidade no exterior quer saber como foi o seu desempenho acadêmico no Ensino Médio; conhecer em quais atividades extracurriculares você já se envolveu e conhecer a sua trajetória pessoal.

As universidades também querem avaliar a fluência do candidato no idioma em que o curso escolhido é oferecido e critérios mais subjetivos, como o “jeito” do potencial aluno, se combina ou não com a cultura da instituição. Cada universidade tem suas próprias regras, mas há etapas comuns entre muitas delas, as quais descrevemos a seguir:

#1. Application Forms (ou Questionários)

Nos questionários serão pedidos dados cadastrais, informações sobre o seu desempenho acadêmico (suas notas no colégio, sua posição no ranking da turma, se houver) e lista das atividades extracurriculares que participou. 

#2. Testes padronizados

Assim como temos o ENEM aqui no Brasil, nos EUA, por exemplo, os testes SAT, ACT, SAT II são utilizados como forma de obter uma nota com avaliação padronizada dos candidatos.

#3. Testes de idioma

 O objetivo deles é demonstrar que sua fluência na língua pretendida para estudar no exterior é suficiente para estudar em uma instituição com esse idioma. Para quem se candidata a um curso ministrado em inglês, as provas mais comuns são o TOEFL e o IELTS.

#4. Essays

 As essays são redações que você terá de fazer se apresentando e contando a sua trajetória pessoal. É uma das partes mais importantes do processo de seleção e também o momento que os alunos têm para se destacar entre os demais. 

Leia também: Freshman, Sophomore, Junior e Senior: entenda as diferenças

#5. Histórico Escolar

 As universidades querem checar se você tem um bom desempenho acadêmico e se tem potencial para ser um excelente aluno – e nada melhor que as notas do histórico para atestar.

#6. Cartas de recomendação

É a hora de mostrar quem você é por meio da opinião dos seus professores e de outras pessoas que o conhecem bem.

#7. Entrevista

A entrevista normalmente é conduzida por um ex-aluno ou um representante da universidade. Em geral, é o momento de reforçar tudo que já foi mostrado nas outras etapas. 

Tempo de preparo 

Por mais óbvio que possa parecer, ter em mãos os documentos necessários para aplicar – e não são poucos – pode ser algo decisivo no sucesso de uma candidatura. Isso porque, segundo avaliadores, muitos alunos acabam se desorganizando e deixando para verificar a lista na última hora. Nem precisa dizer que não dará tempo de providenciar exames de proficiência, cartas de recomendação e de motivação, currículo, projeto de pesquisa (este último, mais comum a mestrados e doutorados) poucos meses antes da candidatura.

Ferramentas de organização 

Além do cronograma em si, o Estudar Fora também reuniu uma série de técnicas de planejamento para o application para universidades estrangeiras. As ferramentas de organização envolvem planilhas de Excel e até o bullet jornal, método personalizável que se popularizou recentemente. Mantendo cada detalhe da candidatura em ordem, é possível ter uma visão geral do processo, dos prazos para cada etapa e dos custos envolvidos. Confira aqui!

Application de graduação e pós: quais as diferenças

Principalmente para quem deseja estudar nos Estados Unidos, vale dizer que, diferentemente da graduação, em que praticamente todas as instituições seguem a mesma timeline de application, na pós-graduação, os estudantes poderão encontrar pequenas variações nos prazos.

Há também diferenças entre o calendário de application para cursos de pós-graduação lato sensu (os chamados certificates) e os cursos stricto sensu (mestrado e doutorado). Neste link, trazemos um calendário específico para pós-graduação nos EUA.

Early application: entenda

Não é à toa que insistimos na importância do planejamento. Quem consegue se organizar com antecedência para estudar no exterior pode ter vantagens competitivas, como a chance de se candidatar em early application. O termo é traduzido literalmente como “candidatura antecipada”, uma modalidade que permite que estudantes enviem sua documentação num prazo bem anterior à deadline de inscrições, tendo mais chances de aprovação.

Há basicamente duas modalidades de early application em universidades estrangeiras: “early decision” e “early action”. Saiba mais sobre as regras de early application neste link.

 

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Sobre o escritor

Marcela Marcos
Marcela Marcos
Marcela Marcos é jornalista e cursa mestrado na linha de Comunicação do programa de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC. Foi colaboradora do portal Estudar Fora em 2018.

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