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5 mitos sobre o processo de candidatura às universidades americanas

Lecticia Maggi - 29/06/2016
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Em agosto, o estudante Caio de Oliveira começa seus estudos na Cornell University, uma das Ivy Leagues localizada em Ithaca, Nova York. Com isso, ele concretizará uma preparação que durou três anos: desde o início do ensino médio, ele recebe o apoio da consultoria Daqui pra Fora.

Nestes três anos, Caio conseguiu reduzir sua lista de opções para 11 – ainda assim, um número nada modesto, considerando o trabalho e o tempo que se deve dedicar a cada uma. Tendo passado por uma longa preparação e por todas as fases do application, o estudante compilou para o Estudar Fora cinco mitos fundamentais que descobriu sobre o processo. Confira o que ele diz:

#1 “As essays não são tão importantes se você tem notas boas na escola e nas provas”

Esse mito é bastante difundido entre os alunos que querem estudar nos Estados Unidos. No meu caso, mesmo tendo notas excelentes, me dediquei muito às essays, e fiz mais de 10 rascunhos até chegar à versão final do meu personal statement. Muitos alunos terão notas tão boas quanto ou mesmo melhores que as suas, portanto as redações têm de ser um diferencial a seu favor!

#2 “As cartas de recomendação tem que ser feitas por professores das matérias mais difíceis ou totalmente relacionadas à sua área”

O ideal é que as cartas de recomendação sejam feitas por professores que te conheçam de forma ampla e não só como aluno. Nas cartas de recomendação, é interessante que o professor não só te caracterize como estudante de certa matéria, mas também como aluno fora da sala de aula. No meu caso, recebi cartas de professores de matemática e química, mesmo estas matérias não sendo diretamente relacionadas com minha escolha de área na faculdade.

#3 “Todas as atividades extracurriculares têm de estar ligadas à sua opção de carreira”

Alunos com interesses diversos e ecléticos são interessantes para a universidade. Isto porque as faculdades americanas valorizam bastante a diversidade e a curiosidade intelectual. Pessoalmente, eu gostava de me envolver com atividades relacionadas à educação e isso despertou minha paixão por esta área. Mesmo tendo iniciativas na área de educação, decidi explorar um pouco o mundo da pesquisa por meio da Feira de Ciências da escola e isso me ajudou a descobrir meu interesse por pesquisa. O ponto é descobrir suas paixões e investir tempo nelas!

#4 “O critério mais importante para a criação das listas de universidades é o ranking”

É importante criar uma lista de universidades equilibrada, levando em conta diversos critérios como localização, tamanho e tipo de universidade. A minha lista de universidades era bem equilibrada e tinha 11 universidades. Depois de muita pesquisa, o ideal é que o estudante possa se sentir bem independentemente da universidade que ele escolha dentro da lista montada.

#5 “Quanto mais atividades extracurriculares, melhor”

É preferível o aluno se dedicar completamente a um número menor de atividades extracurriculares, que tragam retornos significativos para o seu desenvolvimento e para a sua comunidade, do que atirar para todos os lados e não atingir nenhuma das suas metas. Particularmente, eu me envolvia com inúmeras atividades na escola e sempre queria “abraçar o mundo”. Aí percebi que precisava ter foco e priorizar o que me deixaria mais perto das nossas paixões e objetivos.

 

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Sobre o escritor

Lecticia Maggi
Lecticia Maggi
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Gestão de Negócios pelo Senac-SP. Foi editora do Estudar Fora entre 2014 e 2016. Atualmente, é coordenadora de comunicação no Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que tem como um de seus objetivos ajudar a qualificar o debate educacional no país.

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